quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Países emergentes lideram adoção de energia renovável no mundo

Eles adicionaram "uma Austrália" de nova geração de energia renovável em 2015, mostra estudo da Bloomberg New Energy Finance




(Sean Gallup/Getty Images)
O grupo dos emergentes inclui países como China, Índia, Brasil, Chile, México, Egito e África do Sul, e reflete a atividade das renováveis em 2015, um ano que culminou na assinatura do Acordo Climático de Paris, um marco para o combate às mudanças climáticas.


América Latina e Brasil

A América Latina continua na liderança mundial, com mandatos ambiciosos de energia limpa e leilões agressivos que estimulam a implantação de projetos renováveis na região e pressionam a redução dos preços de energia solar e eólica. 

Segundo o Climatescope, a região garantiu US$ 21,9 bilhões em energia renovável em 2015.

Pela primeira vez em todas as três edições do estudo, o Brasil não ficou em primeiro lugar entre os países da América Latina e do Caribe no quesito atratividade para renováveis. 

Este ano, a liderança na região ficou com o Chile, principalmente devido ao investimento recorde, que saltou de US$ 1,3 bilhão em 2014 para US$ 3,2 bilhões em 2015.

A classificação de atratividade no Climatescope leva em conta a política de investimento em energia renovável dos países, suas condições de mercado, a estrutura do setor elétrico, o número e composição de empresas locais que operam no setor e os esforços de redução dos gases de efeito estufa.

Na nova análise, o Brasil é o segundo maior destino de investimentos em energia renovável entre os países do Climatescope. 

De 2006 a 2015, o país recebeu US$ 121 bilhões (R$ 251,3 bilhões) para projetos de energia limpa. 

Somente em 2015, o país recebeu US$ 11 bilhões (R$ 35,9 bilhões) em investimentos em energia limpa e instalou 3GW de novas usinas de energia renovável.

O estudo também destaca que o Brasil tem uma das metas mais ambiciosas de redução de emissões absolutas do mundo. 

Antes da reunião do clima COP21, o País se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2025, o que se traduzirá em uma redução de 903MtCO2e. 

Esse valor é três vezes a quantidade emitida em 2012 pelos 13 países da América Central e do Caribe combinados.


Solar

O investimento em energia solar nos países analisados pelo Climatescope aumentou em 43%, chegando a US$ 71,8 bilhões em 2015. 

Segundo a BNEF, em questão de custos, a energia fotovoltaica (FV) agora pode competir e derrotar projetos de combustíveis fósseis em alguns países.

Associados à queda dos custos, novos modelos de negócios inovadores e uma geração de jovens empresários estão revolucionando a forma como as questões de acesso à energia são abordadas em nações menos desenvolvidas, onde 1,2 bilhão de pessoas ainda vivem sem energia elétrica.

Essa tendência é marcada pelas ascensão do “off-grid” ou “mini-grid”, que desafia a suposição de que apenas uma rede elétrica interconectada pode atender às necessidades de um país.

Segundo a BNEF, uma grande quantidade de startups que levam soluções a regiões remotas do globo é financiada por fundos privados, e ao todo conseguiram angariar mais de US$ 450 milhões ao longo de 2015.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ações de eficiência energética das Empresas Eletrobras 2013-2014





A publicação tem o objetivo de apresentar as principais ações corporativas de eficiência energética do Sistema Eletrobras (no período de 2013 a 2014) e está estruturado em capítulos referentes a cada empresa.

São relatadas ações de 15 empresas, sendo seis de distribuição, sete geradoras e transmissoras, um centro de pesquisa e a holding. 

No total são reportadas 90 ações corporativas de eficiência energética.

Os ganhos energéticos advindos dessas ações foram estimados em 79 GWh de economia de energia e 14 GW de redução de demanda.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Google anuncia que a partir de 2017 usará apenas energia renovável

A empresa tem investido em produção própria, fornecedores de energia limpa e eficiência energética.
Em todo o mundo, a demanda energética do Google é de 2,6 gigawatts. | Foto: iStock by Getty Images
Após anos investindo em opções alternativas para abastecer energeticamente suas estruturas, o Google anunciou recentemente que rodará apenas a partir de fontes renováveis já em 2017. 

Para alcançar o objetivo, a empresa tem investido em produção própria, fornecedores de energia limpa e, principalmente, na eficiência energética em todas as suas áreas de atuação.

