quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Como fazer um projeto de iluminação legal levando em conta a eficiência energética

celpe
sala
Aproveitar ao máximo a iluminação natural é a principal dica para economizar energia
Fazer um projeto de iluminação de uma casa ou escritório não é tarefa tão simples assim quando pensamos em eficiência energética, economia e a beleza do ambiente. 

É uma equação que precisa ser resolvida com alguns cuidados. A primeira delas, segundo a gerente de Eficiência energética da Celpe, Ana Mascarenhas, é levar em consideração a quantidade de lux ideal para cada um dos cômodos.

Explicamos: de acordo com as Normas Brasileiras (NBR), cada ambiente requer um determinado nível de iluminância ideal, estabelecido de acordo com as atividades a serem ali desenvolvidas. 

A unidade de medida utilizada é o lux. 

“A primeira coisa é fazer esse cálculo para então saber o tipo de iluminação e a quantidade de lâmpadas que serão utilizadas”. 

Por exemplo, para a cozinha são necessários 500 lux, para a sala para o banheiro 200 lux.

Outra dica importantíssima é utilizar ao máximo a iluminação natural do ambiente, deixando as cortinas abertas. 

Para isso, vale posicionar mesas e escrivaninhas, por exemplo, perto de janelas e vidraças, que permitem a entrada da luz natural, evitando o consumo da iluminação artificial.

A cor utilizada no ambiente também conta. 

“Principalmente a pintura do teto, que deve ser branca para rebater melhor a luz. As paredes claras também ajudam. 

O piso quase não influencia”, explica Ana. Além disso, as cores claras, absorvem
menos calor.

As escrivaninhas devem ser posicionadas perto das janelas, aproveitando a iluminação natural
As escrivaninhas devem ser posicionadas perto das janelas, aproveitando a iluminação natural
Depois desses cuidados, é hora de escolher as lâmpadas. Ana sugere que optemos sempre por lâmpadas de tecnologia LED (sigla em inglês para Diodo Emissor de Luz) .

”São as mais eficientes do mercado, consomem 83% menos energia que as incandescentes e são muito mais duráveis”, conta. 

Outra dica é preferir as lâmpadas fluorescentes que consomem 75% menos energia que as incandescentes. As lâmpadas dicróicas, além de esquentar bastante o ambiente, consomem muita energia. 

Esse tipo de lâmpada, bastante usada em decoração, deve ser evitada. ” 

Em áreas comuns de circulação de pessoas é recomendável instalar sensores de presença. 

Assim, as lâmpadas só ficarão acesas quando houver pessoas no ambiente”, sugere.

DASOL/ABRAVA propõe ampliação do aquecimento solar nos programas de eficiência energética da ANEEL

Fonte/Autoria.: Organix Comunicação


Medida economizaria 840 GWh/ano e beneficiaria 4 milhões de pessoas

O DASOL – Departamento Nacional de Aquecimento Solar da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento discute com ministérios no Governo Federal proposta para ampliar a participação do segmento de aquecimento solar nos programas de eficiência energética da ANEEL. 

A medida faz parte do programa “1 Solar em Cada Casa”, iniciativa que visa ampliar a oferta de energia elétrica e o aproveitamento dos recursos naturais de forma sustentável.

A ideia é ampliar a presença de aquecedores solares nas casas utilizando-se recursos no PROPEE - Procedimentos dos Programas de Eficiência Energética, desenvolvido pelas concessionárias sob coordenação e fiscalização da ANEEL, e proporcionar redução do valor da conta de energia que a cada mês está mais cara e esse cenário não tem previsão de se alterar tão cedo.

Segundo Marcelo Mesquita, secretário executivo do DASOL, o PROPEE está previsto na concessão do governo para exploração do serviço de distribuição de energia elétrica e determina a aplicação anual compulsória de 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras para atividades que promovam o uso racional de energia elétrica, recursos estes que já são arrecadados dos consumidores via conta de luz. 

“Essa ação possibilitará a instalação de 1 milhão de sistemas de aquecimento solar em um período de 4 anos”, explica.

Os recursos financeiros para o projeto, da ordem de R$ 2 bilhões, têm origem compartilhada, sendo 50% oriundos do PROPEE por parte das concessionárias de energia, que serão utilizados para dar desconto no valor do aquecedor solar para as famílias interessadas na aquisição dos sistemas de aquecimento solar. 

Pela proposta, a compra poderá ser feita diretamente nas lojas de materiais de construção participantes da ação.

Mesmo com esse super desconto de 50%, as famílias poderão ainda financiar os aquecedores e dividir o pagamento para ser cobrado via conta de energia elétrica, com a vantagem de que na maioria dos casos a economia em R$ na conta de luz será maior do que o valor da prestação. 

O melhor é que após cerca de 2 anos, acaba o pagamento das prestações do financiamento e sobrará ainda mais dinheiro no bolso do consumidor. 

