quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SP: praça Vilaboim ganha lâmpadas de LED

A secretaria de Serviços de São Paulo, por meio do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), substituiu as antigas luminárias de vapor de sódio e mercúrio da praça Vilaboim, região central da capital paulista, por lâmpadas de LED. 


                              Wanderlei Celestino
 
A nova iluminação vai gerar uma economia de 76% no consumo de energia elétrica.

Com as trocas de lâmpadas na praça Vilaboim, 
a economia no consumo de energia elétrica será de 76%

A praça Vilaboim é uma das mais famosas praças de Higienópolis. A iluminação implantada é moderna, eficiente e econômica, além de contar com um sistema inteligente de controle.

Ao todo, foram 18 novas luminárias com as econômicas lâmpadas de LED em postes metálicos que substituíram os antigos postes de concreto, dos quais 12 estão em torno da praça e outros seis na parte interna. Anteriormente, a praça tinha oito luminárias com lâmpadas de vapor de sódio e de mercúrio.

A novidade fica por conta de um sistema inteligente que controla o funcionamento das luminárias. A rede de iluminação da praça agora conta com sensores fotométricos que substituem as tradicionais células fotoelétricas. Com isso, à medida em que anoitece, as luminárias acendem gradativamente, complementando a luz do entardecer. O processo inverso ocorre ao amanhecer, com as lâmpadas se apagando gradualmente.

Na praça Vilaboim, a tecnologia LED, além de ser mais econômica, vai proporcionar uma melhor distribuição de luz e aumentar os níveis de luminosidade em 350%. Para conseguir o mesmo efeito com as tradicionais lâmpadas de sódio e mercúrio, seria preciso três vezes mais o número de luminárias.

Durante as próximas semanas, o Ilume vai seguir aferindo a qualidade do material instalado e realizando pequenos ajustes, de acordo com a necessidade do local. Com o uso desta tecnologia, o departamento segue em busca da inovação tecnológica, aliando eficácia e economia em seus projetos. As lâmpadas de LED também proporcionam uma longa vida útil, reduzindo o número de manutenções, além de serem muito utilizadas para destacar e valorizar os espaços públicos por seu alto índice de reprodução de cores.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Encontro em SP discute demanda de Energia para Copa e traz experiência sul-africana

A infraestrutura energética para a Copa e para os Jogos Olímpicos estará em debate entre os dias 19 e 20 de outubro, durante Conferência que a IBC vai promover sobre o tema em SP.
 
 
 
Além de discutir o que precisa ser feito no Brasil, o evento terá apresentação exclusiva do Governo da África do Sul mostrando a experiência da Copa passada.

A palestra da diretora geral do Departamento de Energia da África do Sul, Sra. Nelisiwe Magubane, está programada para a manhã do dia 20, após as apresentações dos executivos brasileiros. Na ocasião, a representante do governo sul-africano mostrará como era o cenário local antes do evento, a demandaestimada para a Copa de 2010, os projetos que foram viabilizados e como os investimentos realizados foram aproveitados depois dos jogos.

Segundo os organizadores, a ideia do encontro é reunir não apenas as empresas do setor de energia, construtoras e fornecedores de equipamentos para os estádios e demais estruturas que atenderão aos Jogos, mas também os representantes de grandes consumidores de energia nas cidades-sede, como empresas de trens e metrôs, administradores de aeroportos, etc.

Sobre o cenário brasileiro, falará na abertura da conferência o assessor da vice-presidência corporativa da Rede Energia, Décio Michellis Jr. Ele mostrará a visão da companhia sobre a necessidade de investimentos e as perspectivas para que a transmissão e a distribuição de energia estejam preparadas para suprir a demanda dos jogos. Logo depois, o gerente comercial da Bio Energias, José Alaôr de Matos mostrará as oportunidades que devem surgir no Mercado Livre com a comercialização da energia excedente.

Aspecto sempre importante nas discussões do setor energético, o tratamento tributário e os incentivos fiscais que podem ser aproveitados em novos investimentos estão na pauta da palestra do advogado André F. Edelstein, sócio da Advocacia Waltenberg. Também estão previstos no encontro debates sobre planejamento energético, projetos de energia renovável e autogeração.

Exigida pela FIFA, a construção dos estádios deve obedecer às regras de eficiência energética e de sustentabilidade de "Green Building". O tema será discutido na Conferência da IBC pelo gerente técnico de LEED do Green Building Council Brasil, Marcos Casado, e pelo presidente da Sustentech Desenvolvimento Sustentável, João Marcelo Gomes Pinto, que compartilhará com a platéia as experiências da empresa com várias obras certificadas pelo LEED.

Outro estudo de caso que merece destaque no encontro é o Projeto Minas Solas 2014, que será apresentado por um representante da Cemig. A conferência da IBC se encerra com um workshop sobre o Regime Diferenciado de Contratações e seus impactos nos projetos relacionados à energia e eficiência energética para a Copa.

A Conferência sobre Infraestrutura Energética para Copa e Olimpíadas é uma iniciativa da IBC com o patrocínio da Aggreko. Informações no site www.informagroup.com.br/energiacopa e na Central de Atendimento da IBC, pelo telefone 11-3017-6808.