Conforme informado por Neha Palmer, líder global do departamento de estratégia energética do Google, a cada unidade de energia consumida, a empresa comprará o equivalente ou mais em energia renovável. 

A estratégia é usar diretamente a fonte, mas quando isso não for possível, fazer a compensação dentro do mesmo segmento.

A primeira vez que o Google mostrou interesse e compromisso com as renováveis foi em 2010, quando procurou pela energia eólica. 

Em 2014 a companhia já tinha 37% de sua demanda proveniente de fontes limpas e o percentual subiu para 44 em 2015.

O desafio não é apenas em produzir eletricidade sem emitir gases de efeito estufa, mas, principalmente reduzir o desperdício e o uso, já que a empresa cresce a cada dia e a demanda por espaços em data centers também vai na mesma proporção. 

Para se ter uma ideia, em apenas cinco anos, os centros de dados do Google passaram a demandar 3,5 vezes mais energia computacional.

Os investimentos em eficiência são essenciais para que a empresa chegue aos 100% de energia renovável. 

“Se você cobrir todo o telhado de um data center com painéis solares, talvez você consiga produzir 5% da energia necessária para o seu abastecimento. 

Se você espera chegar aos 100%, a única opção atualmente é comprar eletricidade a partir de outros projetos”, explicou Hervé Touati, diretor do Rocky Mountain Institute, em entrevista ao site Green Tech Media.

Em todo o mundo, a demanda energética do Google é de 2,6 gigawatts. Segundo Palmer, a empresa tem focado na busca por produtores de energia limpa nas áreas em que seus prédios estão instalados.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Pesquisa mostra que 82% dos executivos pretendem aumentar investimentos em eficiência energética no Brasil

Fonte: Procel Info



São Paulo - O Indicador de Eficiência Energética da Johnson Controls de 2016, pesquisa com mais de 1.200 instalações e executivos de gestão de energia nos Estados Unidos, Brasil, China, Alemanha e Índia, mostra que o interesse e o investimento na eficiência energética alcançaram nível recorde.

No Brasil, 94% dos entrevistados disseram que suas organizações estão prestando mais atenção à eficiência energética hoje do que há um ano, com 82% antecipando o aumento dos investimentos em eficiência energética e energia renovável nos próximos 12 meses. 

Em comparação, 88% dos entrevistados brasileiros em 2013 relataram prestar mais atenção à eficiência energética e 57% haviam planejado aumentar os investimentos.

Ainda no Brasil, 35% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais para o espaço em um edifício verde certificado, em comparação com 29% dos entrevistados em 2013. 

Além disso, 37% dos entrevistados no Brasil construíram seu espaço de locação para padrões elevados de desempenho, em comparação com 26% em 2013.

Globalmente, embora a redução de custos continue a ser o principal motivo do investimento, as organizações também estão considerando cada vez mais a segurança energética, o cliente, atração de funcionários, redução de gases de efeito estufa, melhora da reputação, política do governo e expectativas dos investidores na tomada de decisões de investimento. 

Os resultados da pesquisa mostram que 64% das organizações norte-americanas têm agora uma meta interna ou declararam publicamente redução de carbono, em comparação com 41% em 2013.

“A eficiência energética é o centro de uma grande transformação dos nossos edifícios, sistemas de energia e infraestrutura urbana”, observa Bill Jackson, presidente de Building Efficiency da Johnson Controls. 

“O investimento em edifícios inteligentes, sustentáveis e resilientes é a chave para o aumento da eficiência urbana e entrega de seus muitos benefícios sociais, ambientais e econômicos.”

Assim como das outras vezes, os entrevistados globais relataram falta de financiamento, reembolso insuficiente, incerteza da poupança e falta de conhecimentos técnicos como as barreiras mais significativas para o investimento. 

De acordo com a pesquisa, as organizações que operam carteiras maiores de edifícios são mais propensas a usar capital interno para investimentos e possuem duas vezes mais probabilidade de obter financiamento externo ou usar contratos de serviços de energia para fazer melhorias de eficiência energética.

Organizações com a maioria de suas instalações localizada em áreas urbanas são mais propensas a investir na construção inteligente e em tecnologia energética. 

Na verdade, 64% das organizações em áreas urbanas têm investido na construção de sistemas de gestão, enquanto mais de 50% têm investido na integração de sistemas de gestão da construção com iluminação, segurança, seguro de vida ou outros sistemas. 

Além disso, 39% das organizações em áreas urbanas têm investido em energia renovável local e 24% em não-renovável de geração distribuída. 