Melhor forma de economizar na conta de luz

O aquecedor solar hoje tem um custo acessível e um retorno do investimento em curto tempo. Com a simulação feita pelo DASOL/ Abrava para uma família de 5 pessoas, considerando 5 banhos diários com 8 minutos cada, o consumo de energia mensal do chuveiro elétrico é de 70 kWh, que custa cerca de R$ 80,00 na conta de luz, valor que varia entre as concessionárias. 

Esse é um simples exemplo da economia que o Sistema de Aquecimento Solar pode trazer, que em um ano representa uma economia de 840 kWh, e em reais, este valor é de R$ 960,00, considerando os aumentos tarifários atuais de 2015. 

O preço aproximado de um sistema instalado com capacidade para 200 litros é de R$ 2 mil. O retorno do investimento com a economia gerada é de aproximadamente dois anos e quatro meses e a vida útil do equipamento é de 20 anos. O segmento de aquecimento solar apresenta uma alternativa barata e imediata para solucionar a crise energética nacional.

Retrato do mercado

Hoje, estima-se que os aquecedores solares estejam presentes em 5% das residências brasileiras, representando 1,19% da matriz de consumo elétrico nacional. Com o incentivo e programas governamentais de acesso ao equipamento, a ideia é que esta faixa seja ampliada para 24% das residências brasileiras em 2050, segundo dados da EPE.

Em termos de energia produzida, os coletores solares de aquecimento de água atingiram em 2014 o montante de 7.354 GWh, equivalente à toda eletricidade consumida no mês de dezembro/14 pela Região Sul Brasil (7.299 GWh, segundo relatório da EPE).

O mercado de aquecedores solares cresce em média cerca de 1,3 milhão de metros quadrados ao ano. 

Sobre o DASOL

O DASOL – Departamento Nacional de Aquecimento Solar da ABRAVA representa oficialmente, em todo o Brasil, o setor de aquecimento solar de água com o objetivo de promover, divulgar e desenvolver a adoção da energia solar térmica. 

Desde 1992, apoia a formação de uma rede de atuação formada por empresas (fabricantes, revendas, instaladoras, consultorias e projetistas), instituições, universidades, órgãos do governo, ONGs e cidadãos em busca do desenvolvimento sustentável do Brasil através da aplicação e utilização responsável de energia solar térmica. 

Os programas e atividades da entidade têm abrangência em todo o Brasil, alguns deles desenvolvidos junto à Eletrobras/Procel e ao Inmetro, e estão acessíveis a todos que de alguma forma utilizam a energia solar térmica de forma eficiente e como solução para geração de energia.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aneel aprova revisão que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia

A Aneel aprovou a revisão da resolução 482/2012, que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia. Entre as mudanças está o estabelecimento de novas formas de geração distribuída.
Juventude Solar
Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário, em Vila Isabel (RJ) (©Otávio Almeida/Greenpeace)
O dia começou cedo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que votou no dia (24/11) as mudanças nas regras de micro e minigeração de energia no país. A discussão levou mais de três horas e contou com a participação de representantes da indústria, do comércio, ONGs e de distribuidoras. 
Ao todo, 17 sustentações orais foram feitas por esses atores.
Entre as sugestões de mudanças feitas pelas Aneel, uma foi duramente criticada por quase todos os presentes: a redução na compensação de energia nos casos em que o sistema de geração está instalado em local diferente de onde há consumo. 
É o caso de prédios sem área livre que comporte um sistema, ou de um morador de apartamento e queira instalar o sistema em sua casa da praia.

Nessa hipótese, a geração não produziria uma compensação total na conta de luz. E isso reduziria entre 30% e 80% os ganhos do cidadão que aproveita a luz do sol para ter eletricidade. 
Na prática, isso impossibilitaria mais de 40 milhões de brasileiros – que hoje vivem em prédios, onde não há área útil o suficiente para instalar um sistema – de terem acesso à microgeração. Entenda mais aqui.
Esse ponto acabou sendo rejeitado por completo pela diretoria da Aneel ao fim da reunião. “Isso mostra que a agência, de fato, ouviu a sociedade civil, que não apoiava a mudança. 
A resolução aprovada não só incentivará a geração distribuída no país, como também permitirá que mais brasileiros se valham dos benefícios de gerar sua própria energia”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A resolução validada oferece uma série de benefícios aos brasileiros. Entre os principais pontos alterados está a permissão para que moradores de um mesmo condomínio se organizem e instalem um sistema de energia solar, de forma a abater parte da conta de luz de suas residências. 
O mesmo vale para um grupo de pessoas que more em uma área próxima e queira aproveitar a luz do sol em painéis compartilhados. Antes, para ter compensações na conta de luz de sua casa, era preciso ter um painel instalado em seu próprio telhado.

O prazo de validade dos créditos gerados na micro e minigeração foi expandido de 36 para 60 meses, garantindo o benefício por mais tempo. 
A redução de prazos recaiu sobre as distribuidoras que tinham 82 dias, mas agora terão apenas 34 dias para conectar sistemas de microgeração (até 75kWp) na rede elétrica.

Com essas alterações, a Aneel prevê que o país chegue a 1,2 milhão de sistemas conectados à rede elétrica até 2024. “Desde 2014 o Greenpeace defende junto ao governo brasileiro a adoção da meta de 1 milhão de telhados solares no país até 2020. 
Agora, parece que estamos realmente no caminho correto para chegar lá”, concluiu Rubim.
De acordo com dados do próprio governo, se todo o potencial dos telhados de todas as casas brasileiras fosse aproveitado, geraríamos eletricidade suficiente para abastecer 2,3 vezes o consumo do setor residencial.
A resolução aprovada traz novos ares para a micro e minigeração no Brasil! Temos, então, que continuar seguindo rumo um Brasil com mais energia renovável para todos nós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

EDP faz chamada pública para projetos de Eficiência Energética





A EDP, distribuidora de energia elétrica do Vale do Paraíba, Alto Tietê e Litoral Norte de São Paulo vai disponibilizar R3 milhões para projetos voltados para Eficiência Energética. 

Até o dia 30 de novembro, a concessionária receberá, via chamada pública, propostas de projetos para serem desenvolvidos em sua área de concessão.

Com esse incentivo, a empresa visa apoiar e customizar projetos que tenham o objetivo de reduzir o consumo de energia em residências, comércio, indústrias, prédios públicos, particulares, entre outros. 

Serão contempladas iniciativas de pessoas jurídicas que visem a melhoria ou a substituição de instalações elétricas, equipamentos e sistemas de controle de uso de energia.

Os projetos serão avaliados por uma comissão julgadora formada por colaboradores da empresa, que analisarão, entre outros itens, a relação custo-benefício e o impacto direto na economia de energia, conforme especificado nos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (PROPEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

Os projetos escolhidos serão conhecidos no dia 18 de dezembro.

De acordo com a EDP, os interessados devem encaminhar suas propostas pelos Correios ou entregá-las pessoalmente na sede da empresa. 

Para saber mais sobre a Chamada Pública da EDP para Projetos de Eficiência Energética e seu regulamento, acesse: http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-bandeirante/Paginas/Chamada-P%C3%BAblica-PEE.aspx

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Brasileiros ganham prêmio de eficiência energética em Hong Kong

Jornal do Brasil



A Keppe Motor, juntamente com sua parceira industrial chinesa Metropolitan Electrical Appliance Mfg Co. Ltd, foi duplamente premiada no último dia 13 pela Associação da Indústria de Eletrônicos de Hong Kong (HKEIA), com participação do Conselho de Desenvolvimento de Comércio de Hong Kong (HKTDC). 

A companhia venceu o "Grand Prize" e a categoria "Eletrônicos Industriais", devido ao seu motor de alta eficiência energética.

A premiação é conhecida por honrar a excelência na inovação e tecnologia de produtos em três categorias: eletrônicos de consumo, eletrônicos portáteis e eletrônicos industriais. 

A Keppe Motor esteve entre os 17 finalistas e recebeu a premiação máxima do evento, que ocorreu num jantar de gala durante a maior feira de eletrônicos do mundo, a Hong Kong Eletronics Fair - Autumn Edition 2015.

A feira atrai líderes da indústria, marcas globais e as mais recentes inovações. Mais de 3.500 expositores e 64 mil participantes de 151 países e regiões tornam a feira um local de encontro para a indústria eletrônica. 

Autoridades dos departamentos do comércio, ciência e tecnologia e produtividade, além de líderes das principais indústrias de eletrônicos de HK, compuseram o painel de jurados. 

Os candidatos ao prêmio foram avaliados segundo os seguintes critérios: inovação, impacto ambiental, qualidade, utilidade das funções, comercialização, design, embalagem e contribuição para a sociedade.

Para a equipe da Keppe Motor, o reconhecimento internacional marca uma nova etapa na introdução desta tecnologia, que visa trazer uma nova forma de consumo de energia para a humanidade através da máxima eficiência energética e máxima sustentabilidade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Plano energético brasileiro deve contemplar redução de gases de efeito estufa, destaca presidente do Conselho de Meio Ambiente da CNI

Marcos Guerra afirmou ainda, durante o evento CNI Sustentabilidade, que indústria vêm contribuindo para redução das emissões. Ministra Izabella Teixeira participou do debate


“Os ganhos de produtividade reduzem o uso de
recursos naturais e eliminam desperdícios" -
Marcos Guerra

As reduções das emissões de gases de efeito estufa devem ser contempladas no planejamento energético do país. 

Essa foi a proposta do presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente daConfederação Nacional da Indústria (CNI), Marcos Guerra, durante a abertura do evento CNI Sustentabilidade, realizado no dia 03/09, no Rio de Janeiro. 

“O gerenciamento dos riscos e das oportunidades ligadas aos efeitos do aumento da concentração de gases de efeito estufa deve estar cada vez mais atrelado aos componentes de energia, água, resíduos, competitividade e promoção do bem-estar social”, acrescentou. 

Para ele, é preciso estimular cada vez mais a diversificação da matriz energética e a maior participação de energias renováveis no país.

De acordo com Guerra, a indústria vem contribuindo significativamente para a redução das emissões de CO2. 

Ele destacou ainda que a sustentabilidade tem relação direta com a produtividade e a inovação e está entre os objetivos do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022

“Os ganhos de produtividade reduzem o uso de recursos naturais e eliminam desperdícios. A inovação, por sua vez, introduz novos produtos, processos e modelos de negócios que geram menos impacto ambiental e maiores benefícios sociais”, disse.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou que as discussões sobre mudanças climáticas estão relacionadas a desenvolvimento e está otimista sobre o acordo do clima que deverá ser definido durante a 21ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro. 

“Para avançarmos em soluções para as questões do clima, precisamos ir além das negociações entre governos e ter o envolvimento de toda a sociedade”, afirmou. “O Brasil mostra um enorme engajamento nesse tema.”

Para a diretora-técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heloísa Menezes, o tema sustentabilidade chama a atenção das empresas e exige uma visão sistêmica sobre os problemas. 

“Exige um olhar tanto para os riscos das mudanças climáticas, como a alta do preço da energia e escassez de água, quanto pela não adoção de medidas de mitigação”, assinalou. “Mas também há oportunidades, inclusive para as micros e pequenas empresas.”

Também participaram da abertura do evento Jailson Andrade, secretário de Políticas e Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Por Maria José Rodrigues, do Rio de Janeiro
Foto: José Paulo Lacerda

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Votorantim investe R$ 1,13 bilhões em eólica

Delatfrut/Wikimedia Commons

Investimentos em energia eólica: até 2018 a empresa espera 
inaugurar sete parques eólicos no Piauí, com capacidade 
para 206 megawatts (MW) de energiaRenée Pereira e 
Naiana Oscar, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Tradicional investidora do setor elétrico, com participação em 33 usinas hidrelétricas e cinco térmicas, a Votorantim Energia estreia na geração eólica com investimento de R$ 1,13 bilhão.

Até 2018, quando será comemorado o centenário do grupo da família Ermírio de Moraes, a empresa espera inaugurar sete parques eólicos no Piauí, com capacidade para 206 megawatts (MW) de energia.

O empreendimento faz parte de um projeto maior, de 600 MW e que custará, no total, R$ 3 bilhões. 

A construção da primeira fase deverá ser iniciada em meados de 2016 e vai criar entre 900 e 1 mil postos de trabalho na fronteira entre Piauí e Pernambuco.

A data para uma segunda fase ainda está pendente e dependerá das condições de mercado.

A decisão de seguir a onda de investimentos em eólica, que teve início no fim de 2009 no Brasil, tem a ver com a necessidade da empresa de ampliar os serviços de eletricidade.

Até três anos atrás, o foco era produzir energia para abastecer os negócios do grupo, afirma o diretor presidente da Votorantim Industrial, João Miranda.

A partir daí, diz ele, a empresa decidiu desenvolver uma carteira de clientes no mercado livre e produtos compatíveis com as exigências desses consumidores, incluindo serviços de consultoria para eficiência energética.

"Percebemos que precisávamos crescer a capacidade de lastro próprio para comercialização. Ou seja, gerar energia não só para o consumo próprio, mas também para terceiros", afirma Miranda.

Ele conta que a empresa estudou vários projetos de energia renovável, na área de hidrelétricas, eólicas e solar. "A eólica amadureceu mais rápido e tem um risco menor, que é o risco do vento."

Sob novo comando. A tarefa de implementar o projeto no Piauí ficará a cargo do novo presidente da Votorantim Energia, Fabio Zanfelice, ex-executivo do grupo CPFL e Cesp.

Ele destaca que o empreendimento vai congregar a venda de energia para o mercado regulado e para o mercado livre. No leilão realizado pelo governo federal, em agosto, a empresa vendeu 93 MW médios. O restante (9 MW médios) será destinado aos consumidores livres.

"A demanda pela energia é maior do que o total disponível. Até o momento, temos negociações avançadas com cinco clientes", afirma Zanfelice. Ele afirma que 65% do projeto deverá ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 35%, com recursos próprios. 

Questionado sobre o impacto do aumento do dólar no projeto, ele destacou que ao vencer o leilão, em agosto, a empresa travou o câmbio.

O executivo afirmou, no entanto, que a desvalorização do real vai encarecer a energia eólica, já que, em média, 30% dos projetos têm componentes importados. Para os próximos leilões, o governo terá de elevar o preço teto, possivelmente, acima de R$ 200 o MWh, diz ele.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Energisa MT investe R$ 29,6 milhões em redução do consumo de energia




Marjorie Teruel é coordenadora do Programa Energia Eficiente (Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)


A Energisa Mato Grosso está trabalhando cada vez mais com ações que incentivam o uso da energia elétrica de maneira consciente, segura e sem desperdício

Os projetos atuais somam R$ 29,6 milhões em investimentos no Estado, em ações que vão desde projetos de troca de aparelhos elétricos antigos por novos, um projeto educacional e campanhas publicitárias sobre o não desperdício do uso da luz em casa e no escritório.

Do valor investido este ano em Mato Grosso, R$ 11 milhões foram para o projeto Energia Solidária, por meio do qual o consumidor troca um eletrodoméstico antigo por um novo, com selo Procel de eficiência energética, pagando apenas a metade do preço. 

A outra metade é paga pela Energisa. A primeira edição do projeto foi lançada em dezembro de 2014 e seguiu até abril deste ano, com mais de 10.322 participantes. Para ter direito ao desconto, o consumidor faz uma contribuição para uma entidade beneficente. Foram arrecadados R$ 516 mil, valor doado à Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá

Os recursos para estes investimentos são provenientes do Programa Energia Eficiente, da Energisa. Todos os projetos são realizados seguindo as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE). O PEE determina que as distribuidoras de energia de todo o país invistam parte de seu faturamento em projetos voltados à redução do consumo de energia.
Questionado sobre os motivos que levam uma distribuidora de energia e incentivar a redução do consumo, o diretor presidente da Energisa Mato Grosso, Wilson Couto, explica: “Investir em ações que incentivam a redução do consumo de energia elétrica pode parecer contraditório para uma empresa cujo produto é justamente a distribuição dela. Mas não é. Ações que tenham como objetivo a redução do consumo de energia elétrica significam ter um consumidor satisfeito e consciente de que pequenas atitudes podem fazer diferença no valor final da conta de luz. É Significam um futuro melhor para o planeta, pois a energia será usada sem desperdício.”
Programa transforma realidade em comunidades rurais
Laurice Júlia de Araújo tem 35 anos e viveu 13 deles sem energia elétrica. Para tomar água gelada, era necessário caminhar seis quilômetros. Ela vive há seis anos no Projeto de Assentamento Ema, no município de Alto Paraguai, distante 201 quilômetros de Cuiabá. Antes, morava na vila Capão Grande, no mesmo município.
Dona Laurice é uma das beneficiadas pelo projeto Presente do Bem, realizado pela Energisa Mato Grosso.  A iniciativa faz parte do Programa Energia Eficiente e presenteia, com uma geladeira nova e com selo Procel, consumidores cadastrados na Tarifa Social e que acabaram de receber a ligação de energia pelo Luz Para Todos (LPT).  A ideia é evitar que o cliente compre ou mesmo ganhe uma geladeira mais velha, com alto consumo.
“Estávamos esperando muito essa geladeira. Logo que chegou a energia, nós usávamos a da minha filha, que se mudou. Ficamos sem nenhuma. Nem acreditei quando falaram que a gente ia ganhar uma. Agora posso ter água gelada e carne fresca sem precisar andar até a sede do assentamento todos os dias”, contou, emocionada.
“No ano passado fizemos um estudo em comunidades rurais e ficou evidenciado que, quando clientes com tarifa social recebem energia elétrica, muitos deles ganham ou compram geladeiras mais velhas. Pensamos: para que deixar esse consumidor comprar uma geladeira velha se podemos doar uma nova? Então fizemos uma consulta à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) com nossos estudos e recebemos a autorização para comprar as geladeiras com os recursos do Programa de Eficiência Energética”, explicou Marjorie Teruel de Assunção, coordenadora do programa na Energisa Mato Grosso.
A Aneel determina que todas as distribuidoras invistam um percentual de seu faturamento, anualmente, em ações que reduzam a demanda de energia.
A primeira entrega do Presente do Bem foi feita no Projeto de Assentamento Ema, em abril. Lá, das 122 famílias que passaram a ter energia elétrica, 42 receberam seus “presentes do bem”.
Catarina Benedita da Silva, 51 anos, foi a primeira a ganhar a geladeira. Segundo ela, a vida da família mudará completamente. “Antes eu tinha que salgar a carne e ensacar. Até com o peixe era assim. Agora, posso ter uma água gelada, carne e frutas frescas para meu neto”.
Para ela felicidade vai além da chegada da geladeira. “A energia que chegou com o Luz para Todos vai mudar nossas vidas. Esperamos seis anos por isso. Agora poderei ter uma bomba de água e com isso, uma horta. Poderei triturar ração para ter criação. E já ganhei até uma máquina de lavar roupa, da minha filha”.
A segunda entrega foi na comunidade Sangradorzinho, em Primavera do Leste. Lá, a euforia da pequena Sofia, de três anos, foi o que mais marcou a equipe. “É sua, mamãe? É sua?”, perguntava a menina o tempo todo. A mãe de Sofia, Viviane Preseto Batista, contou que a menina queria uma festa de aniversário, assim que se mudaram para Sangradorzinho, no início do ano. Mas, sem energia elétrica, não foi possível realizar o sonho da menina. Logo em seguida, chegou a energia e também a geladeira. No próximo aniversário de Sofia, a festa vai acontecer.
A previsão para os próximos dois anos é que, das 4.400 ligações do LPT em Mato Grosso, cerca de 1,5 mil unidades consumidoras recebam geladeiras da Energisa. Não é necessário fazer inscrição para o programa – a própria empresa analisa o perfil dos consumidores que acabam de receber a ligação do Luz Para Todos e enquadra aqueles que possuem a tarifa social.
