sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aneel aprova revisão que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia

A Aneel aprovou a revisão da resolução 482/2012, que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia. Entre as mudanças está o estabelecimento de novas formas de geração distribuída.
Juventude Solar
Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário, em Vila Isabel (RJ) (©Otávio Almeida/Greenpeace)
O dia começou cedo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que votou no dia (24/11) as mudanças nas regras de micro e minigeração de energia no país. A discussão levou mais de três horas e contou com a participação de representantes da indústria, do comércio, ONGs e de distribuidoras. 
Ao todo, 17 sustentações orais foram feitas por esses atores.
Entre as sugestões de mudanças feitas pelas Aneel, uma foi duramente criticada por quase todos os presentes: a redução na compensação de energia nos casos em que o sistema de geração está instalado em local diferente de onde há consumo. 
É o caso de prédios sem área livre que comporte um sistema, ou de um morador de apartamento e queira instalar o sistema em sua casa da praia.

Nessa hipótese, a geração não produziria uma compensação total na conta de luz. E isso reduziria entre 30% e 80% os ganhos do cidadão que aproveita a luz do sol para ter eletricidade. 
Na prática, isso impossibilitaria mais de 40 milhões de brasileiros – que hoje vivem em prédios, onde não há área útil o suficiente para instalar um sistema – de terem acesso à microgeração. Entenda mais aqui.
Esse ponto acabou sendo rejeitado por completo pela diretoria da Aneel ao fim da reunião. “Isso mostra que a agência, de fato, ouviu a sociedade civil, que não apoiava a mudança. 
A resolução aprovada não só incentivará a geração distribuída no país, como também permitirá que mais brasileiros se valham dos benefícios de gerar sua própria energia”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A resolução validada oferece uma série de benefícios aos brasileiros. Entre os principais pontos alterados está a permissão para que moradores de um mesmo condomínio se organizem e instalem um sistema de energia solar, de forma a abater parte da conta de luz de suas residências. 
O mesmo vale para um grupo de pessoas que more em uma área próxima e queira aproveitar a luz do sol em painéis compartilhados. Antes, para ter compensações na conta de luz de sua casa, era preciso ter um painel instalado em seu próprio telhado.

O prazo de validade dos créditos gerados na micro e minigeração foi expandido de 36 para 60 meses, garantindo o benefício por mais tempo. 
A redução de prazos recaiu sobre as distribuidoras que tinham 82 dias, mas agora terão apenas 34 dias para conectar sistemas de microgeração (até 75kWp) na rede elétrica.

Com essas alterações, a Aneel prevê que o país chegue a 1,2 milhão de sistemas conectados à rede elétrica até 2024. “Desde 2014 o Greenpeace defende junto ao governo brasileiro a adoção da meta de 1 milhão de telhados solares no país até 2020. 
Agora, parece que estamos realmente no caminho correto para chegar lá”, concluiu Rubim.
De acordo com dados do próprio governo, se todo o potencial dos telhados de todas as casas brasileiras fosse aproveitado, geraríamos eletricidade suficiente para abastecer 2,3 vezes o consumo do setor residencial.
A resolução aprovada traz novos ares para a micro e minigeração no Brasil! Temos, então, que continuar seguindo rumo um Brasil com mais energia renovável para todos nós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

EDP faz chamada pública para projetos de Eficiência Energética





A EDP, distribuidora de energia elétrica do Vale do Paraíba, Alto Tietê e Litoral Norte de São Paulo vai disponibilizar R3 milhões para projetos voltados para Eficiência Energética. 

Até o dia 30 de novembro, a concessionária receberá, via chamada pública, propostas de projetos para serem desenvolvidos em sua área de concessão.

Com esse incentivo, a empresa visa apoiar e customizar projetos que tenham o objetivo de reduzir o consumo de energia em residências, comércio, indústrias, prédios públicos, particulares, entre outros. 

Serão contempladas iniciativas de pessoas jurídicas que visem a melhoria ou a substituição de instalações elétricas, equipamentos e sistemas de controle de uso de energia.

Os projetos serão avaliados por uma comissão julgadora formada por colaboradores da empresa, que analisarão, entre outros itens, a relação custo-benefício e o impacto direto na economia de energia, conforme especificado nos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (PROPEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

Os projetos escolhidos serão conhecidos no dia 18 de dezembro.

De acordo com a EDP, os interessados devem encaminhar suas propostas pelos Correios ou entregá-las pessoalmente na sede da empresa. 

Para saber mais sobre a Chamada Pública da EDP para Projetos de Eficiência Energética e seu regulamento, acesse: http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-bandeirante/Paginas/Chamada-P%C3%BAblica-PEE.aspx