Estas organizações também são mais propensas a investir em armazenamento de energia e exigir resposta tecnológica.

Realizada pela primeira vez em 2007, a pesquisa do Indicador de Eficiência Energética (EEI 2016) consultou líderes de energia e gestão de instalações sobre os investimentos atuais e os planejados, principais impulsionadores e barreiras organizacionais para melhorar a eficiência energética em todas instalações. 

Este ano, a empresa pesquisou 1.248 executivos tomadores de decisão dos Estados Unidos, Brasil, China, Alemanha e Índia representando organizações comerciais, institucionais e industriais com carteiras de tamanhos variados em áreas urbanas, suburbanas e rurais. 

A síntese da pesquisa está disponível para consulta neste link.

*Com assessoria de imprensa

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Itaipu está próxima de obter o grau máximo da gestão de energia


A Itaipu transformou parte do teto do estacionamento do Centro Executivo em uma microgeradora de energia elétrica.
A Itaipu está próxima de ser reconhecida como empresa modelo de gestão de energia, graças a uma série de medidas implantadas no Centro Executivo, em Foz do Iguaçu. 
De terça (29) a quinta-feira (1º), uma equipe de auditoria interna, formada por empregados da Itaipu e de outras empresas do Sistema Eletrobras, esteve no local para avaliar o atendimento às diretrizes estabelecidas pela ISO 50.001 – norma global para a gestão eficiente da energia. 
É uma etapa preparatória para a visita de uma auditoria externa credenciada, que acontecerá em 2017 e poderá viabilizar a certificação.
Nos últimos anos, a Divisão de Infraestrutura (SGII.AD) e a Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice) promoveram ações que, aos poucos, foram deixando o Centro Executivo na vanguarda da gestão de energia na Itaipu. 
Entre elas, a substituição de lâmpadas de filamento incandescente e fluorescente tubulares por LED; 
a produção de energia solar com a instalação de painéis fotovoltaicos em parte do telhado do estacionamento; 
a troca de antigos aparelhos de ar-condicionado pela nova tecnologia de equipamentos inverter; 
a colocação de sensores de presença nos corredores; 
e a instalação de novos medidores de consumo, que permitem maior controle e acompanhamento rápido.
O objetivo da auditoria interna, na próxima semana, é verificar se todos os requisitos da ISO 50.001 já estão contemplados, a fim de que não haja nenhuma não conformidade antes da vinda da auditoria externa.


Marcelo Miguel: é importante que todos os colegas do Centro Executivo saibam do processo de obtenção do certificado.
“Será fundamental que todos os colaboradores que trabalham no Centro Executivo estejam cientes deste processo, já que uma das ações que serão executadas pelos auditores é verificar se todos estão cientes”, alerta o engenheiro Marcelo Miguel, da Divisão de Engenharia Eletromecânica (ENEE.DT), coordenador da Cice pela margem esquerda. 
Para ajudar, um banner com informações sobre a gestão do consumo de energia na Itaipu foi colocado na entrada dos empregados, no Centro Executivo. 
Empresas que recebem a certificação ISO 50.001 são reconhecidas como detentoras das melhores práticas de gestão da energia, estabelecendo sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético.
A implementação da norma visa a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, de impactos ambientais associados a ele e a diminuir o consumo e, consequentemente, o custo da energia.

Unidades externas dos novos aparelhos de ar-condicionado inverter, mais econômicos que os antigos.
Ciclo completo
Caso obtenha a certificação no Centro Executivo, a Itaipu será a segunda empresa do Sistema Eletrobras a receber o reconhecimento (a primeira foi a usina de Tucuruí, neste ano) e a primeira paraguaia.
Representada por Marcelo Miguel, a Itaipu participa do Comitê Brasileiro CB-116 – responsável pela elaboração da versão brasileira da norma ISO 50.001: a ABNT NBR ISO 50.001:2011 Sistema de Gestão de Energia – Requisitos com Orientações para Uso.
No âmbito interno, o objetivo da SGII.AD e da Cice é disseminar a gestão eficiente do consumo de energia em todas instalações da empresa, tendo com impulso inicial a certificação do Centro Executivo.
Já consagrada na excelência da produção de energia, com isso a Itaipu passa a ser reconhecida também pela qualidade da gestão do seu consumo, consolidando o ciclo completo da qualidade da energia.

Instalação de lâmpada LED no Centro Executivo: uma única lâmpada LED faz o papel de duas fluorescentes em termos de luminescência.