AGENDA:


Conferência sobre Infraestrutura Energética para Copa e Olimpíadas

Data: 19 e 20 de outubro de 2011.

Local: Address Executive Flat, Rua Amauri, 513 – São Paulo, SP

Organização: IBC

Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@informagroup.com.br

www.informagroup.com.br/energiacopa
 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Petrobras investirá US$ 1,2 bilhão em corte de emissões e eficiência energética

Em seu novo plano de negócios, a Petrobras traçou, pela primeira vez, metas de eficiência energética, de redução de emissões de gases de efeito estufa e de diminuição da queima de gás natural em suas plataformas.
 
 
Para alcançar tais objetivos, a estatal planeja investimentos de US$ 1,2 bilhões (cerca de R$ 2,1 bilhões) até 2015 nessas áreas e prevê medidas como o maior aproveitamento dos derivados de petróleo produzidos nas refinarias para geração própria de energia e adaptações em usinas termelétricas a fim de ampliar sua eficiência.

Somente nas termelétricas, serão investidos US$ 373 milhões (R$ 664 milhões) para instalar equipamentos que melhorem o aproveitamento do gás como fonte de geração de energia elétrica.

Mas talvez o maior desafio da estatal será reduzir o desperdício de gás em suas plataformas de produção em alto mar _alvo de críticas até mesmo do governo. A estatal investirá US$ 322 milhões (R$ 573 milhões) para cortar a queima em 65% --o que resultará, se a meta for alcançada, na menor emissão de gases de efeito estufa.

Hoje, são queimados 3,8 milhões de metros cúbicos dia --volume correspondente a cerca de 40% do consumo do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a Petrobras, todas as metas são voluntárias e preveem menor consumo de energia e redução na intensidade de emissões de gases. "A Petrobras adotou como desafio estratégico o compromisso voluntário de maximizar a eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa, atingindo patamares de excelência na indústria de óleo e gás", disse a estatal, em resposta à Folha.

Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, as metas são "factíveis" e representam um corte "significativo". "Para uma única empresa, o investimento é também relevante, mas certamente as novas diretrizes da Petrobras buscam um alinhamento maior com a posição do governo."

A própria estatal reconhece que as metas foram adotadas agora de modo inédito com o objetivo de melhorar sua imagem e se tornar mais transparente. Elas surgem justamente num momento em que as ações da companhia sofrem perdas sob críticas de maior ingerência do governo e de falta de transparência antes da divulgação do seu plano de negócios --cujas premissas (mais investimento em exploração e produção e venda de ativos para se financiar) agradaram o mercado após o anúncio, o que ajudou na recuperação dos papéis da companhia.

Segundo a Petrobras, a companhia estabeleceu novos indicadores "com a finalidade de melhor demonstrar o esforço para o incremento de eficiência energética nos processos [de produção], conferindo maior transparência a seus resultados e ao seu comprometimento com o crescimento sustentável da empresa."

Outro foco importante dos investimentos será em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, área que receberá US$ 200 milhões (R$ 356 milhões) até 2015.

Fonte: (Por Pedro Soares, Folha Online)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oferta agita mercado de iluminação

O aumento na competitividade, em termos de preço, no mercado de iluminação fez com que 2011 tivesse uma elevada expectativa de venda. 

 
Segundo o diretor da Divisão LED da Lâmpadas Golden, Ricardo Cricci, as vendas, em parte, aumentaram em função das lâmpadas LEDS. 
 
“O discurso da eficiência energética está em todos os meios de comunicação e virou um objetivo para as pessoas e empresas”, afirma. Para Cricci, a expectativa é que o segmento mantenha o mesmo ritmo nos próximos anos.

Com a nova ISO 50.001 – lançada em junho deste ano -, que tem o objetivo de estabelecer procedimentos de eficiência energética constante para as empresas e estabelecimentos, haverá estímulo de crescimento.

A tendência de consumo aponta para as fontes eficientes, com baixo índice de metais pesados, de longa duração e de IRC (Índice de Reprodução de Cor) elevado. 
 
O LED destaca-se como o grande candidato de consumo preferencial e representa a melhor alternativa em termos de Lumens por Watt disponível no mercado. 
 
Segundo Cricci, daqui a quatro anos os investimentos na tecnologia LED devem ser de 50% do consumo total de lâmpada no País.

“Esta tendência tem motivado a diversificação da oferta de produtos ligados ao mercado sustentável, forçando uma verdadeira revolução no portfólio de fabricantes de lâmpadas”, explica.

Outra preocupação do setor é em relação à eficiência e durabilidade, que favorecem o aperfeiçoamento técnico da lâmpada eletrônica. 
 
A partir de 2012, lâmpadas fluorescentes compactas com baixa eficiência não serão mais homologadas pelo Inmetro.

Com isso, as empresas de iluminação atuam em dois focos: investir em tecnologia para elevar os valores do fluxo e da eficiência de seus produtos e escoar os estoques dentro do prazo de validade para comercialização dos mesmos.


Da Redação www.portallumiere.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Eficiência energética em automação de condicionadores de ar

Brasil - Estudo analisa sistema automatizado de acionamento de condicionadores de ar e sistema de acionamento convencional e revela o mais eficiente, mostra revista O Setor Elétrico

 
 
Brasil - Hoje em dia não basta mais preocupar-se apenas com a continuidade do fornecimento de energia. É preciso levar em consideração níveis mínimos de qualidade. Além da exigência de energia com qualidade, o rigor com as cargas conectadas aos sistemas elétricos passa a ser cada vez maior. Este novo perfil de cargas é fruto do desenvolvimento da eletrônica de potência que melhorou o rendimento e o controle, contribuindo assim para reduzir o consumo e os custos com energia.

Reportagem publicada na edição de junho da revista O Setor Elétrico apresenta uma análise e comparação entre um sistema automatizado de acionamento de condicionadores de ar e um sistema de acionamento convencional instalados no prédio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com foco na eficiência energética e na qualidade da energia elétrica. Com dados precisos, a publicação revela o resultado das medições elétricas realizadas no ambiente de teste e as conclusões do estudo.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra:
 
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Neoenergia: programas na rota da eficiência energética

Grupo, que controla três distribuidoras de energia na região Nordeste, planeja investir R$ 35 milhões em eficiência energética em 2012, com foco em quatro projetos em desenvolvimento
 

Programa Nova Geladeira é uma dasiniciativas da Neoenergia para reduzir o consumo de energia na população debaixa renda
 
Matheus Gagliano, para o Procel Info

A Neoenergia deverá investir cerca de R$ 35 milhões em seus projetos de eficiência energética para o ano de 2012. Para este ano, a empresa terá para as três distribuidoras do grupo - Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN) - um valor de R$ 34 milhões, sendo a maior parte dos recursos, de R$ 18,2 milhões, para desenvolver os projetos na distribuidora baiana. Outros R$ 11,2 milhões serão destinados a projetos na Celpe, enquanto que a Cosern terá aproximadamente R$ 4,2 milhões.

A assessora de eficiência energética da empresa, Ana Cristina Mascarenhas, explicou que há quatro projetos que continuarão sendo desenvolvidos pela holding ao longo do próximo ano. Ela ressaltou que os projetos de eficiência energética são importantes porque fazem com que a população de baixa renda consiga arcar com as despesas do consumo energético e acabe, por consequência, ficando longe do consumo irregular, que causa as perdas comerciais das empresas. "À medida que vai eficientizando o consumo deles, permite-se que eles tenham condição de pagar a conta. Isso, então, diminui as perdas e aumenta o faturamento", assinalou ela.

Um deles é o Nova Geladeira, que promove a troca de eletrodomésticos mais antigos deste tipo por equipamentos mais novos e, em consequência, que consomem de uma forma mais racional. Ana Cristina detalhou que esse programa é focado nos consumidores que são beneficiados pela Tarifa Social e inclui também a substituição de lâmpadas do tipo FLC. O gás CFC destes refrigeradores antigos é regenerado e as sucatas delas são vendidas para financiar os programas sociais da companhia. Este programa atingiu até hoje a marca de 163 mil geladeiras trocadas, enquanto que o montante de lâmpadas trocadas chegou a 1,4 milhão.

Com a venda das sucatas, a empresa pode financiar outro projeto, o Vale Luz, que é feito em Pernambuco e na Bahia, e que oferece a troca de resíduos sólidos por descontos na conta de luz. Além disso, os consumidores também recebem descontos na conta bancária, desde que possuam o cartão Bolsa Família ou sejam correntistas na Caixa Econômica Federal, na modalidade Conta Fácil.
A substituição de chuveiros elétricos por coletores solar para aquecimento da água é um dos projetos da Neoenergia. Esta ação hoje é feita em hospitais, mas grupo já estuda incluí-lo no programa Energia Verde para o próximo ano

Outro projeto que a empresa desenvolve é o Energia Verde, que troca os eletrodomésticos antigos por outros novos e mais eficientes com o Selo Procel. Este projeto já tem 9.808 consumidores inscritos para participação e 10.743 eletrodomésticos trocados até julho deste ano.

Como contrapartida, o cliente faz doações para o reflorestamento da Mata Atlântica na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Até o fim do ano, o projeto pretende reflorestar 68,5 hectares. O último projeto é o Educação com Energia, que consiste em divulgar em escolas informações sobre o consumo eficiente de energia. Até hoje, o projeto já levou a ação a 215 unidades de ensino em Pernambuco e na Bahia, transmitindo orientações a mais de 52 mil estudantes.

Ana Cristina informou também que a companhia tem outras ações mais localizadas, que são realizadas em apenas algumas cidades onde atua. Atualmente, nos municípios baianos de Itabuna, Ilhéus e Feira de Santana, a empresa está promovendo a troca das lâmpadas incandescentes nos semáforos por LED, que dão uma redução de 75% do consumo de energia destes municípios.

Outro projeto é o de substituição de chuveiros elétricos por coletores solar para aquecimento da água. Esta ação hoje é feita em hospitais, mas ela diz que há um estudo para incluí-lo no programa Energia Verde para o próximo ano. "Se for possível, vamos fazer. Mas continuaremos também a trabalhar com clientes que procuram por eficiência", ressaltou.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Metal poroso reduz peso de veículos e consumo de energia

Fonte: Jornal da Unicamp
Tome um recipiente com a forma e tamanho desejado, preencha-o com quantidade adequada de sal grosso, cubra o conteúdo com uma lâmina de alumínio de espessura apropriada e leve ao forno. 

Quando o metal atingir o estado pastoso, submeta o conjunto à devida pressão. Deixe esfriar e submeta o produto a lavagens sob vibração constante até que todo o sal seja eliminado pela dissolução no líquido.

Embora pareça uma receita culinária, as indicações acima, guardadas as devidas diferenças, lembram um dos processos que podem ser utilizados para obtenção de ligas metálicas porosas, que constituem os chamados materiais celulares, em que, com a eliminação do sal, os poros ocupados pelo ar contribuem para a diminuição da densidade.

 

O desenvolvimento de componentes veiculares mais leves, que permitam a redução do peso dos veículos e a utilização de motores menos potentes, menos poluentes e mais econômicos, garantindo o mesmo desempenho, levou o engenheiro mecânico Francioni Gomes Pinheiro – que trabalha na área de motores há 16 anos na indústria automobilística – a fabricar com material celular um componente específico do motor. Diante da complexidade de detalhes que apresenta e do tamanho favorável – diâmetro médio de 8 cm e altura entre 3 a 6 cm – ele optou pelo espaçador do ventilador do motor de um trator, componente que tem a função de manter distância adequada entre o motor e a hélice responsável pela refrigeração.

Esse tipo de trabalho é desenvolvido no Departamento de Engenharia de Fabricação da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp em linha de pesquisa desenvolvida pela professora Maria Helena Robert. Os metais celulares, cujo desenvolvimento não tem mais de 20 anos, apresentam cerca de 30% do peso dos metais maciços convencionais, dependendo dos processos utilizados para a sua fabricação e dos fins a que se destinam. Já produzidos comercialmente, embora em pequena escala, em países como Alemanha e Japão, podem ser utilizados para a fabricação de componentes de veículos automotivos com o objetivo de diminuir-lhes o peso e com isso reduzir o consumo de combustível.

Apresentam ainda elevada capacidade de deformação, o que lhes confere maior absorção de impacto do que os metais convencionais. São ainda atenuadores de vibrações e isolantes acústicos e térmicos, propriedades que ampliam seu espectro de utilização para além da indústria automotiva.

A linha de pesquisa desenvolvida pela professora Maria Helena, que se dedica tanto à descoberta de novos processos como a de novos materiais, teve início há seis anos e é inédita no Brasil, onde esse tipo de material é praticamente desconhecido. O grupo procura processos de produção diferenciados dos já conhecidos e que requeiram menores custos de produção e maior flexibilidade de produtos. Por isso, usa o metal na forma pastosa e não líquida, como convencionalmente se faz, que exige temperaturas mais altas.

Outra inovação adotada em termos de processo é a utilização de cavacos de alumínio (raspas) resultantes da usinagem de componentes fabricados com o metal compacto. Quanto ao desenvolvimento de novos produtos, o grupo está pesquisando compósitos de baixa densidade, que resultam da mistura de metal e material cerâmico poroso. As ligas resultantes apresentam baixa densidade, alta resistência ao atrito, além de propriedades isolantes térmicas e acústicas.

Os trabalhos abrangem o exame dos parâmetros relativos a variações de condições e composições na obtenção do material pretendido e envolvem ensaios físicos e mecânicos dos produtos obtidos.

A professora Maria Helena lembra que as ligas celulares podem dar origem a espumas e esponjas. Nas primeiras, não há comunicação entre os poros. As últimas, em que os poros são intercomunicáveis, podem ser usadas também como filtros, eletrodos para baterias e nos processos químicos de troca iônica. O grupo começa a participar também de um convênio internacional para a pesquisa de espumas para aplicação em aeronaves.

A docente enfatiza que a linha de pesquisa desenvolvida no Departamento apresenta um potencial de aplicação enorme, ainda a ser devidamente delineado, que vai além das aplicações nas áreas de engenharia, automobilística, aeronáutica, química e de biomateriais. “Trata-se de um campo relativamente novo no mundo e com aplicações ainda restritas, principalmente aos poucos países que dominam a tecnologia”, afirma.

Fabricação de componente

 

Pinheiro esclarece que os materiais celulares estão se tornando uma alternativa no desenvolvimento de estruturas mais leves e resistentes. As ligas de alumínio estão à frente no desenvolvimento desses materiais em relação a outras ligas como aços, por exemplo. As espumas e esponjas de ligas de alumínio têm encontrado aplicações na indústria automotiva devido à sua capacidade de absorção de energia em impactos e são utilizadas em partes estruturais como pára-choques. O reduzido peso e a capacidade de isolamento acústico e térmico apontam na direção de outros empregos.

O engenheiro explica que na fabricação de materiais celulares a mais recente técnica é a da tixoinfiltração em que a liga metálica (geralmente de alumínio) no estado semi-sólido é infiltrada sob pressão entre as partículas de um agente bloqueador inerte. O metal penetra nos espaços entre as partículas – daí o nome bloqueador - que são removidas após a solidificação, gerando poros no produto final ocupados pelo ar. O processo de tixoinflitração é realizado em temperatura menor que a da fusão do metal, o que permite a infiltração da pasta com menor gasto de energia em comparação com o processo usual que utiliza o metal fundido. Este recurso utilizado por Pinheiro já fora anteriormente desenvolvido e testado pelo grupo de pesquisadores orientados pela professora Maria Helena.

Com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica de fabricação do espaçador do ventilador utilizando esse processo e sua real utilização no motor de um trator, Pinheiro usou um molde metálico especialmente projetado para o processo, sal grosso de granulação média e a liga de alumínio A356.0, a qual contém 7% de silício. O produto convencional é produzido por fundição da mesma liga. Necessitou de temperatura de 610 graus Celsius para chegar ao estado pastoso (90 graus menor que os 700 graus Celsius usados na fundição convencional da liga) e aplicou 9 toneladas de pressão para obter a infiltração do metal. A remoção do sal foi realizada através de lavagens sucessivas com água sob vibração em equipamento de ultrassom. O produto foi submetido a análises por tomografia computadorizada e microscopia eletrônica de varredura para atestar sua qualidade metalúrgica. As pesquisas, os ensaios dos materiais e a produção do componente foram realizados no laboratório da orientadora e os testes em motor na empresa em que o pesquisador trabalha, em Canoas (RS).

Para ele, “o mais importante é que desenvolvemos o processo completo para a fabricação da peça real, desde o projeto do molde para tixoinfiltração, as etapas de fabricação, as análises metalúrgicas, os ensaios mecânicos até o teste no motor, ou seja, todas etapas do desenvolvimento de um componente de motor o que não é usual em trabalhos acadêmicos”.

A peça foi montada em um motor e este submetido a testes em banco dinamométrico, que simula as condições de seu funcionamento em rotação máxima. Os resultados mostraram, segundo ele, que o componente desenvolvido no novo material pode apresentar em alguns casos perda de carga em parte dos parafusos de sustentação da peça, de maneira semelhante ao que pode acontecer na peça obtida de forma convencional. No entanto, este problema pode ser resolvido alterando a relação poro/metal.

Uma das vantagens do processo apontadas pelo pesquisador é a possibilidade de obter uma peça próxima à sua forma final, enquanto na fundição convencional o componente bruto necessita de processos de usinagens posteriores para acerto dos detalhes que permitem a montagem do componente no motor. O estudo lhe permitiu constatar a redução de certas operações de usinagem, mas acredita que o resultado pode ser melhorado até talvez a sua eliminação total, o que configura uma outra economia significativa de mão de obra e energia.

Mais especificamente, Pinheiro diz que as vantagens que o processo de fabricação do componente poroso apresenta sobre o atual obtido por processo de fundição convencional são: menores temperaturas de trabalho, o que implica em menores insumos energéticos; possibilidade de eliminação de operações de usinagem, com obtenção de componentes near net shape; e, principalmente, redução do peso do componente (da ordem de 70%).

Ao final da pesquisa, Pinheiro concluiu que o processo e produto desenvolvido são tecnicamente viáveis; que a utilização do cloreto de sódio iodado como agente bloqueador (sal grosso) é eficiente e que sua completa remoção é possível devido à interconexão dos poros; e que as qualidades metalúrgica e física do produto, além de seu acabamento e precisão dimensional podem ser considerados aceitáveis para utilização no motor. Embora mais testes sejam necessários para determinar estatisticamente o índice de confiabilidade do processo de produção proposto, os resultados autorizam afirmar que há viabilidade de utilizar um espaçador do ventilador com estrutura celular e que o maior benefício resultante é a significativa redução de peso. 

Fonte: www.cimm.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Conheça cinco tecnologias LED que vão dominar o mundo


Tela OLED permite produzir uma infinidade de cores e ainda é flexível. Foto: Wikimedia/Divulgação
Tela OLED permite produzir uma infinidade de cores e ainda é flexível

Foto: Wikimedia/Divulgação
Jonathan D. Machado

Olhe para esta pequena luz verde ou azul que indica que seu monitor, notebook ou tablet está ligado. Perceba como ela é precisa, controlada e pequena o suficiente para caber, muitas vezes, dentro do próprio botão "power".

Agora imagine se, no lugar dessa luz, houvesse uma lâmpada incandescente igual àquelas mais antigas: um bulbo de vidro quente e amarelado com dois centímetros de diâmetro no mínimo e que precisa ser substituído a cada ano. É assim que seria o mundo sem os LEDs.

Esse é apenas um exemplo de como os LEDs já mudaram o mundo atual, mas ainda podemos citar milhares de aplicações para esse pequeno componente eletrônico capaz produzir luz (quase) sem emitir calor. Mas que mudanças o LED ainda pode trazer para o futuro?

O que é um LED?

Assim como já explicamos anteriormente, o Diodo Emissor de Luz ("Light Emitting Diode", em inglês) é um componente eletrônico que tem a capacidade de produzir luz através da eletroluminescência, fenômeno em que fótons são liberados depois que uma corrente elétrica passa por um campo que excita e separa os elétrons.

Esse método tem várias vantagens se comparado às primeiras lâmpadas incandescentes inventadas por Thomas Edison há mais de um século. A primeira é a eficiência: menos de 10% da energia consumida por uma lâmpada comum é usada para produzir luz, o restante é desperdiçado em forma de calor. Já nos LEDs, essa eficiência ultrapassa os 80%.

Além disso, LEDs podem ser fabricados em tamanhos muito menores, além de serem mais confiáveis: a maioria dos primeiros LEDs fabricados nos anos 80 e 90 estão em uso até hoje. Ainda assim, esses componentes são utilizados mais como indicadores luminosos do que como fontes de iluminação para locais com pouca luz, mas isso está mudando rapidamente.

Aplicação

São raros os produtos eletrônicos produzidos atualmente que não utilizam nenhum LED, indo desde pequenos dispositivos Bluetooth USB até os sinalizadores nas asas dos aviões. Lâmpadas LED capazes de substituir as florescentes e fosforescentes ainda têm um preço de aquisição relativamente caro, mas esse valor é compensado em longo prazo, na forma de economia na conta de luz.

Na verdade, a produção em massa hoje barateou tanto os custos desses componentes que os LEDs são usados mesmo em locais que quase nunca são vistos por ninguém, como no interior dos computadores. Outros produtos mais complexos são derivados dos LEDs, como os diodos de lasers e a fibra ótica.

Além de servirem como indicadores luminosos e iluminação básica, os LEDs também têm substituído as lâmpadas convencionais em outras áreas, como nas famosas "TVs de LED" vendidas hoje. Essas telas (que não são feitas de LED) passaram a usar a luz do diodo para iluminar a imagem que aparece logo à frente no painel LCD, substituindo as lâmpadas brancas.

O Futuro do LED

Iluminação pública e semáforos

Muitas das maiores cidades do mundo estão substituindo as lâmpadas convencionais dos postes nas ruas por dispositivos LED, assim como já tem acontecido em São Paulo e Curitiba. Essas lâmpadas ainda custam mais que o dobro do preço se comparadas com as convencionais, mas a economia de energia e o custo de manutenção reduzido têm compensando cada vez mais.

Empresas como a Philips e a Pansonic têm trabalho incessantemente para desenvolver lâmpadas LEDs cada vez mais baratas e eficientes. Um exemplo é a EnduraLED, apresentada pela Philips no começo do ano, que tem o brilho equivalente à uma lâmpada incandescente de 60 Watts, mas consumindo 80% menos e durando até 25 vezes mais.

Os semáforos de trânsito também estão sendo beneficiados pela tecnologia, tendo suas lâmpadas substituídas por centenas de pequenos pontos de LED. Além de serem mais econômicos, os novos sinalizadores de trânsito produzem as luzes coloridas com muito mais brilho, não sendo ofuscadas pelo sol.

OLED

Diferentemente das TVs LCD com LED backlight, telas com o OLED podem ser chamadas de "TVs de LED" sem nenhum problema. Essa tecnologia usa uma versão melhorada do LED com compostos orgânicos de carbono, permitindo produzir uma infinidade de cores e ainda ser flexível.

Além de ser mais brilhante, uma tela de OLED dispensa completamente a luz de fundo, resultando em painel mais fino que qualquer outra tecnologia. Outro ponto notável do OLED é o contraste, que pode chegar aos 100%. Enquanto que o LCD usa pixels com um tom escuro de cinza para simular o preto, os pixels de OLED podem ser desligados individualmente, produzindo a ausência real de luz.

Alguns problemas não sanados, como o tempo de vida reduzido e distorção da cor azul, impedem que o OLED entre no mercado de vez, além do custo mais elevado que qualquer tecnologia nova possui. Ainda assim, gadgets modernos, como o PlayStation Vita, já estão apostando nas telas de diodo orgânico.

Quantum Dots

Um dos principais problemas que muitos fabricantes enfrentam com o OLED é a perda gradual da cor azul. Isso ocorre porque os diodos azuis usados para produzir o espectro de cor de cada pixel se desgastam mais rápido que o vermelho e o verde. É aqui que o "Quantum Dots OLED" entra.

Em vez de usar a junção de três diodos para formar todas as cores básicas (RGB), displays com a tecnologia Quatum Dots realizam variações nanométricas no tamanho do espaço por onde os pacotes de quantum passam, produzindo qualquer cor entre o vermelho e o violeta.

Dessa forma, o espaçamento entre cada pixel da tela pode ser menor, permitindo resoluções maiores sem alterar o tamanho do aparelho. Outra vantagem é o consumo de energia ainda menor que o do OLED.

As cores do QD-OLED também são mais reais, isso porque ele não precisa de combinações do verde, vermelho e azul para produzir espectros diferentes. Cada cor produzida pelos LEDs é pura, com muito mais definição.

LED na moda

O baixo consumo de energia e o tamanho reduzido do LED o tornaram próprio para ser usado como vestuário. Vários fabricantes estão empregando as luzes em roupas recreativas, como vestidos de festas e camisetas de balada.

Os japoneses são ainda mais ousados e estão utilizando o LED para deixar qualquer um com um sorriso realmente brilhante, colocando LEDs atrás dos dentes. A popularização desse tipo de moda iluminada pode parecer improvável hoje, mas é possível que aconteça de forma mais discreta e gradual no futuro.

Projeção de imagens

Um dos principais fatores que fazem os projetores ainda serem caros é o preço de suas lâmpadas. Elas não só têm um alto valor de aquisição, mas também exigem um aparato eletrônico complexo para ativá-las e resfriá-las, além de ter uma vida útil bastante curta. Isso pode mudar no futuro, graças ao LED.

LEDs já são usados para construir projetores de imagem muito menores que os seus predecessores que usam filamento de tungstênio jamais seriam, como é o caso do "nHD PICO", da Texas Instruments. Outros fabricantes, como a Sony, já anunciaram câmeras que não se limitam à apenas filmar em HD, mas que também podem projetar a imagem em alta resolução sem precisar de qualquer aparelho adicional.

A presença do LED em projetores de maior porte, como os do cinema, ainda é tímida, dado o alto custo que as lâmpadas de alta capacidade ainda têm. Mas, assim como já vem ocorrendo com a iluminação pública, é inevitável que as lâmpadas incandescentes na retroprojeção sejam aposentadas em poucos anos.
 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Procel Edifica é finalista do Prêmio Green Building Brasil

Fonte: Procel Info 
 
São Paulo - No próximo dia 26 de outubro acontece, em São Paulo, a primeira edição do Prêmio Green Building Brasil que tem como objetivo reconhecer indivíduos, empresas e organizações brasileiras por suas atividades sustentáveis. 
 
Na categoria "Políticas Públicas Sustentáveis", um dos três finalistas é o Procel Edifica. Além do Procel Edifica, estão na final os programas IPTU Verde e BNDES - ProCopa.

O Procel Edifica (Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações), desde que foi instituído, em 2003, ampliou as ações do Procel, que passaram a incluir ainda o incentivo à conservação e ao uso eficiente dos recursos naturais nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente. 
 
O subprograma foi escolhido como finalista em razão da parceria firmada pela Eletrobras/Procel  com o Inmetro para o desenvolvimento do Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços, Públicas e Residenciais.

O World GBC, organização não governamental da qual o Green Building Council Brasil faz parte, trabalha para assegurar que os edifícios verdes façam parte de qualquer estratégia global de redução de emissão de carbono. 
 
O processo de votação termina dia 24 de outubro e os vencedores do Prêmio Green Building Brasil receberão um troféu físico e outro eletrônico que será veiculado em seus site e redes sociais. Para votar, clique aqui.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Edifícios de São Paulo optam por reparação nas instalações elétricas

São Paulo - Segundo reportagem publicada na Revista O Setor Elétrico, em 2010, 90% dos edifícios da cidade estavam sem sistemas de aterramento. Um ano depois, metade dos síndicos optaram por realizar reparos ou reformas na instalação elétrica
 
 
São Paulo - Em 2010, um levantamento feito pelo Programa Casa Segura em edifícios com mais de dez anos de construídos na cidade de São Paulo pesquisou como estava a situação das instalações elétricas dos edifícios. 
 
Entre outros resultados, a pesquisa, que coletou dados em cerca de 100 edifícios, constatou que nove em cada dez edificações não tinham condutor de proteção e dispositivo de proteção residual.

Após um ano da realização do levantamento, de acordo com reportagem publicada na edição de julho da Revista O Setor Elétrico, uma nova pesquisa revelou que 48% dos síndicos que haviam participado do levantamento optaram por reparar parcial ou totalmente a instalação elétrica de seus prédios, realizando a troca da fiação dos quadros de luz, condutores, disjuntores e caixas de força.
 
Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra 
 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

São Paulo - Programa de Eficiência Energética beneficiará 78 escolas da rede

A Secretaria de Estado da Educação e a AES Eletropaulo firmaram um novo convênio que irá beneficiar mais 250 escolas da rede estadual na capital e na Grande São Paulo. 
Somente na região do ABCD, serão contempladas 78 unidades nos municípios de Diadema (6), Mauá (39), Santo André (11), São Bernardo do Campo (19) e São Caetano do Sul (3). 
O contrato é referente ao Programa de Eficiência Energética, que prevê a troca de luminárias, lâmpadas e reatores das unidades por modelos mais econômicos. A intenção é conter desperdícios para diminuir o impacto no meio ambiente e, ao mesmo tempo, racionalizar os gastos da Pasta.

Desde o primeiro convênio, em 2007, o programa já contemplou 666 escolas estaduais na região atendida pela AES Eletropaulo, 113 delas no ABCD, além de duas sedes administrativas da Secretaria, localizadas na Praça da República e no Largo do Arouche. O resultado foi uma economia total de 19.635 MWh/ano, suficiente para abastecer pelo mesmo período cerca de 7,3 mil residências com consumo médio de 225 KWh/mês. Na região do ABCD, a intervenção gerou uma economia de 3.763,39 MWh/ano, uma redução média 35,50 MWh/ano no consumo de cada escola.

O novo convênio é o sexto firmado pela parceria dentro do Programa de Eficiência Energética e representa um investimento de cerca de R$ 10 milhões por parte da AES Eletropaulo. Assim como nos contratos anteriores, a concessionária realizará a troca dos componentes sem ônus para a Secretaria, que ficará responsável pelo descarte do material substituído nos quatro primeiros convênios. Nos demais contratos, a responsabilidade será assumida pela empresa. A intervenção nas 250 escolas deve ser concluída até o fim de 2012. Os seis convênios totalizam um investimento de R$ 28,7 milhões.

Aprovação

Em pesquisa encomendada pela concessionária a um instituto especializado, o Programa de Eficiência Energética obteve 90% de aprovação de pais, alunos e dirigentes das escolas estaduais. Entre os motivos mais citados estão: mais segurança, melhora no ambiente para a aprendizagem (visibilidade dentro da sala de aula, espaço mais agradável e acolhedor), economia de dinheiro público e a conscientização da população para melhor uso dos recursos naturais.

"Uma iluminação eficiente consome algo em torno de 30%, 40% menos e tem um alcance maior. Isso facilita o aprendizado e a gestão do professor na sala de aula", afirma Roberto Di Nardo, diretor Comercial da AES Eletropaulo.

Localizada no centro de Santo André, a Escola Estadual Doutor Américo Brasiliense foi uma das beneficiadas pelo programa. Antes da intervenção, a unidade, que atende cerca de 700 alunos, consumia em média 18.720 KWh/mês. Após a troca de luminárias, lâmpadas e reatores, concluída em fevereiro do ano passado, o consumo caiu 26%, para 13.800 KWh/mês. "A luminosidade também melhorou bastante. O pátio ficou bem mais claro, assim como as salas de aula e os outros ambientes da escola. Até os pais notaram a diferença e gostaram muito", comenta entusiasmado o vice-diretor da unidade, Vinícius Gerônimo.

Uso racional

Regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Programa de Eficiência Energética completou três anos em 2010 e possibilitou a modernização do sistema de iluminação das mais de 600 escolas participantes.

No início, em 2007, a AES Eletropaulo substituiu lâmpadas, luminárias e reatores das salas de aula e corredores de escolas. Ao longo destes anos muitas melhorias foram realizadas e hoje o projeto alcança 100% do ambiente escolar. Foram incorporados todos os demais espaços como bibliotecas, pátios, quadras e etc. O atendimento às normas técnicas brasileiras de iluminação foi garantido com a implementação de projetos luminotécnicos.


Para melhorar a segurança do acesso de alunos e professores, foram projetadas e instaladas iluminações diferenciadas nos portões. Outro item importante foi a conscientização da população por meio de um grupo teatral que realizou 100 apresentações e buscou, de forma lúdica, despertar a atenção dos estudantes e docentes para uso eficiente e seguro da energia elétrica.

O projeto inclui a substituição de luminárias de baixa eficiência por luminárias reflexivas, de lâmpadas fluorescentes de 40W e 20W por lâmpadas fluorescentes de 32W e 16W, de reatores convencionais por eletrônicos, além de lâmpadas incandescentes, mistas e de vapor metálico por lâmpadas fluorescentes compactas, de vapor metálico e vapor de sódio.
Da Secretaria da Educação

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sustentabilidade - ECOENERGY: 1º Feira de Energias Limpas e Renováveis para Geração de Energia e Eficiência Energética acontecerá em Setembro, em São Paulo (SP)

Objetivo é apresentar os principais lançamentos e tecnologias desenvolvidas para o setor de geração de energia limpa, visando redução de custos ambientais, financeiros e sociais.
 
Acontece entre os dias 15 e 17 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes (SP), a primeira feira no Brasil focada em Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia – a EcoEnergy. O evento reunirá fornecedores de produtos e serviços relacionados à Geração de Energias Limpas e Renováveis bem como Eficiência Energética. “Queremos contribuir para uma melhor qualidade de vida com redução de custos sociais. A intenção é tornar o evento uma referência no País, além de fomentar o desenvolvimento de negócios nestes setores”, afirma José Roberto Sevieri, diretor de operações do Grupo Cipa Fiera Milano.

Durante os três dias empresas dos setores de energia limpa e renovável, eficiência energética, fabricantes de equipamentos, instituições financeiras, escritórios de projetos e engenharia, instituições de pesquisa e desenvolvimento, publicações e entidades dos setores mostrarão as novidades do setor para o público estimado de 2.800 visitantes. Segundo Sevieri, o objetivo é dar um panorama amplo ao visitante sobre as novas tecnologias e suas possibilidades. “Queremos mostrar que estas opções de energia limpa não são realidade apenas no futuro, mas sim do presente”, conclui.

A primeira edição da feira reunirá desde fornecedores de produtos e serviços voltados para a Geração, Transmissão e Comercialização de Energia, até setores inovadores na geração de energia como Biomassa (animal ou vegetal) incluindo-se biogás e biodiesel, Células a combustível, Energia Eólica, Hidráulica, Hidrelétrica (PCH, MCH, UCH), Solar e das Marés.

SERVIÇO

1ª EcoEnergy – Feira Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia


Local: Centro de Exposições Imigrantes – