sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Volvo esboça linhas de caminhão do futuro

Companhia aposta em melhoria aerodinâmica
GIOVANNA RIATO, AB



A Volvo já faz suas apostas de como será o transporte rodoviário de cargas no futuro. A empresa tem expectativas para dois horizontes: um a partir de 2020 e outro após 2030. 

As grandes evoluções, na visão do grupo sueco, serão na forma como o motorista interage com o veículo e na conectividade com as vias e carros em circulação. Mais uma transformação importante será no formato. Em busca de eficiência energética, os modelos ficarão mais aerodinâmicos. 

“Em 2020 a principal mudança será na estrutura da cabine, que ganhará tecnologias para que o motorista não precise ficar com o olho na estrada 100% do tempo”, explica Rikard Orell, diretor global de design da Volvo Trucks. 

Segundo ele, os profissionais da area serão condutores, não motoristas. Isso exigirá dos candidatos habilidades com novas tecnologias e irá impor também um desafio importante para as empresas: aumentar a atratividade da profissão.

Nesse ponto, a companhia já ensaia algumas soluções. Entre elas está a de rever totalmente o conceito de cabine. “Ela poderia ser como uma sala de estar, um ambiente agradável em que o condutor pudesse até receber amigos. 

Outra ideia é transformar o espaço em uma espécie de sala de estudos. Podemos imaginar que um universitário poderia ter aulas a distância e fazer trabalhos ali”, projeta. 

Orell não acredita em caminhões conduzidos remotamente em estradas inteligentes, a exemplo do que já acontece com trens. Segundo ele, há capacidade técnica para isso, mas “pode não ser aceitável socialmente ver uma máquina tão grande se deslocando sem um condutor aparente.” 

O CAMINHÃO DE 2030 

Vencida a etapa de transformação da relação entre as vias, o veículo e o condutor, a Volvo enxerga a eficiência energética como principal desafio. Para a empresa, isso levará a mudança expressiva na aparência dos caminhões, que poderão ficar com o visual aproximado ao de trens. 

Os primeiros estudos da fabricante apontam que, com formatos mais arredondados, a empresa pode alcançar redução de até 25% no coeficiente aerodinâmico. 

Um esboço de como pode ser esse futuro aponta para modelos que combinam motor a combustão e motores elétricos instalados em cada eixo, com sistema de recuperação de energia. 

“Esse formato permite reduzir a distância entre o caminhão e o solo, alterando o layout da cabine e aumentando a capacidade de carga”, aponta Orell. O executivo aposta na tendência de veículos mais longos e sem separação entre o cavalo mecânico e o implemento. 

“Esse conjunto deverá se transformar em apenas uma unidade”, explica. 

Segundo ele, no longo prazo a diversidade de tamanhos deverá levar a dois extremos. O primeiro é o de caminhões menores, com pouca capacidade de carga e permissão para rodar em centros urbanos, que terão regras cada vez mais apertadas de tráfego. 

O outro extremo é o de veículos muito grandes, com capacidade superior a dos atuais, que rodarão nas estradas. “A presença de veículos médios vai diminuir aos poucos”, analisa. 

A Volvo aponta que estas evoluções serão puxadas por diversas transformações globais. Entre elas está a nova dinâmica da economia, que terá como centro não mais os Estados Unidos e a Europa, mas a China. 

Outros pontos importantes são o aumento da população global, que irá superar sete bilhões de pessoas, a rápida urbanização, o consumo crescente e o aquecimento global.

Diante disso, a companhia concorda com a criação de uma legislação de eficiência energética mais rigorosa para reduzir o impacto ambiental. 

Além de impor metas de emissões e consumo para os motores, a empresa acredita que os governos deveriam exigir veículos com formatos mais aerodinâmicos. 

Orell aponta que, mesmo sem grandes alterações, é possível reduzir significativamente a resistência dos modelos atuais ao ar, com consequente queda no consumo. “Dá para fazer isso com adaptações simples, como a substituição dos retrovisores por câmeras.” 

CURTO PRAZO 

Enquanto o caminhão de aparência futurista não ganha as estradas, a Volvo agrega aos veículos atuais tecnologias já disponíveis. Uma delas é o câmbio automatizado I-Shift. 

A tecnologia, já fabricada na planta nacional de Curitiba (PR), acompanha a tendência de redução do esforço do motorista e do consumo de combustível. 

Segundo a companhia, o Brasil é hoje o mercado em que o sistema tem maior penetração. Mais de 90% dos caminhões FH vendidos no País já são equipados com a transmissão. 

A empresa avalia agora a oferta da tecnologia também para os modelos semipesados VM. “há uma demanda grande dos clientes, mas isso vai exigir uma série de adaptações. 

Ainda não temos nada efetivo”, explica Sérgio Gomes, diretor de estratégia de caminhões da Volvo Latin America.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Fenasucro & Agrocana - Siemens leva Caminhão da Eficiência Energética


O público da Fenasucro & Agrocana 2012 poderá conhecer o Caminhão da Eficiência Energética da Siemens, uma completa estrutura de soluções e tecnologias da companhia voltadas à redução do consumo da energia elétrica em grandes indústrias. 

Depois de ser apresentado ao País no Rio de Janeiro, durante a Rio+20, o veículo chega a Sertãozinho, no interior paulista, e será exposto na 20ª Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira, de 28 a 31 de agosto. 

Desenvolvido para avaliar como indústrias e universidades podem reduzir o consumo de energia e fortalecer competitividade, a proposta é mostrar aos visitantes do evento que é possível combinar atividade econômica a questões ambientais e ainda gerar economia.

Exposto na área externa do Centro de Eventos da Fenasucro, o caminhão e as tecnologias serão apresentados pelos especialistas da Siemens presentes na feira. 


“O setor sucroalcooleiro investe, cada vez mais, em novas tecnologias que possibilitam a maximização da eficiência energética. 

O consumo de energia afeta diretamente a produtividade sustentável, seja do ponto de vista econômico ou ambiental. 

Por meio da utilização de tecnologias inovadoras e integradas para a recuperação de energia, o consumo pode ser reduzido em até 50%. 

Por isso, queremos mostrar como novas tecnologias podem garantir às indústrias mais eficiência energética e mais competitividade e menos impacto ao meio ambiente”, explica Bruno Abreu, especialista em eficiência energética da Siemens.

Búzios - Pelo consumo eficiente de energia

Alana Gandra, Agência Brasil
Projeto Cidade Inteligente Búzios está em relatório global




Rio de Janeiro - O projeto Cidade Inteligente Búzios, listado no relatório global Infraestrutura 100: Cidades Mundiais, apresentado pela empresa de consultoria internacional KPMG na Cúpula das Cidades do Mundo, em Cingapura, em julho deste ano, quer compartilhar com o setor acadêmico o conhecimento adquirido por meio das novas tecnologias. 

Essas tecnologias já estão sendo implementadas entre os 10.363 consumidores das classes residencial, comercial e industrial de Armação de Búzios, cidade da Região dos Lagos, visando a tornar o consumo de energia mais eficiente. 

O compartilhamento do conhecimento é considerado essencial para que os resultados do projeto possam beneficiar a sociedade como um todo. Para isso, três universidades fluminenses – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foram as primeiras do estado a firmar convênios de cooperação com a Endesa Brasil, holding do setor elétrico brasileiro, para o projeto Cidade Inteligente Búzios.

O gerente de Inovação da Ampla, controlada pela Endesa, Vitor Santos, disse hoje (27) à Agência Brasil que os convênios têm o objetivo de “compartilhar o conhecimento e os resultados gerados pelo projeto, que está tratando da fronteira tecnológica, que são as redes inteligentes e, consequentemente, as cidades inteligentes”. 

Segundo Santos, para que esse conhecimento tenha resultado efetivo para toda a sociedade, ele precisa ser compartilhado. “Não adianta ficar só na empresa”. Nesse aspecto, ressaltou que a comunidade acadêmica é fundamental.

O projeto prevê o desenvolvimento de um novo modelo para o gerenciamento de energia no Brasil, tornando Armação de Búzios referência em consumo de energia para a América do Sul. Os investimentos somam R$ 40 milhões, dos quais em torno de R$ 18 milhões são oriundos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Vitor Santos informou que outro ponto importante dos convênios é conseguir incluir na grade curricular das universidades disciplinas relativas às redes inteligentes. 

A intenção é formar novos profissionais para esse mercado futuro. Os convênios preveem também a realização de dois concursos, em 2013 e 2014, para eleger os melhores trabalhos técnicos e científicos sobre o tema,de alunos e seus orientadores. A primeira premiação está programada para dezembro do próximo ano.

Sete universidades (Universidade Federal Fluminense-UFF, Universidade Católica de Petrópolis - UCP; Universidade Veiga de Almeida-UVA; Instituto Militar de Engenharia-IME; Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca-CEFET-RJ; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ; e a Fundação Getulio Vargas-FGV) mostraram-se interessadas em assinar os convênios. 

“A expectativa é que nós tenhamos, até o final de setembro, no máximo, dez universidades conveniadas”, disse o gerente de Inovação da Ampla.

Os estudantes e professores terão acesso aos relatórios e informações sobre o Cidade Inteligente Búzios. Eles farão visitas técnicas ao Centro de Monitoramento e Pesquisa da Ampla, que acompanha as tecnologias novas que estão sendo implementadas, bem como às instalações do projeto. 

Vitor Santos espera que os convênios sirvam para firmar o conhecimento sobre as redes inteligentes e possam contribuir para solucionar desafios técnicos do projeto.

Admitiu, ainda, que os autores dos melhores trabalhos, nos níveis de graduação e pós-graduação das universidades, têm chances de serem contratados pelas empresas do setor de energia nacional. 

“A empresa, como qualquer outra no Brasil, busca talentos”, disse. Acrescentou que o vencedor de um concurso desse porte “já é um talento que desponta no radar não só da Ampla e da Endesa, mas de qualquer empresa do Rio de Janeiro ou do Brasil”.

A Ampla distribui energia elétrica para 66 municípios do Rio de Janeiro, abrangendo 73% do estado.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Prêmio para renováveis e eficiência energética


O eco-Lógicas, Concurso de Monografias sobre Energias Renováveis e Eficiência Energética, promovido pelo Instituto IDEAL e seus parceiros, chega na sua quarta edição. 

Além dos países do Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, esse ano incorporamos a Bolívia e o Chile. Podem se inscrever estudantes de pós-graduação regularmente matriculados nas instituições de ensino superior dos seis países participantes.

A data final para a entrega dos trabalhos é 15 de março de 2013. A Comissão Julgadora terá até o dia 15 de abril de 2013 para selecionar o melhor trabalho por país. 

Os finalistas de cada país, além de concorrer a um prêmio de 20 mil dólares terão seus trabalhos publicados em CD-Room e no livro eco-Lógicas 2012. O professor orientador do trabalho vencedor também receberá um prêmio de 10 mil dólares como incentivo a pesquisa. 

A premiação será realizada em Florianópolis na segunda quinzenade maio.

O intuito do concurso é motivar a realização e a divulgação de pesquisas sobre os temas ligados às energias renováveis e eficiência energética em instituições públicas ou privadas. 

Haverá uma pré-seleção dos melhores trabalhos, e ao final, será premiada uma única monografia, com a melhor qualidade temática, escrita e bibliográfica, que efetivamente possa dar significativa contribuição para a sociedade.

O Eco_Lógicas tem o apoio do Centro de Formação para Integração Regional (CEFIR), da Associação de Universidades del Grupo Montevideo (AUGM), da Universidade Católica do Uruguai, do Escritório Regional de Ciência da Unesco para a América Latina e Caribe, do Parlamento do Mercosul, da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O concurso conta com patrocínio da Tractebel, Itaipu e Petrobrás. 

O regulamento está disponível no site: www.institutoideal.org

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Guia de Medição e Verificação












Elaborado pelo Procel Info, este guia tem por objetivo facilitar a compreensão e aplicação da metodologia para comprovação das economias de energia e custos alcançados em projetos de eficiência energética, apresentada no Protocolo Internacional de Medição e Verificação. 

Está estruturado dentro de uma seqüência lógica que orienta o usuário no desenvolvimento de um Plano de Medição e Verificação, dos conceitos básicos até a determinação do consumo de energia evitado. 

São apresentados, ainda, dois modelos de medição e verificação adaptados do Protocolo, bem como o passo a passo para efetuar os cálculos necessários, usando o Microsoft Excel. 

Recomenda-se o uso do navegador Internet Explorer 6 para o uso do guia on-line, porém pode-se fazer o download do próprio guia em formato pdf e de arquivo com uma sugestão de como estruturar um plano de M&V. 

ELETROBRAS. Guia de Medição e Verificação. Rio de Janeiro: ELETROBRAS; PROCEL, [2007].


Acesse o conteúdo completo:  www.procelinfo.com.br

BNDES lançará edital para projetos de eficiência energética














Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Em breve, o BNDES abrirá edital público direcionado à submissão de projetos voltados à eficiência energética, o que significa apoio efetivo, via liberação de recursos, para ações que venham contribuir para o uso eficiente da energia na indústria. 

A boa notícia foi transmitida pelo diretor-executivo da ABM, Horacídio Leal Barbosa Filho, aos participantes do Seminário de Energia & Utilidades, que começou na noite de terça-feira, 22, e prosseguiu até sexta, 24, em Belo Horizonte (MG).

A abertura do edital, conforme explicou Leal, faz parte de um contexto, do qual a ABM vem participando ativamente, e que teve início no Fórum de Competitividade da Siderurgia do MDIC, prosseguindo com a elaboração do Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico - EPSS, pela ABM.

“Este estudo incluiu a eficiência energética entre os temas estratégicos que deveriam fazer parte da Agenda Tecnológica Setorial do Governo. 

Agora, o próximo passo é a geração de ações públicas, entre as quais se insere a abertura de edital pelo banco de desenvolvimento”, adiantou o diretor, salientando que, como participante desse processo, em fevereiro a ABM deu entrada no BNDES da minuta de projeto voltado à eficiência energética, o qual servirá de subsídio para a abertura do edital.

O aspecto financeiro tem sido apontado pelas empresas como um dos entraves para o avanço da eficiência energética, seja porque a racionalização compete com outras prioridades de investimentos, no caso de recursos próprios; seja pela dificuldade e restrições de acesso a financiamentos para esse fim; ou ainda por falta de incentivos oficiais. 

“A perspectiva de ação por parte do BNDES acena positivamente para a solução de parte desse problema. 

Mas existem outros entraves e, entre eles, a necessidade de pessoal treinado para identificar oportunidades de eficiência energética, para fazer a gestão dos projetos que se mostrarem viáveis e até para absorção das novas tecnologias”.

Leal lembrou que, nesse particular, a ABM está aberta e tem competência para formatar e recrutar os melhores instrutores entre o pessoal da academia e da indústria para oferecer, na medida, os cursos que se fizerem necessários para alinhar a mão de obra à nova realidade.

“Esta tem sido uma das atividades mais nobres da Associação e está ainda mais fortalecida após pesquisa de valor realizada entre nossos associados e usuários, cujo resultado reconheceu como bastante positiva a trajetória eminentemente técnica mantida pela ABM desde a sua fundação”.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

FÓRUM HENOCH REIS RECEBE PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Com o programa de eficiência energética, haverá uma economia de 30% no consumo de energia elétrica.


Fórum Ministro Henoch Reis, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), será o primeiro prédio do Judiciário da região Norte a adotar medidas sustentáveis para o consumo de energia elétrica.

O Fórum será beneficiado com o Programa Eficiência Energética da Eletrobras, através de um convênio entre a Eletrobras Amazonas Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). 

Pelo projeto, todas as lâmpadas fluorescentes do prédio serão substituídas por outras mais econômicas, nas salas, e por lâmpadas de LED, nos corredores.

A estimativa de redução de consumo é de cerca de 30% com as novas lâmpadas e a iniciativa não gera custos para o Tribunal, que receberá um investimento no total de R$ 419,4 mil. 

A assinatura do acordo será na segunda-feira, 27, às 10h, na sala da Diretoria do Fórum, bairro São Francisco, Zona Centro-Sul de Manaus. 

"Trata-se do primeiro prédio público a ser dotado de um sistema tecnológico moderno e ecologicamente correto da região Norte, voltado para o consumo de energia", afirma o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal, Adalberto Carim Antonio, e titular da Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias (Vemaqa), que acompanhou o estudo. 

Divisão de Divulgação do Tribunal de Justiça do Amazonas
(92) 3303.5209/5210 - Fórum Ministro Henoch Reis
(92) 2129-6771/6772

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Avenida Faria Lima e Monumento às Bandeiras receberão luzes de LED

Três túneis e três monumentos de São Paulo contam com iluminação azul.
Instalação sob Praça Roosevelt deverá ser concluída até setembro.














A Avenida Brigadeiro Faria Lima e o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, serão os próximos pontos na cidade de São Paulo a receber iluminação azul de LED. A renovação dos sistemas de iluminação de vias, túneis e monumentos começou em 2011 e já chama a atenção de quem circula pela capital. 

No túnel sob a Praça Roosevelt, que deve ter a modernização concluída até setembro, a luz azul divide opiniões.

A troca de lâmpadas tradicionais por luminárias de LED, segundo a Prefeitura de São Paulo, deveu-se à economia e à maior vida útil das novas lâmpadas. Ainda segundo a administração municipal, as luzes em tom de azul foram escolhidas pelo aspecto decorativo.

"O azul é a tonalidade mais adequada para destacar alguma coisa com facho luminoso em ambiente iluminado", diz Aruntho Savastano, secretário-adjunto e diretor do Departamento de Iluminação Pública, em entrevista ao Bom Dia Brasil desta terça-feira (21).

Os túneis Ayrton Senna e Tribunal de Justiça estão entre os dez túneis que já haviam recebido iluminação nova em 2011, e ambos já têm lâmpadas em tom de azul. 

O Departamento de Iluminação Pública afirma que a cor escolhida não interfere na visão dos motoristas por não contrastar com a iluminação do viário, que é feita com luzes brancas. 

O terceiro túnel a contar com a iluminação colorida está localizado sob a Praça Roosevelt, no Centro, e deve ter a modernização concluída até setembro.

“Aquela parte era bem sinistra, bem apagada, bem escura. Com a luz dá até uma vida para aquele lugar”, diz o engenheiro eletrônico Luiz Henrique Gonzalez.

Desde janeiro deste ano, outros seis túneis já receberam a instalação de novos sistemas de iluminação, mas com luzes brancas de LED - Águia de Haia, Mackenzie, Odon Pereira, Padre Péricles, Pérola Byington e Zerbini.

“As reformulações consistem na instalação de um novo sistema com luminárias de LED, que permitem significativa melhora nos níveis de iluminância, além de serem mais econômicas e duradouras, reduzindo as intervenções para manutenções. 

As iluminações em tom azulado são utilizadas apenas nos túneis Ayrton Senna, Tribunal de Justiça e Praça Roosevelt (sob a Praça - troca da iluminação em fase final), de forma decorativa, com os focos das luminárias voltados para as paredes”, diz o Departamento de Iluminação Pública, em nota ao G1.

Ao todo são 2.428 novas luminárias LED distribuídas nos sete túneis. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a iluminação vai proporcionar uma economia no consumo de energia elétrica superior a 80%, se comparada com o sistema antigo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Indústria terá benefícios para investir em eficiência energética

Côrte sugeriu prioridade a produtos feitos em Santa 
Catarina no plano (foto: Fernando Willadino)

Florianópolis, 17.8.2012 - O governador Raimundo Colombo e o presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni, lançaram na sexta-feira (17), na Federação das Indústrias (FIESC), os programas "Indústria + Eficiente" e "Bônus Eficiente", com investimento total de R$40,7 milhões. 

O primeiro é direcionado à indústria e consiste em contratação de projetos, via chamada pública, para eficientização de equipamentos industriais. O segundo vai permitir a aquisição, por parte de 35 mil clientes residenciais, de novos eletrodomésticos com 50% de desconto em rede de varejo vencedora de processo licitatório em andamento. 

Cada substituição de eletrodoméstico efetuada vai gerar uma doação à Federação das Apaes, estimada em R$1 milhão ao final da ação.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte sugeriu que os produtos catarinenses tenham preferência nos programas e destacou que o Sistema FIESC, por meio do SENAI, está à disposição das indústrias com suas equipes técnicas para realizar os estudos necessários para viabilizar projetos de eficiência. 

"O programa traz um pouco da marca do governo, que tem tido preocupação com a indústria e entende que o setor é uma alavanca da economia. Temos na energia e no gás natural insumos importantes na composição dos custos do setor industrial", afirmou Côrte.

Colombo destacou também a importância da redução do desperdício de energia nas residências. "Freezer e geladeira representam até 28% da conta no final do mês", exemplificou.

Para a indústria - O "Indústria + Eficiente" vai selecionar, via chamada pública, projetos de eficiência energética nos quais serão investidos R$ 20 milhões em 2013, principalmente na substituição de motores elétricos.

A indústria catarinense responde por 42,5% de toda a energia consumida no Estado e, segundo pesquisa da FIESC, enquanto 70% dos industriais possuem metas de redução do consumo de energia, 23% deles apontam a falta de financiamento como a maior dificuldade para a identificação das oportunidades de eficiência energética.

"A força motriz corresponde a 68% do uso final da energia elétrica no setor industrial. Com o projeto vamos promover a renovação do parque fabril catarinense e reduzir os custos das indústrias com energia elétrica", diz Gavazzoni. 

Por meio do "indústria + Eficiente", a Celesc estima a geração de 108 novos empregos diretos e a geração de R$ 1,3 milhão em tributos para o Estado.

De acordo com o diretor de Distribuição da Celesc, Cleverson Siewert, o uso eficiente da energia elétrica permite que a indústria se torne mais competitiva pela redução de custo com o consumo de energia, já que equipamentos modernos são mais eficientes no seu consumo e têm menor custo de manutenção. 

"Quase 70% do parque fabril brasileiro possui idade média maior que 10 anos. 

A eficiência energética é uma alternativa viável para renovar os equipamentos e promover uso racional da energia, o que é benéfico para todos os consumidores", diz.

A chamada pública para o "Indústria + Eficiente", aberta neste dia 17, é destinada a consumidores industriais, livres ou cativos. Para participar, além de estar adimplente com a Celesc, é preciso comprovar patrimônio líquido de ao menos 10% do valor do projeto. 

A Celesc financiará os projetos com os recursos da Eficiência Energética, regulamentados pela ANEEL, sem juros. A recuperação do investimento será parcelada, com número de parcelas limitado ao valor da economia verificada, que será comprovada por processos de medição e verificação ao final da implementação. 

A chamada pública será divulgada no site da Celesc (www.celesc.com.br), definindo a metodologia de apresentação dos projetos, que serão avaliados pela própria empresa.

Para as residências - Os consumidores residenciais respondem por 24,6% de toda a energia consumida no Estado. Com o objetivo de incentivar a substituição de eletrodomésticos antigos e ineficientes por aparelhos reconhecidamente eficientes, com Selo PROCEL, a Celesc vai habilitar uma grande rede de varejo, por meio de licitação, para vender 13 mil condicionadores de ar e 22 mil refrigeradores (incluindo freezers) com 50% de desconto. 

O valor total do projeto é de R$ 39 milhões, sendo que R$ 20,7 milhões serão investidos pela Celesc e R$ 17 milhões pelos clientes.

A partir de outubro os clientes poderão promover a substituição de seus eletrodomésticos, conforme ordem de chegada nas lojas conveniadas, o que inclui vendas pela internet. Para adquirir um equipamento novo, é preciso entregar um usado do mesmo tipo (geladeira por geladeira, por exemplo). 

A rede de varejo ficará responsável pela entrega dos eletros novos e recolhimento dos antigos. Também será responsabilidade da rede vencedora contratar empresa especializada para o descarte dos equipamentos de acordo com as regras da Lei de Resíduos Sólidos (ABNT/NBR 15.833).

O programa inclui ainda a troca de 175 mil lâmpadas: a cada compra de eletrodoméstico, além de entregar o aparelho usado, o consumidor entrega cinco lâmpadas comuns e recebe outras cinco fluorescentes, de maior durabilidade e economia. 

As lâmpadas significam a 22% do consumo residencial e podem ser até 75% mais econômicas se tiverem o Selo A.

A Celesc também informou que nas compras superiores a R$ 1 mil, haverá a doação às Apaes de R$50, e de R$30 para compras abaixo de R$ 1 mil. 

A estimativa é de recolher cerca de R$ 1 milhão para as Apaes em todo o Estado", explica.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Nova York implementa telhados brancos

EcoD
Reduzir o consumo de energia dos moradores e, consequentemente, as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) despejados na atmosfera. De que forma? Pintando os telhados das casas. 

A iniciativa é da Prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, conhecida pela promoção de ações de sustentabilidade.


Foto: Claudio Papapietro

Batizado de Cool Roofs (ou “Telhados Frios”), o programa faz parte de um conjunto de medidas tomadas por Nova York com o intuito a reduzir em 30% a emissão dos GEE até 2030, segundo informou a BBC Brasil.

Uma vez os telhados pintados de branco, a temperatura no interior de um edifício pode cair até 30%, diminuindo os gastos com ar-condicionado. Segundo um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de Sistemas Climáticos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, um telhado pintado na cor branca registrou, no dia mais quente deste ano, uma temperatura até seis graus menor do que a verificada em um tradicional, sem a tinta.

Os telhados brancos refletem os raios solares, dispersando o calor.

A explicação é simples e tem origem nas leis da física: enquanto os telhados pretos ou escuros absorvem a energia do sol quase completamente, os brancos refletem os raios solares, dispersando o calor.

Especialistas também indicam que a cobertura branca ajuda na conservação dos telhados das edificações. Lançado há três anos, o programa já totaliza 260 mil metros quadrados de telhados pintados de branco.

“Estamos trabalhando lentamente e não será possível pintar todos os telhados da cidade, ora pelo material, ora pelas condições de segurança necessárias para pintá-lo. 

Mas vamos fazer tudo o que pudermos”, afirmou à BBC Tori Edmiston, vice-diretor de Relações Exteriores Comunitárias do Conselho da Cidade de Nova York, a agência da Prefeitura responsável pelo programa.

Mobilização de voluntários

A prefeitura conta com a ajuda de jovens voluntários, que atuam como pintores temporários. “Aqui em cima faz muito calor, mas o esforço vale a pena, porque conhecemos pessoas e ajudamos nossa comunidade com um projeto sustentável maravilhoso”, ressaltou James Allison, da ONG Inroads, que seleciona voluntários para participar no programa.

Até agora, 3 mil pessoas já subiram no topo dos edifícios de Manhattan para pintá-los de branco. A segurança dos voluntários e a implementação do projeto ficam a cargo de Loreta Tapia, supervisora do programa.
(EcoD)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O que é bom saber sobre o LED, antes de usá-lo





Quando se fala em novidades de iluminação, o primeiro termo que vêm à cabeça é LED. Sistema de iluminação diretamente ligado à inovação, o LED tem conquistado muitos consumidores que não fazem bem ideia do que essa fonte de luz proporciona e, por outro lado, muitos preferem não se entregar a essa nova moda.

Entre as muitas vantagens do LED, destacam-se: dimensões reduzidas, alto tempo de vida, eficiência energética, etc. Ainda assim, o produto tem um custo alto e para especificar este modelo deve-se ter muitos cuidados extras. Para tirar as principais dúvidas, Leandro de Barros, especialista em iluminação e responsável pelo Centro de Treinamento da Lâmpadas Golden listou alguns tópicos sobre essa tecnologia.

Normas brasileiras
Por ser um produto em constante e recente processo de pesquisa, o LED ainda não possui parâmetros técnicos de fabricação e comercialização. Muitos deles não estão regulamentados no Brasil. Por enquanto, comissões estão formatando as normas NBR para LED e driver de LED. Elas são formadas pelas entidades Abilumi e Abilux; Inmetro; fabricantes e importadores de lâmpadas, luminárias e reatores; algumas companhias de energia e distribuição; entre outras. Ainda não há previsão para que as normas estejam formadas ou em vigor.
Vida útil real
Toda fonte de luz artificial tem seu fluxo luminoso depreciado com o tempo. Quando se trata de LED, não é diferente. A partir da informação da vida mediana na embalagem, o LED pode durar cerca de 25 mil horas. Para definir a vida útil real deste sistema, é preciso saber o nível de depreciação de luz, definido em duas principais escalas:

L50 — o sistema terá 50% a menos de fluxo luminoso após o tempo de vida útil informado na embalagem.

L70 — quando a vida mediana for atingida, a lâmpada terá 30% a menos do fluxo luminoso, ou seja, seu rendimento será 70% do normal.
O principal fator para a redução de vida útil e depreciação lumínica significativa é a falta de dissipação de calor. A vibração, que é uma condição para a redução de vida útil das lâmpadas tradicionais, não tem efeito algum sobre o LED, já que ele não possui filamento e funciona em um pequeno chip, onde os impactos vibratórios não o atingem.

Cores
O LED possui várias opções de temperatura de cor, o que atribui uma grande variedade à aplicabilidade. De modo geral, temos LEDs nas mesmas temperaturas de cor que as lâmpadas tradicionais, compreendendo a escala de 2.700K a 10.000K.
Na montagem do LED, fatores como corrente, cor, fluxo luminoso e tensão podem alterar o tipo de luz produzida. A qualidade do LED é importante neste aspecto, para que a compra do LED da cor desejada seja realmente fiel.

Sustentável?
Nesse aspecto, o LED é diferente de todos os modelos de lâmpadas tradicionais. Não possui nenhum dano ambiental, energético ou econômico.
Sua composição não possui nenhum tipo de metais pesados, como o mercúrio, que contamina o meio ambiente. É um sistema elétrico que não emite a luz através de uma reação química.
Como o LED tem potência baixa, consome pouca energia, além de ter uma vida útil alta, o que contribui para ter menos troca de lâmpadas.

Foco e efeitos
O sistema tem vantagem para a luz direcionada, aproveita melhor a luz dirigida e fica bom em várias opções de angulação sem perder a qualidade da luz e se ajustando a vários ambientes.

Não há emissão de ultravioleta (UV) ou infravermelho (IR), o que beneficia o uso do LED em mais uma aplicação: iluminação de obras de arte. Além de a radiação prejudicar as obras, o calor também era um impeditivo para a iluminação a curta distância.

Retrofit
O LED hoje possui diversos tipos de conexão. Isso facilita a substituição de lâmpadas halógenas, incandescentes e até fluorescentes. Essa última possui ainda uma alta eficiência, portanto, é preciso verificar o custo-benefício desta substituição visto que, em muitos casos, a fluorescente apresenta vantagens. Já nas halógenas e incandescentes, fatores como eficiência e temperatura ao ambiente tornam a troca muito viável e interessante.

Eletricamente seguras?
Os LEDs não sofrem interferência em sua vida útil ao ligar/desligar. O único limite é com relação aos equipamentos auxiliares que, por serem componentes elétricos, deterioram com o tempo e com as operações repetidas.

Para que o sistema LED funcione bem é necessário que o mesmo tenha um driver adequado e de qualidade.

Conforto Térmico
O LED é um sistema elétrico, portanto não tem como fugir de algumas certezas das leis da física, entre elas, a de que se há uma passagem de corrente elétrica por um material que produz luz é fato que há aquecimento nesta operação. Quanto maior a potência e a corrente, maior é o aquecimento. 

A grande vantagem do LED é ser capaz de dissipar a temperatura térmica, direcionando esse aquecimento para trás.

Além do conforto térmico no ambiente, esse atributo do LED é também mais seguro, podendo ficar em contato com a madeira e outros materiais sem o risco de transmitir o calor para eles.

Em locais com a presença constante da água (ou mesmo da poeira), o LED precisa ficar protegido pelos fatores definidos pela norma ABNT de Índice de Proteção (IP).

Se há submersão do LED, ele precisa ser IP 68, que é protegido contra a penetração da poeira e contato às partes internas e também contra a submersão. O mesmo índice de proteção é recomendado para locais com pequena umidade.

Eficiência energética
Os LEDs são muito eficientes, mas depende da qualidade do LED utilizado. Há produtos que trabalham com menos de 20 lm/W, uma eficiência tão baixa que pode ser comparada ao LED de sinalização. O índice de eficiência média atual é de cerca de 70 lm/W, o que está em constante mudança por conta de pesquisas na área, mostrando o avanço em alguns modelos, que já alcançam 150 lm/W.

O indicado para adquirir um produto de qualidade é sempre verificar a procedência do LED, pesquisar e ler catálogos/ sites, sempre desconfiando daquela oferta barata demais, pois o barato pode sair muito caro.

Custo
Quando o assunto é preço, o LED aparentemente parece ser caro, entretanto, quando invertemos a conta, ou seja, quando verificamos o custo de energia elétrica consumida pela  iluminação é possível identificar que, pela economia de energia proporcionada pelo LED, há um retorno de investimento rápido e compensador em muitas aplicações, o que viabiliza a imediata substituição.

Sobre a Lâmpadas Golden

A Lâmpadas Golden é uma empresa de iluminação que atua no mercado brasileiro desde 1990, reconhecida por oferecer uma vasta gama de produtos que tem como compromisso a eficiência energética. Assentada nos pilares tecnologia, qualidade, capacitação, sustentabilidade, economia e inovação, o compromisso da Golden é oferecer soluções sustentáveis em iluminação, com produtos que aliem durabilidade com melhoria do fluxo luminoso e menor consumo de energia.


Seu departamento de Engenharia e Gestão da Qualidade, que atua em sinergia com as unidades fabris parceiras, dispõe de estrutura e profissionais para garantir aos seus produtos 100% de conformidade com as normas técnicas brasileiras em vigor. Além de produtos voltados ao segmento comercial, industrial, residencial, empresarial e de iluminação pública, a Golden inova ao desenvolver uma estrutura para atender a demanda de um público especializado. 

Uma equipe altamente qualificada se dedica exclusivamente ao estudo e aprimoramento da tecnologia LED, focando no segmento de LEDs de alta potência, com a família EXTREME. A iniciativa vem para promover uma aproximação da marca ao especificador, contribuindo para atender a demanda de várias áreas que exijam maior eficiência, design e mais qualidade.

O Centro de Treinamento da Golden, criado em 2008, é referência na capacitação de profissionais que atuam na área de iluminação. Mais de 10 mil pessoas já passaram pelos cursos presenciais da Golden por todo o país, que em 2012 inova ao investir na plataforma para e-learning.

Os produtos incluem uma série completa de lâmpadas de halogênio, lâmpadas fluorescentes compactas e fluorescentes tubulares, lâmpadas de descarga (metálica, mista, mercúrio e sódio), acessórios, transformadores, refletores e fontes, além da linha de LED.
A empresa também é associada da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos para Iluminação) e membro do Green Building Council Brasil.
Saiba mais sobre a Lâmpadas Golden no site www.lampadasgolden.com.br e conheça as novidades e tendências do mercado de iluminação no blog www.golden.blog.br

Informações para imprensa
Vértice Comunicação
 (11) 5585-7777 / 5585-7778 / 8364-7412

Ana Amélia cobra estímulo ao uso eficiente de energia



A senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou do governo federal, na sexta-feira (10), um programa de estímulo ao uso eficiente de energia elétrica que envolva grandes consumidores, como as indústrias. 

Em pronunciamento da tribuna, a parlamentar registrou que as iniciativas atuais se restringem ao programa anual de combate ao desperdício, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que obriga as distribuidoras a aplicarem 0,5% das receitas operacionais líquidas em ações de eficiência energética.

Ao comentar as ameaças do governo do Paraguai de interromper a distribuição de energia de Itaipu para o Brasil e a Argentina, em retaliação à suspensão daquele país do Mercosul e à aprovação do ingresso da Venezuela no bloco, a senadora disse que governo de Assunção pretende, na verdade, nova revisão no preço do insumo cobrado do Brasil.

Além de se preocupar com o possível impacto de uma hipotética nova revisão tarifária, Ana Amélia disse que o consumidor paga impostos e encargos excessivos, embutidos no custo da energia. 

Por isso, segundo a senadora, a saída é o uso eficiente da energia em busca da redução do consumo.

Para Ana Amélia, isso pode dar-se pela utilização de técnicas modernas, como troca de dispositivos de iluminação por outros mais eficientes, implantação de sistemas de automação de motores e substituição de energia elétrica por fontes alternativas (energia solar ou eólica).

– Mas ainda temos um caminho longo a percorrer. Faltam investimentos em projetos de eficiência energética no Brasil – acrescentou.

Linhas de Crédito

Segundo Ana Amélia, linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveriam estimular a eficiência energética, com a substituição de motores e equipamentos antigos. 

Iniciativas com esse objetivo, conforme a senadora, dariam início a uma política industrial com visão de futuro, “e não apenas para apagar incêndios, como a redução de impostos para alguns setores”.

Ana Amélia lembrou que está na Câmara dos Deputados, aguardando parecer na Comissão de Minas e Energia, projeto de lei de sua autoria, o PLS 430/2011, já aprovado no Senado, que obriga concessionárias de energia elétrica a aplicarem na indústria nacional os recursos das distribuidoras de energia elétrica destinados a programas de eficiência energética. 

A ideia, acrescentou, é estimular a busca da inovação tecnológica e a eficiência energética.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aquecedores solares de água passarão a ser certificados pelo Inmetro

Em dois anos, equipamentos só serão comercializados com nova certificação




Os equipamentos coletores solares para aquecimento de água passarão a ser certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). 

O Instituto publicou no último dia 6 de julho a portaria nº 352 que torna obrigatória a certificação de qualidade.

Os aquecedores serão avaliados pelo Organismo de Certificação de Produto (OCP) do Inmetro. 

Passarão pela avaliação os coletores solares para aquecimento de água, reservatórios térmicos fechados para aquecimento solar e com volume padronizado menor que 1000 litros e sistemas acoplados.

O Inmetro determina que a partir de 24 meses da data de publicação da portaria, os equipamentos de aquecimento solar de água deverão ser fabricados e importados somente com a certificação. 

A partir de seis meses contados do término do prazo anterior, só será autorizada a comercialização dos aparelhos avaliados pelo Inmetro.

O texto completo da portaria está disponível no site do Inmetro.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Brasil ocupa o 6º lugar no ranking mundial de coletores solares

A eficiência energética dos coletores solares justificou mudanças na legislação em 25 cidades brasileiras, que tornaram obrigatória a instalação dos equipamentos para certos tipos de edificação.
André Trigueiro














Num país tropical, onde o sol brilha em média 280 dias por ano, por que não aquecer a água do banho usando a mais poderosa de todas as fontes de energia?

Um metro quadrado de coletor solar produz por ano energia equivalente a 215 quilos de lenha, 66 litros de óleo diesel, 55 quilos de gás ou 56 metros quadrados de área inundada de uma hidrelétrica. Basta que o sol incida sobre uma plaquinha para que tudo aconteça.

“O coletor solar ele é construído como uma serpentina de tubos de cobre e normalmente com aletas de alumínio pintadas de preto para aumentar a absorção da energia solar. A temperatura da água atinge facilmente 60 graus. A temperatura média de funcionamento é em torno de 45 graus, muito confortável para um banho”, explica o diretor de engenharia da Tuma Industrial, Sérgio Augusto Vasconcelos.

No aquecido mercado mundial dos coletores solares, o Brasil ocupa hoje a 6º posição. Os equipamentos instalados já ocupam uma área equivalente a 900 campos de futebol. São ao todo 2,5 milhões de coletores divididos assim: 72% aquecem a água nas residências, 17%, piscinas, 9% abastecem o comércio e 2%, a indústria.


Existem hoje no Brasil 200 fábricas empregando 30 mil pessoas, e de suas linhas de montagem saem 500 mil coletores solares por ano. Parte da produção é exportada para 10 países. A curiosidade é que nenhum desses dez países tem mais sol que o Brasil.

Os equipamentos duram em média 15 anos. A eficiência energética deles justificou mudanças na legislação em 25 cidades brasileiras, que tornaram obrigatória a instalação de coletores solares para certos tipos de edificação.

Belo Horizonte não tem lei sobre o assunto. Nem precisa. A cidade já é a capital brasileira dos coletores solares. Há equipamentos instalados em mais de três mil edifícios, e é fácil constatar isso quando se vê a cidade do alto.

Um negócio lucrativo para construtores e moradores. Todos os 70 prédios que a empresa de Ítalo Aurélio Gaetani construiu, nos últimos 20 anos, receberam coletores. Ele fala sobre os custos da obra. “Varia de obra pra obra, mas sempre um valor inferior a 1%”.

No apartamento da arquiteta Geise Martins, sol é sinônimo de economia. “A primeira coisa é o conforto, é saber que a gente não está consumindo energia”.

Mas e nos dias em que o sol não aparece? Por quanto tempo a água fica quente? “Isso varia o tamanho do boiler do reservatório de cada um. O nosso demora uns dois dias. Normalmente dois dias sem chuva e, e, o período de férias tem muito morador viajando dá até uns três dias, depende do uso”, conta a arquiteta.

O problema ainda é o preço do equipamento. O kit completo custa aproximadamente R$ 1,7 mil contando com a instalação. Uma família de quatro pessoas, que toma banho quente todo dia, recupera o que pagou em, no máximo, três anos.

A energia solar já chegou também nas casas mais simples. A situação começou a mudar com uma portaria do Governo Federal que tornou obrigatória a instalação de coletores solares em habitações populares.

“Das 400 mil casas feitas, instaladas no Brasil, 10% recebeu o aquecimento solar. Os resultados foram tão positivos que a partir de 2011 então o aquecimento solar foi obrigatórias agora para todo o Brasil, mas apenas para as residências uni familiares, aquelas casas que tem apenas uma família morando”, fala a professora do centro universitário Una/MG, Elizabeth Marques Pereira.

O benefício dos coletores solares é ainda maior em comunidades de baixa renda como em Nova Lima, a 20 quilômetros do centro de Belo Horizonte. A economia na conta de luz pode chegar a 35%. Ou seja, toda vez que se toma banho quente, com a ajuda do sol, é mais dinheiro que sobra pra outras coisas.

A conta de luz da monitora escolar, Patrícia dos Santos Silva Alves, que era de R$ 183 por mês, passou para uma média de R$ 58. Patrícia conta como investiu o dinheiro que sobrou. “Investi na minha casa, meu marido comprou uma moto, parcelada, mas comprou, já ajuda. A gente fez outras melhorias em casa”.