sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sustentabilidade e eficiência energética são vitais para o setor


Realizado pelo Senai e o Estado de Baden-Württemberg, simpósio reuniu especialistas do Brasil e da Alemanha para trocar experiências em inovação para a indústria da construção
clique para ampliar clique para ampliarSimpósio de Sustentabilidade e eficiência energética na construção civil atraiu especialistas em Curitiba (Foto: Mauro Frasson)
















Os instrumentos e tecnologias para a construção civil sustentável, com baixo consumo de energia, e as soluções inovadoras que contribuem com a promoção e divulgação desse tipo de atividade no Brasil, ressaltando a importância da utilização de fontes de energia renováveis. 

Esses foram os temas do Simpósio Brasil – Alemanha: Construção sustentável com Eficiência Energética, realizado nesta terça-feira (20), na sede da Fiep do Jardim Botânico, em Curitiba.

Realizado pelo Senai no Paraná em parceria com Ministério de Finanças e Economia do Estado de Baden-Württemberg , na Alemanha, o evento reuniu os principais engenheiros e arquitetos do Brasil e da Alemanha, além de empresários, estudantes e representantes de entidades sindicais da construção civil.

Fruto da parceria existente, desde 1996, entre o Senai e o Baden-Württemberg, o simpósio foi, também, uma oportunidade para promover o intercâmbio entre os dois países com foco na sensibilização e capacitação das empresas que atuam na indústria da construção civil aqui no Paraná.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, ressaltou a importância de soluções inovadoras visando eficiência energética e a utilização correta de recursos como vital para a sustentabilidade de qualquer país.

“A crescente industrialização demanda a busca de energias renováveis, bem como novos processos que preservem suas fontes”, afirmou ele. 


Energia à moda da casa



O ano de 2012 foi marcado por muitas medidas do Governo Federal para o setor energético brasileiro. 

Além do anúncio feito em setembro pela Presidente Dilma Rousseff sobre a redução das taxas de energia para residências, comércios e indústrias que vão variar entre 16% e 28% a partir de 2013, já neste ano, o brasileiro contará com mais um incentivo para economizar em sua conta e ainda, contribuir para a manutenção dos recursos não renováveis geradores de energia no país.

A Resolução Normativa (RN) 482 de 17/04/12, publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta a micro e mini produção de energia, ou seja, proprietários de residências, comércio e indústria poderão produzir sua própria energia e, a maior novidade, é que as concessionárias devem adequar seus medidores a um modelo que permita que a energia gerada e não consumida no local possa ser enviada à rede para consumo em outro ponto e gerar créditos para o consumidor na próxima fatura.

As distribuidoras de energia tem até 13/12/12 para se adequar e publicar as normas técnicas relacionadas ao novo sistema em seus endereços eletrônicos.

Entenda o Sistema de Compensação de Energia – O consumidor poderá instalar um sistema gerador de energia de fonte renovável com base em energia solar, por exemplo, com potência de até 100 kW – Microgeração Distribuída – ou central geradora com potência superior a 100 kW até 1 MW – Minigeração Distribuída – ambos conectados à rede elétrica.


Durante o mês, a unidade (casa, empresa ou indústria) é abastecida pela energia gerada por sua própria fonte sustentável de energia e a noite ou nos dias mais nublados a energia fornecida pela concessionária entra em funcionamento, complementando a energia solar. Neste período, toda energia produzida que não for consumida na unidade, entra no sistema de Compensação de Energia Elétrica, ou seja, o excedente é lançado à rede de distribuição e se torna um crédito que pode ser utilizado nas próximas faturas por até 36 meses. Para isso, o consumidor deverá trocar o medidor de energia convencional por um medidor bidirecional, que registra a energia consumida e a energia injetada na rede.

Essa energia excedente também pode ser revertida em créditos para abater o consumo de outras unidades consumidoras previamente cadastradas do mesmo proprietário ou para unidades cujos proprietários se reúnam em uma associação.

No caso do crédito exceder o valor a pagar na conta de energia, ficará estabelecida uma cobrança mínima referente ao custo da disponibilidade do sistema de distribuição.

Entendendo o Sistema Solar Conectado ou Grid Tie -Para o consumidor que pretende instalar um sistema gerador de energia de micro ou minigeração distribuída a partir da energia solar, o sistema fotovoltaico Conectado ou Grid Tie precisa de alguns componentes básicos para garantir o funcionamento:

Painel Solar é o componente responsável pela captação da luz solar e é formado por várias células fotovoltaicas que usam o silício como matéria-prima. A quantidade de painéis solares varia de acordo com oconsumo de energia. Para uma residência com consumo de 200kWh/mês são necessários de 6 a 8 painéis de 1,7 m² cada.

Já os inversores transformam a energia elétrica vinda dos painéis solares em corrente alternada para ser usada na rede doméstica. Além disso, os inversores fazem o sincronismo da energia solar com a rede elétrica e o balanço entre a fonte solar e energia da rede convencional.

Além destes componentes, uma estrutura de alumínio é responsável pela fixação dos painéis no telhado garantindo a inclinação no ângulo adequado para a melhor captação da luz solar.

A Neosolar Energia há dois anos especializou-se em soluções em energia solar e, por meio de consultorias customizadas, seja para uso doméstico, rural ou voltado para a agroindústria, consegue adequar seus produtos às mais variadas necessidades.

É a única distribuidora autorizada pela Jetion Solar – empresa chinesa com sedes nos EUA e Europa, reconhecida pela qualidade dos painéis fotovoltaicos que produz – para revenda na América do Sul e já possui kits de instalação de energia solar para micro ou minigeração distribuída à venda em seu site.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ABilumi entrega minuta de Acordo Setorial para logística reversa de lâmpadas

Documento visa determinar as responsabilidades das partes envolvidas e regulamentar o processo
Da redação


sxc.hu













A Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (ABilumi) entregou no último dia 1º de Novembro sua minuta de Acordo Setorial para Logística Reversa de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio e luz mista, atendendo ao Edital de Chamamento nº 01/2012 do Ministério do Meio Ambiente.

A logística reversa para lâmpadas, que contemple todas as etapas do ciclo de vida do produto, é uma das determinações da Lei nº 12.305/10 (e o Decreto 7.404/10), que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e criou diretrizes para a gestão do lixo no País que devem resultar em mudanças nos padrões de comportamento e consumo da sociedade, além de uma série de metas a serem cumpridas pela União, Estados e municípios.

Na minuta do Acordo Setorial estão determinadas as responsabilidades de cada parte envolvida, desde fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de lâmpadas, em receber e dar destinação adequada às lâmpadas fluorescentes compactas e tubulares, a vapor de mercúrio, a vapor de sódio e a vapor metálico.

Em comunicado oficial, a ABilumi declarou: 

“O sucesso da iniciativa depende que somente seja permitido colocar novas lâmpadas no mercado as empresas que se comprometerem financeiramente com as iniciativas de logística reversa no início do ciclo de vida do produto”.

“Para isso, é essencial a criação por parte do governo de um mecanismo institucional que possa aferir este compromisso na entrada das lâmpadas no mercado, por meio dos sistemas de importação (importação) e sistemas de emissão de nota fiscal eletrônica (na produção nacional)”, afirmou a entidade.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Agencia chinesa apoia estudo que prevê maior eficiência energética e EUA na liderança em petróleo

Autossuficiência dos EUA viria até 2017 do aumento da produção de fontes não convencionais e tradicionais, da redução do consumo e de novas tecnologias


O destaque conferido ao estudo da Agência Internacional de Energia que prevê a volta dos EUA ao status de maior produtor de petróleo do mundo até 2017, além de realçar a “mais brilhante perspectiva” para a produção do Brasil, omite um dado crucial do relatório: os resultados dos programas de aumento da eficiência energética, fator decisivo da autossuficiência dos EUA vislumbrada pela entidade.

O cenário da IEA, sigla em inglês dessa agência baseada em Paris e formada pelos principais países importadores de petróleo, tem mais de uma implicação, todas com potencial explosivo. 

A desimportância gradativa da energia importado para os EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo, insere desdobramentos sobre os preços, portanto, sobre a escala dos investimentos futuros, e sobre a geopolítica.

A presença militar dos EUA em áreas de risco do Oriente Médio pode perder relevância estratégica, aumentando, por sua vez, a da China, o segundo maior importador mundial de petróleo, além de número 1 no ranking global de emissores de CO2, seguida dos EUA e da Índia.

Sintomaticamente, o primeiro estudo do Energy Research Institute, ligado ao National Development Reform Comission da China, divulgado esta semana, não só corrobora o cenário apontado pelo World Energy Outlook da IEA sobre os EUA, como também reforça a recomendação do consumo mais eficiente dos combustíveis fósseis (petróleo e carvão, o principal insumo utilizado na geração de eletricidade na China).

“China deve mudar o atual sistema de gestão de energia ‘orientado pela oferta’ para ‘orientado pela demanda’”, diz o documento, cujo propósito é o de subsidiar o governo chinês com informações sobre produção e consumo de insumos energéticos hoje dependentes da IEA e também da EIA (Energy Information Administration), agência dos EUA.

É o que a IEA afirma que está em curso nos EUA, levando o país a se libertar das importações de petróleo nesta década e a se tornar exportador líquido, sobretudo de gás, até 2030. 

E nós? No mapa da IEA estamos bem com a produção de petróleo. E quanto à eficiência energética? Não diz. Mas de outra fonte sabemos que estamos mal.

Produção e eficiência

A autossuficiência de energia dos EUA viria do aumento da produção de petróleo e gás de fontes tradicionais e não convencionais (como a exploração avançada de reservas de xisto), numa proporção de 55%. 

Os restantes 45% viriam de programas de maior eficiência do consumo dos insumos fósseis, de “energias limpas” (etanol, nuclear, solar e eólica) e novas tecnologias, como de iluminação e de transportes, inclusive outro padrão de baterias para carro com motor elétrico.

O espaço de oportunidades é gigantesco, embora muita coisa esteja em processo, sem ter chegado ao mercado. Mas é questão de tempo. 

O Departamento de Energia recebeu boa parte dos US$ 750 bilhões que o governo Barack Obama aprovou no Congresso em 2009 contra a recessão – e vem funcionando desde então como um fundo de private equity de projetos de tecnologia de ponta de universidades e de empresas.

“Revolução já começou”

O leque de diretrizes e predições estampadas no estudo do Energy Research Institute da China aponta o cenário à vista. 

“O mapa para o desenvolvimento de veículos a motor da China deve ser revisado”, diz o relatório. 

“A economia de baixo carbono vai dominar o futuro da tecnologia de energia. 

A energia renovável, embora representando pequena parcela do mix de energia, está crescendo gradualmente.”

O futuro, para a agência chinesa de energia, está traçado. “Uma nova rodada de revolução industrial em torno do desenvolvimento e da utilização de novas energias e energias renováveis já começou.”

Por ela já há disputas comerciais. Os EUA impuseram tarifas sobre a importação de placas chinesas de energia solar, sob a alegação de práticas desleais de comércio, e a União Europeia avisou que cogita acompanhar tais sanções. 

O Congresso dos EUA quer impedir o acesso da China às novas tecnologias. Entretido pela crise, o noticiário pouco fala disso, sem atentar para a “nova economia” em formação.

Indolência brasileira

Preocupante para o Brasil não é o que o estudo da agência chinesa prevê: a intensificação do nacionalismo pelos recursos energéticos. 

“Isto não só irá impactar a oferta global de energia no futuro, mas também dará origem a conflitos geopolíticos e a disputas regionais por fontes de energia”, diz o relatório chinês.

No Brasil, o Estado é titular absoluto dos recursos naturais. Mas há uma injustificável indolência com a eficiência energética, base dos desenvolvimentos tecnológicos que tendem aos poucos a reduzir o consumo de petróleo nos transportes e na indústria.

Das 12 maiores economias, somos a 10ª em eficiência energética, salvos do último lugar graças ao etanol e às hidrelétricas. Voltaremos ao assunto.

Eletrobras energizada

Embora seja gratificante o reconhecimento da IEA de que o “boom do petróleo no Brasil ganha ritmo”, é inquietante a falta de um plano abrangente para economizar energia, de lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes à utilização de fontes renováveis. 

O governo forçou o corte da conta de luz, mas pode em paralelo recriar a Eletrobras.

No fim de 2006, o presidente Lula soube por Luciano Coutinho, hoje presidente do BNDES, de ideia estudada no Instituto Talento Brasil de fazer a Eletrobras um grupo de energia, fora petróleo, à imagem da Petrobras. 

As subsidiárias seriam consolidadas na holding, para fortalecer a estrutura de capital, com governança profissional e o seu relançamento no mercado de capitais.

Essa “nova Eletrobras” combinaria o fomento à pesquisa com o apoio a startups do setor energético, além da gestão das velhas e novas usinas hidrelétricas. A economia precisa de alguma ousadia que chacoalhe os investidores. A reforma tarifária traz a oportunidade.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Economia de energia: um assunto para tirar do standby

Parte do desperdício de energia ocorre em situações às quais não prestamos atenção


Muita gente acha que economizar energia é uma tarefa difícil. Mas mudar alguns hábitos simples e pequenos pode ajudar você a diminuir seu consumo energético e, consequentemente, sua pegada ecológica no planeta. 

Uma sugestão prática de como começar é tirando os equipamentos da tomada quando estiverem fora de uso.

Mas por quê? Aparelhos como TV, DVD, ar-condicionado, rádio-relógio, home theater, decodificadores de TV a cabo, sistemas de segurança e micro-ondas são alguns dos equipamentos que podem consumir uma quantidade considerável de energia se a luzinha que indica o modo standby estiver acesa.

Não é a luzinha em si que gasta energia, seu consumo é mínimo. 

O gasto principal da função standby vem da energia consumida pelo sistema para manter alguns dispositivos funcionando, ainda que só em parte. Permanecer com um aparelho em modo standby significa deixar o aparelho pronto para o uso ou ativação rápida por meio de controle remoto ou botões no próprio aparelho. 

Isto é, ele está parcialmente ligado, esperando para ser acionado. Esse tipo de consumo, de acordo com a AES Eletropaulo, distribuidora de energia elétrica da região metropolitana de São Paulo, pode representar de 15% a 40% do consumo médio total de energia dos equipamentos de uma residência, por exemplo.

Antonio Mendes da Silva Filho, doutor em Ciência da Computação da Universidade de Pernambuco (UFPE), em um artigo sobre o consumo de energia no modo standby expõe dados interessantes sobre alguns aparelhos, como é o caso do micro-ondas, “[...] que durante quase um terço do ano consome mais energia no modo standby (mantendo seu relógio e teclado por toque ativo) do que cozinhando ou esquentando alimentos”. 

Leia aqui o artigo na íntegra.

Além de evitar deixar os aparelhos em modo de espera, há outras dicas que podem ser úteis para a economia e consumo mais consciente de energia em sua casa, escritório ou empresa. Confira:

- Dê preferência a produtos com o Selo Procel, que qualifica aqueles que têm maior eficiência no consumo de energia. A classificação vai do A, que é o mais eficiente, até o E, com menos eficiência. Para importados, procure o selo Energy Star.

- Mantenha sua geladeira afastada do fogão, do contrário ela gastará mais energia elétrica para compensar o calor transmitido pelo equipamento.

- Passe a maior quantidade possível de roupas de uma vez, utilizando a temperatura indicada no ferro para cada tipo de tecido.

- Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED, que são mais eficientes, duráveis e econômicas.

- Desligue o chuveiro enquanto ensaboa o corpo ou lava os cabelos.

- Ao cozinhar, retire todos os ingredientes de uma só vez da geladeira.

- Faça a revisão da vedação de sua geladeira para evitar que o frio saia e o calor de fora entre, o que exigirá que a geladeira trabalhe mais para resfriar.

- Desligue o computador na hora do almoço.

- Evite acender lâmpadas durante o dia. Para clarear a casa, abra as janelas e aproveite a luz do dia o máximo que puder. Apague a luz em ambientes onde não há ninguém.

Fonte: