quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Santa Casa passará em março por redução do consumo de energia

                           A ideia é que o hospital economize sem perder a qualidade

ANGRA DOS REIS

A prefeitura e a Ampla assinaram na última semana um convênio que, segundo eles, vai beneficiar a Santa Casa no que diz respeito ao consumo de energia. 
 
A partir do próximo mês, a Ampla irá implantar um projeto de eficiência energética na unidade de saúde. A iniciativa visa à redução do consumo de energia sem a perda da qualidade.

O consumo eficiente irá reduzir a conta de luz da unidade em até 30% e ao mesmo tempo melhorar os serviços, com equipamentos elétricos melhor aproveitados. Na última quinta-feira, o então prefeito em exercício Essiomar Gomes reuniu-se no Salão Nobre com o executivo de Atendimento da Ampla, Marcus Vinícius dos Santos, para conversar sobre o funcionamento do projeto. Também participaram da reunião o secretário de Saúde, Jeferson Portilho, e o interventor da Santa Casa, Guilherme Fidalgo.

“Essa parceria entre a prefeitura e a ampla é muito importante e podemos dizer que ela faz parte de todo o trabalho de modernização e reestruturação que estamos fazendo na Santa Casa a partir da intervenção”, afirmou Essiomar.

A prefeitura iniciou a intervenção na unidade no dia 17 de janeiro, seguindo recomendação do Ministério Público, com o objetivo de garantir o restabelecimento dos serviços de saúde e a eficiência de sua prestação.

O projeto de eficiência energética, implantado pela Ampla e subsidiado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), inclui medidas como a substituição de equipamentos, a instalação de novos aparelhos e o aproveitamento de energia solar, além de um estudo para a readequação tarifária da Santa Casa, o que irá possibilitar a redução do valor da fatura de energia. De acordo com Fidalgo, a conta de luz da Santa Casa tem sido de, em média, R$ 20 mil por mês. O projeto deve significar uma economia de cerca de R$ 6 mil.

Serão instaladas 1.327 lâmpadas, 607 reatores eletrônicos, 796 luminárias, 133 sensores de presença, 48 ares-condicionados, 18 boillers (para aquecimento de água), 110 placas coletoras solares, 70 duchas, 12 bombas de circulação e 12 controladores diferenciais de temperatura (CDTs).

“Esta parceria com a Ampla, assim como outras, só está sendo possível devido à credibilidade e seriedade de nosso trabalho de intervenção na Santa”, afirmou Portilho, secretário de Saúde.

O representante da Ampla reforçou a afirmação do secretário. “Só estamos dispostos a iniciar este projeto porque vemos que as coisas estão se encaminhando na Santa Casa com a administração da equipe de intervenção da prefeitura”, afirmou Marcus Vinícius.

A intervenção na Santa Casa tem previsão de durar oficialmente 12 meses. A prefeitura aumentou o repasse de verba ao hospital durante o período, de R$ 9 milhões para R$ 11 milhões, com o objetivo de apoiar ainda mais a operação, que pretende melhorar os serviços da instituição oferecidos à população.
 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mercado Livre de Energia - Projeto “2012” tem lançamento marcado para 21 de março

O projeto “2012 – Ano do Mercado Livre” começou a tomar forma com a reunião realizada na sede da Abraceel, em Brasília, no dia 23 de janeiro, com as presenças dos representantes das associações Anace, Abragef, Abraget, Abeeólica, Abrace, Abiape, Apine e Grupo Canal Energia (que participa do projeto oferecendo apoio logístico e coordenando ações de comunicação). 




O grupo ainda é integrado pela Abragel, que, por questão de agenda, não pode participar da primeira reunião. A Abraceel participou com os diretores Reginaldo Medeiros (escolhido para coordenar do grupo) e Maurício Corrêa.

A campanha em favor do mercado livre será oficialmente lançada nas dependências da TV Câmara, na Câmara dos Deputados, em Brasília no dia 21 de março (quarta-feira), a partir das 15 horas, graças ao apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional. 

Foi escolhido um Comitê de Organização, integrado por Reginaldo Medeiros (Abraceel - coordenador do grupo), Rodrigo Ferreira (Canal Energia), Élbia Melo (Abeeólica), Luiz Fernando Vianna (Apine), Paulo Pedrosa (Abrace), Edmundo Pochmann (Abraget), Marcos Veloso (Abragef), Charles Lenzi (Abragel), Lúcio Reis (Anace) e Mário Menel (Abiape).

A idéia de organizar um conjunto de eventos para valorizar o papel do mercado livre de energia elétrica surgiu no I Encontro Anual do Mercado Livre, em 2009, quando, ao final, foi redigida a chamada “Carta de Florianópolis”. Em 2010, por uma série de dificuldades dos agentes envolvidos, não foi possível levar o projeto à frente

Em novembro passado, durante o III Encontro, realizado na Praia do Forte, em Salvador, a idéia ressurgiu com força e agora existe um claro interesse de todos os segmentos envolvidos no desenvolvimento do mercado livre. Serão adotadas várias ações voltadas para a educação para o mercado livre, ampliação da comunicação com a sociedade, aproximação com os meios de comunicação, inserção do mercado livre na agenda política do Congresso Nacional e a inserção do mercado livre na agenda econômica e energética do Governo.

“Todos nós acreditamos no trabalho coletivo das associações com interesse no mercado livre, em parceria com o Grupo Canal Energia. Assim, poderemos avançar bastante, ocupando espaços e contribuindo para aumentar a participação do nosso segmento no setor. Este é o nosso desafio e, como todos, temos total consciência que o Projeto 2012, o ano do mercado livre é um iniciativa coletiva, com foco em resultados, sem o qual teremos muita dificuldade na hora de negociarmos a manutenção do espaço atual do mercado livre no setor, quando do equacionamento da questão das concessões pelo Congresso Nacional”, disse Reginaldo Medeiros.

No dia 17 de fevereiro, as organizações que participam do projeto enviaram uma carta explicativa à presidente Dilma Rousseff e aos ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além de várias autoridades setoriais.

“O objetivo é coordenar uma série de ações com o propósito de valorizar as contribuições que o mercado livre de energia elétrica oferece à economia brasileira, ampliando o conhecimento sobre diversos aspectos do seu funcionamento a vários segmentos da sociedade, além de propor aprimoramentos regulatórios e de mecanismos de gestão, de modo a potencializar benefícios para todos: governo, indústria, comércio e consumidores individuais. Hoje, vale lembrar, o mercado livre de energia elétrica, apesar de já representar cerca de 27% da energia total comercializada no país, os seus inúmeros benefícios ainda não são percebidos por amplas camadas da sociedade brasileira”, destacou a carta.

MT - Horário de verão atinge meta e economia de energia é de 4,2%

A redução no consumo de energia e na demanda de potência em Mato Grosso atingiram os índices esperados durante a 41ª edição do Horário de Verão, que terminou no domingo (26). 


A redução na demanda de potência no horário de ponta, que é o principal objetivo da medida chegou a 4,2%. De acordo com o gerente de Operação do Sistema da Cemat, Teomar Magri, o esperado pelo setor elétrico é um índice de 4 a 5%.
Já o consumo de energia caiu 0,9%, uma economia de 24.650 MWh, suficiente para abastecer um município como Chapada dos Guimarães por 13 meses. Teomar Magri explica que a redução esperada é de 0,5 a 1%. A redução do consumo se refere aos municípios atendidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que são a grande maioria em Mato Grosso (99,8% da energia distribuída).
Quem não faz parte do SIN é atendido por usinas a diesel, no Sistema Isolado – em Mato Grosso, são apenas quatro usinas, cuja energia gerada e distribuída corresponde a 0,2% do total do Estado (municípios de Comodoro, Rondonlândia e distritos de Guariba e Paranorte). 
A economia no Sistema Isolado foi de 39,43 MWh, suficiente para atender ao município de Rondolândia por oito dias. O maior ganho no sistema isolado é ambiental, com a economia de quase 12 mil litros de diesel que deixaram de ser queimados nos 133 dias do horário de verão.
Os números referentes ao Sistema Isolado tiveram redução se comparados à edição 2010/2011 do horário de verão, quando a economia de energia no Sistema Isolado foi de 78,55 MWh, com 23,5 mil litros de diesel poupados. Essa redução ocorreu devido à desativação das usinas térmicas de Cotriguaçu, Juruena e Colniza, municípios que passaram a fazer parte do SIN entre 2010 e 2011 e que, antes, respondiam por mais da metade do Sistema Isolado.
O horário de verão foi criado com o objetivo de reduzir a demanda de energia elétrica no “horário de ponta” (18 às 21 horas), período do dia em que o consumo é mais intenso. O ajuste nos ponteiros dos relógios atrasa, por exemplo, o acionamento da iluminação pública, que deixa de coincidir com o horário de ponta. Além disso, percebem-se modificações nos hábitos da população, que pode aproveitar melhor a luz natural.
De acordo com Teomar Estevão Magri, a principal consequência do horário de verão é a diminuição do carregamento nas linhas de transmissão, subestações e sistemas de distribuição de energia, aliviando também a geração. “A diminuição da demanda de ponta permite ainda poupar a água dos reservatórios das hidrelétricas, que deverão estar bem abastecidas ao fim do horário de verão, quando se aproxima o período de seca”, explica o engenheiro.
Durante o horário de verão, o consumidor tem a oportunidade de repensar suas atitudes e hábitos relacionados ao consumo de energia elétrica. 
Segundo Teomar, para que o consumidor amplie suas possibilidades de economizar energia nesse período, é fundamental combinar a influência do horário de verão com outros fatores, especialmente hábitos racionais, uso de equipamentos eficientes que possuem o selo Procel e desenvolvimento de projetos inteligentes, no caso daqueles que pretendem construir ou reformar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Temos que focar nas pessoas", diz especialista sobre a Rio+20


BALANÇO Em junho, o Brasil sediará a Rio+20, conferência da ONU que reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. 
 
O evento será realizado no Rio de Janeiro, 20 anos depois da Eco92. A Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos feitos no planeta, sem deixar de progredir.
 
 

CONSCIENTIZAÇÂO Em entrevista ao NN, o fundador e presidente do Grupo SustentaX, que desenvolve, de forma integrada, o conceito de sustentabilidade empresarial, Newton Figueiredo, afirma que o evento é um importante acontecimento para que seja possível encontrar os caminhos para um desenvolvimento sustentável da humanidade. 
 
Esse conceito se traduz em um mundo menos desigual, menos poluído e com mais qualidade de vida para todos. Sobre o que mudou desde a Rio92 até hoje, Newton diz que houve uma maior conscientização sobre os impactos que a humanidade vem causando a si mesmo.

CONFORTO De acordo com o presidente do Grupo, as nações ricas são as que mais produzem impactos negativos, mas elas não querem sair de uma posição de conforto. 
 
“O que se sabe é que o mundo estará mais poluído nas próximas duas décadas, pois não é possível nesse período interromper o modus operandi da economia mundial baseada em combustíveis fósseis”, afirma. 
 
Segundo Newton, os fracassos das COPs só reforçam o desinteresse dos países ricos em reduzir emissões, assim o foco deve ser os nossos grandes problemas nacionais. Importar modelos externos não nos ajudarão em nada a melhorar a qualidade de vida de nosso povo. 
 
“O que a Rio + 20 pode ajudar é na discussão de como reduziremos a poluição e daremos alimentação, moradia, saúde, mobilidade e saneamento a 9 bilhoes de pessoas em 3 décadas”, alerta.

COMISSÃO Sobre o que os ambientalistas esperam com a Rio+20, Newton diz que o assunto ultrapassa os próprios limites. Para ele, trata-se de encontrar caminhos para o desenvolvimento sustentável da humanidade. 
 
“Temos que focar nas pessoas”, adverte. Nesta quinta-feira (09), em Brasília, os ministros do governo Dilma Rousseff, liderados por Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) se reuniram para discutir no Itamaraty o "zero draft", esboço do documento final da conferência Rio+20. 
 
A próxima reunião da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) ocorre em 8 de março. A conferência Rio+20 ocorre de 13 a 22 de junho deste ano.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Padrões de uso de energia dos fornos elétricos comerciais estão em debate

 Por Redação Pantanal News/Governo Federal
Equipamento representa 30% da conta de energia

Os padrões de uso de energia e segurança dos fornos elétricos comerciais estarão em debate aberto ao público pela internet até 12 de março, por meio de uma consulta pública do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). 
O programa tem caráter estratégico para o setor panificador, tendo em vista que fornos mais eficientes podem representar até 30% a menos de consumo de energia elétrica. 
A exemplo do que já ocorre com refrigeradores, condicionadores de ar, veículos e edifícios, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia é uma forma de estimular o setor industrial a produzir equipamentos de padaria mais eficientes.

Esses equipamentos são usados em 80% das quase 63 mil padarias do País e são responsáveis por cerca de 15% dos custos de manutenção dos estabelecimentos que, em sua maioria (cerca de 96%), são pequenas empresas.

Setor - A criação de um programa de etiquetagem de fornos elétricos de padaria foi proposta pelo setor de panificação e organizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 
Duas organizações, a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Panificação, Biscoitos e Massas Alimentícias (Abiepan) e a Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), fizeram uma pesquisa sobre a importância de melhorar essas máquinas. 
“O novo programa pode beneficiar não apenas os empresários, mas principalmente o bolso dos consumidores, já que o custo de fabricação dos pães pode ser bastante reduzido”, afirma o coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, Marcos Borges.

De acordo com o estudo, o gasto médio mensal de energia de uma padaria é de R$ 2.038 (pequeno porte), R$ 6.147 (médio) e R$ 10 mil (grande). Extrapolando os valores médios de consumo energéticos para todas as padarias do País, o estudo chegou a um valor de 5,28 bilhões KW/ ano, considerando o mapeamento de 53 mil padarias, feito anteriormente pela instituição. 
Em mapeamento posterior, a Abip levantou o número de 63 mil padarias, o que elevaria ainda mais a estimativa total do consumo energético das padarias. Na mesma pesquisa, levantou-se também que cerca de 75% das padarias utilizam fornos elétricos.

Segurança - A proposta em debate leva em conta também os seguintes requisitos de segurança: limite de temperaturas máximas do aparelho e do ambiente; simulação de uso para avaliar se desgastes comprometem a segurança; possibilidade de acesso às partes perigosas; riscos de incêndio e danos mecânicos durante o funcionamento; e proteção contra choque elétrico.

Além de influenciar a decisão de compra de quem vai adquirir o forno, o programa tem o objetivo estimular o desenvolvimento de equipamentos e a substituição gradual dos mais antigos. Hoje, 70% dos fornos elétricos em operação têm mais de oito anos de uso.

Instituto revisa selo de eletrodomésticos


O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro, está revisando os níveis de eficiência energética de geladeiras, fogões, fornos e ar-condicionado. A classificação atualizada estará disponível para o consumidor a partir de janeiro de 2013, quando os produtos da atual classe “E” não poderão mais ser vendidos.

Com a atualização, a estimativa é de que aproximadamente 40% dos aparelhos domésticos, apenas, permaneçam como “A”. Atualmente, cerca de 80% dos aparelhos domésticos estão na classificação “A”. 
O Inmetro faz periodicamente revisões dos programas, induzindo a indústria a melhorar os aparelhos. A revisão ocorre, em média, a cada quatro anos ou quando a quantidade de produtos “A” e “B” alcança um número excessivamente alto no mercado.

Ao trocar aparelhos de baixa eficiência, aqueles classificados como “E”, pelos de menor consumo, os que têm classe “A”, é possível economizar mais de R$ 600 por ano na conta de luz. O valor foi calculado levando em conta a economia que pode ser feita com a troca de diferentes aparelhos, dentro da nova classificação de eficiência. 
Nos novos padrões, os eletrodomésticos terão que consumir entre 3% e 5% menos energia para receber a nota máxima de avaliação. Quem comprar um aparelho mais eficiente (“A”) poderá ter economia acima de 10%.

Selo - O PBE começou em 1984 para promover a fabricação de produtos mais econômicos e de menor impacto ambiental. Somente os programas de refrigeradores e condicionadores de ar são responsáveis por uma economia de energia de pelo menos R$ 2,4 bilhões, desde aquele ano. Hoje, os refrigeradores, por exemplo, são 60% mais eficientes do que há dez anos.

Acesse a consulta pública aqui

NBR 5413 segue para a ABNT com texto revisado

CB-03 do Cobei receia que ABNT esteja sobrecarregada e estima publicação da norma neste ano

Divulgação

Voltada a projetos luminotécnicos, a ABNT NBR 5413 já apresenta conteúdo finalizado pelo CB-03 do Cobei / ABNT. 
 
Em sua 2ª revisão, o setor aguarda com expectativa a publicação da norma prevista para este ano – a velocidade de aprovação dependerá da carga de trabalho do órgão normalizador.

A NBR 5413, harmonizada com a ISO 8995-1/CIE S008 e EN 12464-1, graças ao empenho da Comissão de Estudo para Aplicações Luminotécnicas e Medições Fotométricas do Cobei, coordenado por Juliana Iwashita Kawasaki, novas considerações vem à tona, como as que tratam sobre controle de ofuscamento e índice de reprodução de cor.

Dentre as melhorias apontadas pela especialista, o fabricante passará a desenvolver produtos com índices de luminância (controle de ofuscamento) ajustados, aperfeiçoando a qualidade da iluminação.

Uma atenção especial também será destinada à iluminação de tarefas, que passará a considerar a eficiência e a otimização do uso da luz aplicada em postos de trabalho, que deve contar com o uso de uma iluminação auxiliar como alternativa do projetista. 
 
“Poderá haver certa dificuldade do mercado em função da falta de informações fotométricas padronizadas, mas entendo que, naturalmente, o mercado irá se adequando qualitativa e quantitativamente diante das alterações propostas”, observa Juliana.
 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Camera é a 1ª empresa do agronegócio gaúcho a aderir ao Mercado Livre de energia renovável

A partir de agosto deste ano, a companhia utilizará apenas energia 100% renovável em seis das oito indústrias que possui. 


O diretor presidente Vanoli Kist e o diretor de operações Roberto Kist, assinaram o contrato para a utilização de energia renovável em seis indústrias da Camera. 

O acordo com a CPFL Brasil garante o fornecimento de energia 100% renovável por parte da empresa por cinco anos.

Pela utilização desse tipo de energia, a Camera receberá o selo verde, que é um certificado internacional concedido às empresas onde as energias para o funcionamento das mesmas provêm de fontes limpas, renováveis e não poluentes.

A CPFL Brasil atua desde 2002 com a comercialização e gestão de energia e irá atender a Fábrica de Alimentos de Santa Rosa, Fábrica de Óleos e Farelos Vegetais de Estrela, Fábrica de Óleos e Farelos Vegetais de São Luiz Gonzaga, Usina de Biodiesel de Ijuí, Usina de Biodiesel de Rosário do Sul e o Engenho de Arroz de São Borja.

Para atender essa demanda, serão utilizadas energias de Usinas de Biomassa, que tem como matéria-prima o bagaço de cana, localizadas no interior de São Paulo e Usinas Eólicas, todas do Nordeste. 

A comercialização da energia da CPFL Brasil é feita pelo Mercado Livre, que é um segmento do setor elétrico, no qual se realizam as operações de compra e venda de energia, através de contratos com condições livremente negociados entre compradores e vendedores.
 
Esse contrato representa além da economia que teremos na compra da energia elétrica, garantia de fornecimento para as plantas pelos próximos cinco anos e a utilização de uma energia limpa, pois toda essa energia comprada vem de fontes renováveis_destaca Marcelo Landa Cardoso, gerente da Divisão Industrial. 

Informações: Assessoria de Comunicação da Camera

Por Deise Froelich

Tipos de lâmpadas e suas indicações

Conheça os diferentes tipos de lâmpadas e descubra qual é ideal para cada ambiente

Helena Dias
Conteúdo do site MdeMulher-Abril
 
Tipos de lâmpadas
Escolha a iluminação certa para cada ambiente da sua casa
Foto: Divulgação
 
Para iluminar casas e apartamentos, quatro tipos de lâmpadas são mais usados. Além da diferença do tipo de luz que emitem, elas também diferem no consumo de energia e durabilidade. Confira como elas funcionam e escolha a ideal para cada cômodo da sua casa.

Lâmpada incandescente

O quarto do adolescente ficou ainda mais aconchegante com a iluminação da lâmpada incandescente
Foto: Divulgação
 
A lâmpada incandescente é considerada a mais comum - usada há anos nas casas brasileiras. Possui um filamento de metal que, quando recebe a energia, emite a luz, que é amarelada.

Está sendo cada vez menos usada porque consome muita energia, para gerar pouca iluminação. Apenas 5% da eletricidade que ela usa vira luz, o restante transforma-se em calor, explica Ugo Nitzche, arquiteto e light designer. 

E esse é seu segundo ponto negativo: quando muitas lâmpadas incandescentes são usadas em um ambiente, elas tendem a aquecer o espaço. Mas elas ainda estão presentes em muitas casas brasileiras, seja na iluminação geral, ou em luminárias e abajures, ou dentro de sancas (nichos feitos normalmente de gesso). 

Existem também as lâmpadas incandescentes refletoras, que direcionam a luz, pois têm uma pintura refletora na sua lateral. As lâmpadas incandescentes duram no máximo mil horas, mas podem queimar antes desse tempo por motivos variados, como superaquecimento.

Lâmpadas halógenas

 
A arquiteta Paula Neder usou lâmpadas halógenas nesta sala, na luminária e no teto, para destacar a mesa e outros pontos da decoração
Foto: Divulgação
 
Com gases dentro do bulbo, as lâmpadas halógenas produzem um tipo de luz mais direcionada. "Muitas possuem variedade no ângulo do facho de luz, possibilitando destacar um objeto ou detalhe do ambiente", diz a lighting designer Nidia Borelli. 

Elas usam menos energia que as incandescentes, mas também esquentam e não são indicadas para iluminação geral de ambientes. Existem vários tipos de lâmpadas halógenas: dicróicas, PAR, AR e outras.

Lâmpadas fluorescentes

Nesta cozinha, o arquiteto Leonardo Magalhães usou lâmpadas fluorescentes em plafons
Foto: Divulgação
 
A lâmpada fluorescente se popularizou no Brasil na época do apagão, pois são uma alternativa mais econômica. Elas podem gerar até oito vezes mais luz com a mesma quantidade de energia, se comparadas com as incandescentes. 

Toda lâmpada fluorescente precisa de um reator para funcionar. Elas podem ser tubulares (tubos longos, comumente usados em cozinhas e escritórios) ou compactas (que podem vir com o reator embutido e ser colocadas no mesmo bocal da incandescente). 

A luz emitida pode ser tanto branca, quanto amarela e em ambos os casos, a lâmpada não esquenta demais. Nidia Borelli afirma que esse tipo de lâmpada é muito versátil e abre inúmeras possibilidades de aplicação: plafons (luminárias de embutir ou que são usadas sobrepostas), pendentes, embutidos e até efeitos na arquitetura como sancas, nichos e rasgos nas paredes.

LEDs

As lâmpadas LED foram usadas neste home theather ao lado da tela e no teto pois sua luz não interfere na tela e são uma fonte de iluminação econômica. Projeto de Daniele Cardoso
Foto: Divulgação
 
Segundo os arquitetos e decoradores, os LEDs são as lâmpadas do futuro. Estão cada vez mais populares, mas ainda não ganharam muita fama devido ao preço de cada lâmpada, que pode ultrapassar R$ 90. 

Seu sucesso se deve ao seu baixíssimo consumo de energia, inferior inclusive ao das fluorescentes e até 85% menor que o das incandescentes. Além disso, sua durabilidade, que pode chegar a 50 mil horas, tem impulsionado sua fama. 

Os LEDs geram pouca luz e são normalmente usados dentro de sancas ou para compor efeitos visuais. Para iluminar um ambiente todo, são necessários muitos LEDs. Mas há promessa no mercado de que sua luminosidade aumente em 50% em dois anos. 

Apesar de seus altos preços, os LEDs costumam compensar no custo benefício porque reduzem a conta de energia e duram muito, exigindo pouca manutenção. 

Mas na hora de comprar um LED é necessário atenção: o mercado está repleto de marcas e nem todas são de qualidade, é necessário pedir referência a um profissional da área para saber qual comprar.

Fonte: mdemulher.abril.com.br

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Equipamentos com Selo A geram economia de até R$ 600


HONÓRIO BARBOSADesde 1984, pelo menos R$ 2,4 bilhões deixaram de ser cobrados a partir da 
troca de refrigeradores e condicionadores de ar

Atualmente, segundo o Inmetro, 80% dos produtos vendidos no mercado nacional possuem o Selo A

Numa época na qual a sustentabilidade é alvo da maioria das ações solidárias e governamentais, conseguir economizar R$ 600 no ano sem reduzir o consumo de energia torna-se extremamente vantajoso. 
Para conseguir isso, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), basta adquirir substituir os eletroeletrônicos de Selo E pelos de Selo A Procel, que tem o consumo reduzido de energia elétrica com tempo de uso convencional.

"Por ano, o consumidor pode economizar cerca de R$ 120 ao optar pelo condicionador de ar mais eficiente, por exemplo. 
Ou seja, considerando a vida útil do produto, em uma década ele estará comprando outro novo com o que se economiza com a sua utilização diária", ressalta Marcos Borges, coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). 
A estimativa anunciada por ele considera a economia prevista a partir da troca de diferentes aparelhos domésticos de presença reconhecida nos lares brasileiros. 
De acordo com dados contabilizados pelo Inmetro desde 1984 - quando começou o processo de etiquetagem -, "pelo menos R$ 2,4 bilhões" deixaram de ser cobrados nas contas brasileiras a partir da troca de refrigeradores e condicionadores de ar. O Inmetro ainda afirmou que a tendência é potencializar a eficiência dos eletros detentores do selo.

Programada para vigorar plenamente em 2013, o PBE já executa uma nova revisão dos níveis de eficiência para reduzir os aparelhos ´otimizados´ para 40% do número atual. Atualmente, segundo o órgão, 80% dos produtos comercializados no mercado possuem o Selo A.

Revisão

"Na prática, essa revisão significa que os eletrodomésticos terão que consumir entre 3% e 5% menos energia para receber a nota máxima de avaliação. Os produtos da atual classe E não poderão mais ser comercializados a partir de 2013", contou Borges, estimando a redução dos gastos em até 10%.

Ele ainda explicou que esta revisão acontece de quatro em quatro anos, "quando a quantidade de produtos ´A´ e ´B´ alcança um número excessivamente alto no mercado". Hoje, essa quantidade chega até 90% dependendo do produto e passarão para, no máximo, 30% do portfólio das lojas.

"Se de um lado o acúmulo em (selos) A e B denota um esforço dos fabricantes em aperfeiçoar os seus produtos, revelando a importância do PBE, por outro lado, a medida adotada pelo Inmetro é um instrumento para que as indústrias não se acomodem e continuem desenvolvendo inovações tecnológicas que aumentem a eficiência de seus produtos. 
A classificação atualizada estará disponível para o consumidor a partir de janeiro de 2013", finalizou.

ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER

CCT deve votar projeto que estimula investimentos em eficiência energética na indústria nacional




[senadora Ana Amélia (PP-RS)]

Na volta aos trabalhos legislativos, a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) agendou reunião para a próxima quarta-feira (8), quando deve analisar projeto que pretende direcionar prioritariamente a iniciativas da indústria nacional os recursos destinados a programas de eficiência energética (PLS 430/11). 


A Lei 9.991/00 determina que recursos sejam recolhidos de empresas concessionárias do setor de energia elétrica para investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em eficiência energética. 

Mas, de acordo com a autora do projeto, senadora Ana Amélia (PP-RS), enquanto a lei destina os recursos para P&D exclusivamente a instituições nacionais, não há essa mesma diretriz no que se refere aos investimentos em eficiência energética. 


"Com isso, o poder público, acertadamente, estimula as entidades nacionais voltadas para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, mas desperdiça importante oportunidade de, dentro dos limites do possível, estimular igualmente a indústria brasileira", diz ela na justificação do seu projeto.


O relator, senador Aníbal Diniz (PT-AC) reconheceu, em seu relatório, que, se definitivamente aprovada, a proposição deve melhorar os mecanismos de estímulo à indústria nacional. 


"O processo de globalização tem induzido os países, inclusive o Brasil, a reduzirem barreiras ao livre trânsito de produtos entre nações. 

Entretanto, algumas políticas de proteção e priorização da indústria nacional precisam ser mantidas, sob pena de exportarmos empregos e entrarmos num processo de desindustrialização", argumentou o relator em favor da matéria. 

O projeto, depois de aprovado, segue para a Comissão de Infraestrutura (CI), onde recebe decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. 

Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. 

Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Eficiência Energética: selo em revisão

Da Agência Ambiente Energia - Apenas 40% dos eletrodomésticos fabricados no Brasil receberão o selo de classificação A, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que indica maior eficiência energética, a partir de janeiro de 2013. 
 
Atualmente, o país tem 80% de produtos classificados nessa categoria, mas a redução está prevista em razão da revisão dos níveis de eficiência, que está sendo feita pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do instituto.

O Inmetro ressalta que, com a revisão a economia na conta de luz pode ultrapassar R$ 600 por ano, se for considerada a quantidade de aparelhos em uma casa. 
 
Portanto, o consumidor será o maior beneficiado com a reclassificação, ao trocar aparelhos de baixa eficiência por aqueles de menor consumo.

“Por ano, o consumidor pode economizar cerca de R$ 120 ao optar pelo condicionador de ar mais eficiente”, apontou o coordenador do programa, Marcos Borges.
 
Dentro da nova classificação de eficiência, os eletrodomésticos terão que consumir entre 3% e 5% menos energia para receber a nota máxima de avaliação.

Além disso, produtos da atual Classe E não poderão mais ser comercializados a partir de 2013. “O Inmetro faz periodicamente revisões dos programas, induzindo a indústria a implementar melhorias nos aparelhos, que vão subindo gradativamente na faixa de etiquetagem”, explicou Borges. 
 
O programa foi criado em 1984, para promover a fabricação de produtos mais econômicos e de menor impacto ambiental.

Segundo cálculo do Inmetro, desde o início do programa, somente os refrigeradores e condicionadores de ar mais eficientes já proporcionaram uma economia de pelo menos R$ 2,4 bilhões nas contas de energia da população.
 
Os produtos mais eficientes em cada categoria recebem o selo Procel e Conpet, da Eletrobras e da Petrobras, respectivamente. O primeiro premia os equipamentos elétricos e o segundo, os que consomem gás.
 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Presidente da Fiep integra comitiva que está no Japão em busca de parcerias

Intenção é atrair empresas japonesas para o Estado. Além da Fiep, participam da comitiva representantes do governo e de empresas


  
   Comitiva paranaense viajou a convite do governo 
   japonês (Foto: Divulgação)

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, integra uma comitiva paranaense que está no Japão esta semana. Além da Fiep, compõem a delegação representantes do governo do Paraná, da Copel, Itaipu e Lactec, além de empresas paranaenses. A comitiva participa de uma série de encontros com autoridades e empresas do país asiático do setor energético. 
 
"O objetivo da missão é apresentar o Paraná a empresas japonesas, buscando a atração de investimentos para o Estado", destaca Edson Campagnolo. 
 
Segundo ele, existem empresas japonesas desse e de outros setores setor interessadas em realizar parcerias e investimentos no Paraná e a comitiva está mostrando o que o Estado pode oferecer. Uma delas, fabricante de equipamentos hospitalares, está em conversas adiantadas para se instalar em território paranaense e deve visitar o Estado no próximo mês.

Eficiência energética

O convite para organização da missão partiu do governo japonês, por meio da Câmara do Comércio e Indústria Brasil/Japão do Paraná. Em dezembro, uma comitiva japonesa visitou o Estado, inclusive participando de rodadas de negócios na Fiep. 
 
O grupo paranaense participou de um workshop com o tema "Eficiência Energética, Conservação e Edificações Sustentáveis". 
 
O presidente da Fiep foi um dos palestrantes do workshop, apresentando a estrutura que a Federação disponibiliza no apoio às indústrias. Além disso, a comitiva está fazendo visitas técnicas a indústrias e laboratórios voltados para a geração de energia solar, eólica e por meio de resíduos. 
 
O grupo visita também a ENEX 2012, uma das principais feiras de eficiência energética do Japão.
 

Eficiência energética chega a sistemas de ar comprimido

São Paulo - Reportagem publicada na revista Eletricidade Moderna revela resultados obtidos com substituição de compressor de ar em indústria de balas em Rio Claro

São Paulo - Uma indústria de balas em Rio Claro, interior de São Paulo, adotou um projeto de eficiência energética que consiste na implantação de um novo compressor de ar de produção variável, para atender às necessidades da fábrica, substituindo dois antigos compressores que demandavam 278 kW de energia para o funcionamento. 

O novo compressor é rotativo, do tipo parafuso, lubrificado e refrigerado a ar e proporcionou um maior controle do fornecimento de ar comprimido, adaptando-o às necessidades da fábrica, além de uma economia considerável no consumo de energia.

Conforme relatado em reportagem publicada na revista Eletricidade Moderna, na edição de dezembro de 2011, a solução encontrada foi a instalação de um compressor de produção variável de maior capacidade. 

Para verificar a economia proporcionada pelo novo equipamento, um registrador de grandezas elétricas foi instalado no alimentador do compressor. 

A demanda média chegou a 144,1 kWmed, comprovando que uma solução mais avançada, associada a um sistema de controle eficiente, pode gerar economias consideráveis no consumo de energia de fábricas, indústrias, comércios e residências.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra

Revista_Eletricidade_Moderna_12.2011_Eficiência_Energética_Ar_Comprimido.pdf

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Brasil estuda redes inteligentes para diminuir desperdício de energia elétrica

Quinze de cada 100 quilowatts de energia elétrica produzida no Brasil se perdem entre a geração e o consumo. 
 
 
De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a proporção é mais do que o dobro da registrada em outros países (até 7%) e acima da oferta interna de energia com base em carvão, gás, petróleo e energia nuclear (que somam 14,4%, segundo o Balanço Energético Nacional).

A perda de energia (causada principalmente pelo furto por meio de instalações irregulares, o chamado gato) motivou o CGEE a fazer um amplo estudo sobre o uso de redes inteligentes (ou smart grids, como são mais conhecidas em inglês) para gerenciamento da geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. 
 
Até março, o centro publica estudo que identificará iniciativas no Brasil e no exterior para o desenvolvimento de tecnologia que monitore o funcionamento do sistema elétrico.

A tecnologia pode informar em tempo real, por exemplo, a ocorrência de pane e a eventual suspensão do fornecimento. “Quando cai a energia, seja lá por qual motivo, você liga para a concessionária. Pelo smart grid, isso passa a ser automático, não precisa ligar”, explica Ceres Cavalcanti, assessora do CGEE. 
 
Segundo ela, o smart grid melhora o serviço que é prestado pelas concessionárias. “Essas empresas conseguirão ter mais informação para poder prestar o melhor serviço ao seu mercado e a seus clientes”, defende a assessora.

Além das concessionárias, o uso de redes inteligentes permite que os usuários façam o controle do consumo diretamente. No futuro, quando houver tarifa diferenciada conforme o horário, os medidores domésticos informarão quanto está sendo gasto a cada momento e o valor das tarifas cobradas dando a possibilidade de o consumidor utilizar os eletrodomésticos em horário de tarifas mais baratas.

Outra possibilidade é tornar o consumidor credor do sistema. Quem captar energia solar em casa, por exemplo, poderá ter desconto nas tarifas, pois a rede inteligente identifica a geração doméstica de energia. “Imagina os consumidores passarem a ser pequenos geradores, vai ser um grande quebra-cabeça. 
 
E aí talvez vai ter de mudar essa política de otimização [do consumo]. 
 
Esse passo não é tão rápido, porém extremamente possível”, prevê Ceres Cavalcanti destacando que “hoje, a informação do sistema elétrico é direcional. Com o smart grid, passa a ser bidirecional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter vários tipos de serviços”.

Para a assessora do CGEE, a adoção do smart grid vai gerar negócios para a indústria de componentes do sistema elétrico e também para a área de tecnologia da informação e comunicação. “Isso melhora todo o sistema e encontramos nisso outras oportunidades. 
 
Vai gerar um mercado muito bom para a indústria. E isso tem vários desdobramentos no sentido de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Tem uma série de linhas de pesquisa que podem vir a partir daí”, destaca.

O uso de redes inteligentes no sistema elétrico vai possibilitar economia de energia elétrica. O benefício, no entanto, não isentará o país de continuar investindo na ampliação da geração de energia. “É maravilhoso investir nesse caminho, mas isso não substitui a expansão completamente. 
 
O país cresce em termos de consumo de energia mais de 5% ao ano, o que é acima do crescimento do Produto Interno Bruto”, pondera Ceres Cavalcanti que lembra que há demanda reprimida pelo uso da energia, ainda cara para muitos usuários. 
 
Fonte: (Agência Brasil)
 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CPFL investirá R$ 215 milhões em smart grid


Dinheiro será usado para instalação de 25 mil medidores inteligentes e equipamentos de comunicação

Wilian Miron, do

Divulgação
Sede da CPFL Brasil
Intenção da companhia é que, após o processo de modernização, serviço de 
monitoramento seja feito por rede de dados

São Pailo - O grupo CPFL Energia investirá R$ 215 milhões até 2013 na primeira fase de seu projeto Tauron de modernização das redes, com o uso de dados. As duas fases seguintes, devem ocorrer em 2014.

Este dinheiro será usado para instalação de 25 mil medidores inteligentes e equipamentos de comunicação, como Geolocalizadores (GPS), PDAs e smartphones, como iPhone, para auxiliar a distribuição da equipe de campo. 
 
“Com o uso de tecnologia, vamos reduzir as perdas —de recursos— em 50%”, comenta Heider Araújo, diretor da CPFL, responsável pelo Programa Tauron.

Atualmente o trabalho de monitoramento, comunicação e distribuição das equipes técnicas, é feito via rádio. A intenção da companhia é que, após o processo de modernização, este serviço seja feito por rede de dados. 
 
“Assim vamos reduzir o tempo de atendimento e deslocamento dos carros. Outra vantagem é o fato de esse processo contribuir com a segurança das equipes, que saberão exatamente quais as condições da rede a ser consertada”.

Segundo o executivo, entre as novas funcionalidades do sistema estão a inserção da leitura à distância dos medidores de consumo de energia, através de uma ‘rede mesh’.

Regulamentação

Inicialmente o programa Tauron atenderá aos 25 mil clientes do ‘Grupo A’, formado geralmente por empresas, que demandam mais consumo do que as residências.

Sobre a implantação de smart grid em toda a rede da CPFL, Heider disse à Teletime que “isso depende da regulamentação das redes inteligentes pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)”.

Hoje a empresa tem mais de 6,9 milhões de clientes em todo o Brasil. 
 
Apenas interior paulista, são, aproximadamente, 5,6 milhões de consumidores.