Projeto Nossa Energia substitui geladeiras e dissemina conhecimento
Iniciado no segundo semestre de 2015, o projeto Nossa Energia tem buscado, por meio de ações educativas e substituição de geladeiras, ajudar os clientes da Energisa Mato Grosso a reduzir o consumo de energia elétrica. O projeto passa a ser uma dos principais iniciativas de responsabilidade social da distribuidora e é dividido em duas vertentes: uma social e uma educacional.
O braço social do Nossa Energia tem previsão de substituir, gratuitamente, 5.500 geladeiras e 42.700 lâmpadas de famílias com baixa renda em diversas cidades mato-grossenses, até o fim do ano.
Uma das primeiras a ter a geladeira substituída foi a moradora de Rondonópolis Marilza Pereira. Ela avalia que o programa é muito importante, pois muita pessoa não tem condições de trocar a geladeira. “Eu muitas vezes quis comprar um refrigerador novo e não consegui. Essa troca que a Energisa fez foi tudo para mim”.
As geladeiras novas possuem selo Procel, que atesta economia e qualidade do eletrodoméstico. As lâmpadas são de LED, com potência de 9,5 watts. A coordenadora de Eficiência Energética, Marjorie Teruel, explica que as trocas permitem redução do consumo de energia elétrica, o que ajuda a reduzir a conta de luz dos participantes.
Não é preciso procurar a Energisa para participar do programa. A distribuidora usa como base para seleção dos beneficiados o cadastro na Tarifa Social de energia elétrica. Outro ponto importante para participar é estar com a conta de luz em dia. No dia da entrega no novo aparelho, o antigo é retirado e encaminhado para o descarte responsável, de acordo com a norma brasileira em vigor.
“Este projeto tem um cunho social significativo, pois ao trocar o aparelho os clientes têm a chance de reduzir o consumo de energia sem precisar pagar pelo equipamento novo. Além disso, a destinação adequada dos equipamentos antigos evita que sejam descartados no meio ambiente, reduzindo a poluição”, pondera Marjorie.
CONHECIMENTO – Já o projeto educacional do Nossa energia visita as escolas de ensino fundamental, com três caminhões climatizados e completamente adaptados para se transformarem em uma espécie de laboratório, equipados com tecnologia de ponta, incluindo projeções interativas e a realização de experiências que fixam conceitos sobre o uso eficiente e seguro de energia elétrica.
Ao chegar às escolas, a lateral do baú do caminhão do Nossa Energia se expande e se transforma em uma sala de aula/laboratório, com um projetor, um comparador do consumo de lâmpadas e equipamentos para demonstração de geração de energia eólica, fotovoltaica e hidráulica, entre outras experiências.
Enquanto os alunos acompanham a apresentação e as experiências no caminhão, os professores passam por uma capacitação, para que eles possam trabalhar o tema em sala de aula. As escolas recebem ainda uma coleção de livros didáticos.
As escolas parceiras não têm nenhum custo com o projeto. Para abranger o maior número possível de alunos, o objetivo é fazer parcerias com instituições de ensino públicas – secretarias estadual e municipais de Educação – e privadas.
De acordo com o diretor-presidente da Energisa Mato Grosso, Wilson Couto, o uso racional da energia é o princípio básico do projeto. “Nosso objetivo é treinar alunos e professores para desenvolver uma consciência cidadã, em que haja mudança de hábitos para que se possa efetivamente preservar o meio ambiente e garantir economia para as famílias”, disse Couto.
Caminhão do Nossa Energia vai às escolas (Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Caminhão do Nossa Energia vai às escolas (Foto: Assessoria/ 
Energisa Mato Grosso)
Projeto (Foto: Caroline Pilz Pinnow/ Sistema Fiemt)
Projeto substitui geladeiras velhas por novas (Foto: Caroline 
Pilz Pinnow/ Sistema Fiemt)

Escolas parceiras não têm custo com projeto (Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Escolas parceiras não têm custo com projeto (Foto: 
Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Alunos acompanham apresentação e experiências no caminhão (Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Alunos acompanham apresentação e experiências no caminhão 
(Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Uso racional da energia é o princípio básico do projeto (Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Uso racional da energia é o princípio básico do projeto 
(Foto: Assessoria/ Energisa Mato Grosso)
Caminhão se transformou em espécie de laboratório (Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)
Caminhão se transformou em espécie de laboratório 
(Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)
Equipamentos fazem demonstração de geração de energia eólica (Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)
Equipamentos fazem demonstração de geração de energia eólica 
(Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)

Investimento de R$ 2,5 milhões em órgãos públicos
A troca de equipamentos eletrodomésticos antigos por novos é um passo importante na redução do consumo de energia elétrica. Por este motivo, a Energisa Mato Grosso tem investido em projetos que reduzem o desperdício em órgãos públicos, substituindo ventiladores de teto, condicionadores de ar, lâmpadas, freezers, entre outros. Estão atualmente em andamento projetos da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz), no Fórum de Várzea Grande e no Fórum de Barra do Garças, com um investimento de R$ 2,18 milhões.
No Fórum de Várzea Grande estão sendo substituídos oito condicionadores de ar, 337 lâmpadas, ventiladores e freezers. No de Barra do Garças são 14 condicionadores de ar, 88 lâmpadas, três refrigeradores, quatro ventiladores, entre outros. O maior investimento, no entanto, está sendo feito na Sefaz, onde serão trocados 55 condicionadores de ar (sendo 36 de grande porte) e 3.384 lâmpadas, entre outros aparelhos. O investimento total na secretaria é de R$ 1,98 milhão e a estimativa inicial é que a secretaria passe a economizar 711,8 MWH por ano – o equivalente ao consumo de 312 residências.
Outros R$ 311 mil foram investidos em 2014. Oito creches foram beneficiadas, sendo seis em Cuiabá (Vilmon Ferreira, São Francisco de Assis, Risolleta Neves, Josefa Parente, Ilza Pagot Francisca, Caic Eldorado, uma em Poconé (Vovó Sebastiana) e uma em Rondonópolis (Rubens Alves). Nelas, foram trocados 98 ventiladores de teto, 654 conjuntos de lâmpadas, 38 condicionadores de ar, 23 refrigeradores e freezers, entre outros aparelhos. O total investido foi de R$145.048,36.
A Energisa Mato Grosso também investiu R$103.531,67 para tornar mais eficiente o consumo de energia de seis delegacias do Estado. Delas, quatro estão localizadas em Várzea Grande e duas em Cuiabá. Foram substituídos 10 ventiladores, 389 lâmpadas, 30 condicionadores de ar, 11 refrigeradores, entre outros aparelhos.
“Estes projetos são muito positivos, pois as contas de luz destes órgãos deverão vir mais baixas com estes investimentos da Energisa. Eles terão o mesmo conforto de antes, mas consumirão menos energia, com aparelhos que têm o selo Procel”, diz o diretor-presidente da Energisa Mato Grosso, Wilson Couto.
Para participar de projetos para redução do consumo de energia pela Energisa Mato Grosso, os representantes do órgão ou instituição interessados devem esperar a chamada pública – a próxima será em março de 2016.
Wilson Couto é diretor-presidente da Energisa Mato Grosso (Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)
Wilson Couto é diretor-presidente da Energisa Mato Grosso 
(Foto: Cléber Nogueira/ ZF Press)

Campanha criada em MT se espalha pelo Brasil
Um monstrinho que se alimenta de desperdício: este é o Gastão, personagem criado para estimular o consumo consciente de energia em Mato Grosso. Ele aparece em vídeos, sempre acompanhando alguém cujo comportamento está inadequado: o adolescente que joga vídeo game com ar ligado e porta aberta, a jovem que fica pensando com a porta da geladeira aberta, o pai que liga o ferro para passar uma só camisa, o profissional que encerra a reunião e deixa tudo ligado.
Em todos esses casos, uma segunda pessoa aparece e mostra qual é o comportamento correto, fazendo com que o Gastão se desfaça no ar. “A campanha foi concebida de forma que as pessoas se reconheçam no comportamento inadequado, mas de um jeito leve e bem-humorado, para que se sintam estimuladas a mudar. O efeito foi muito interessante, principalmente sobre as crianças: elas entraram na onda de mandar o Gastão embora. E crianças são excelentes multiplicadoras, porque fiscalizam a família toda”, comenta a gerente de Comunicação e Marketing da Energisa Mato Grosso, Daniela Lepinsk Romio.
Criada pela agência de publicidade mato-grossense ZF, a campanha acabou se estendendo para todas as demais empresas do Grupo Energisa – nos estados da Paraíba, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Tocantins e parte do Rio, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Fonte: G1 MT

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Engenheiro cria chuveiro que reduz em até 78% o consumo de energia

'Chuveiro inteligente' também promete economizar 3 litros d'água por banho.

Projeto faz parte da dissertação de mestrado de aluno da UFSC.


Do G1 SC
Numa família de quatro pessoas, o sistema garante uma economia anual de mais de R$ 500 (Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)

Em uma família de quatro pessoas, o sistema garante uma economia anual de mais de R$ 500 (Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)

Um engenheiro e ex-aluno de mestrado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passou exatos 16 meses de sua vida totalmente dedicado a um projeto ousado que ele defenderia posteriormente em sua dissertação. Gelson Onir Pasetti criou um protótipo de "chuveiro híbrido inteligente".
O chuveiro chega a economizar até 78% a mais de energia elétrica em relação aos outros aparelhos comuns. Além disso, o estudo conseguiu encontrar uma forma de economizar cerca de 3 litros d'água por banho, o que varia de acordo com a temperatura de onde ele está instalado.
hduaishduihasuidh (Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)Protótipo custo quase R$ 5 mil
(Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)
"Meu projeto evita o desperdício de água que fica acumulado no encanamento entre o tanque de armazenamento e o chuveiro. Considerando uma família de quatro pessoas, a quantia de água que poderia ser jogada fora chega a 4526 litros por ano. Esse volume só não era desperdiçado, pois o sistema híbrido construído aquecia a água fria utilizando a resistência elétrica do chuveiro", explica Gelson. O sistema garante uma economia anual de mais de R$ 500.



O projeto foi supervisionado pelo professor e doutor Julio Elias Normey, e foi desenvolvido no Departamento de Automação e Sistemas da UFSC com a ajuda de de dois bolsistas de iniciação científica, dois intercambistas - um francês e outro colombiano, e um servidor técnico-administrativo.

Como funciona
A economia de energia elétrica acontece através da planta solar (Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)A economia de energia elétrica acontece através da planta solar (Foto: Gelson Pasetti/Arquivo Pessoal)



O sistema é abastecido através das energias elétrica e solar. Para a energia solar, três placas planas foram utilizadas. 

Elas têm como objetivo aquecer a água que, em sequência, segue para o boiler (ou tanque de armazenamento). 

A água chega ao chuveiro já com controle de vazão e temperatura controlada pelo usuário, sistema garantido por um microcontrolador.

O protótipo custou quase R$ 5 mil, levando em conta a instalação dos sensores, caixas d'água e placas solares. 

Na conta também foram incluídos valores estimados da mão de obra necessária e de uma média de margem de lucro do fabricante e do comerciante.

Segundo o pesquisador, não há nenhum projeto de comercialização do sistema em vista. 

"O protótipo funcionou muito bem e até mesmo superou minhas expectativas, mas para lançar o produto em escala comercial precisariam ser feitos alguns ajustes no produto para facilitar a sua instalação nas residências", conclui.

Gelson tem apenas 28 anos e é graduado em Engenharia de Controle e Automação pela UFSC de Florianópolis. Natural de Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, atualmente trabalha com gerenciamento de projetos em uma das maiores empresas fabricante de caminhões, ônibus e motores a diesel do mundo.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Florianópolis é primeira cidade no Brasil a receber hélice eólica similar a da Torre Eiffel

A França fará a aguardada conferência mundial do clima em dezembro próximo na “cidade luz” Paris. 


No primeiro andar da torre Eiffel funcionam duas turbinas eólicas para dar exemplo ao mundo e iluminar as áreas comerciais da torre com energia 100% limpa e plenamente renovável. 

O fornecimento das hélices eólicas foi feito pela UGE, de Nova Iorque (EUA), empresa global que atua em 90 países e fornece design e soluções energéticas eficientes. 

A Urban Green Energy também se faz presente em empreendimento aqui no Brasil, na cidade de Florianópolis (SC). 

Essa mesma tecnologia está em funcionamento em duas torres dos edifícios Neo Next Generation, construído na badalada praia do Novo Campeche.

“Nossas hélices no topo dos prédios já estão iluminadas, proporcionando um espetáculo à parte, durante o dia e a noite. Os moradores e visitantes do bairro se encantam com a beleza do movimento” comemora Jaques Suchodolski, arquiteto e empreendedor do Neo Next Generation. 

“A parceria estabelecida com a UGE não poderia ter sido melhor, acabamos de receber um “up grade das hélices”, o modelo 2016, que já estão em funcionamento no empreendimento” conclui Suchodolski.

As hélices de dimensões reduzidas são compactas e com eixo vertical. 

Serão o futuro nas edificações daqui em diante devido ao seu aprimoramento técnico, confiabilidade e eficiência de vida útil que hoje está em 20 anos. 

Os modelos de geradores eólicos da UGE tem três pás confeccionadas em fibra de vidro e são reforçados com fibra de carbono, gerando energia com ventos de baixíssima intensidade, já a partir de 5m/s.

Sol e vento aquecem 100% da água no residencial na praia 

A energia eólica que capta a energia dos ventos via hélice de eixo vertical funciona com eficiência associada às placas coletoras solares e garantem 100% da água quente dos apartamentos e áreas de convivência dos dois edifícios Neo Next Generation. 

Com estas fontes de energias renováveis – sol e vento - é possível a cada morador uma redução de 100% no uso de energia de aquecimento, gerando uma redução de 50% em comparação do consumo com o aquecimento convencional da água.

Essa realidade que utiliza a tecnologia para ganhos em escala já está disponibilizada aos moradores do empreendimento construído pela Asas Incorporações e Habitat, numa praia de natureza preservada no leste de Florianópolis. 

Até 2020 calcula-se que 10% das novas edificações residenciais e comerciais vão contar com energias de baixo carbono, principalmente a eólica e a solar.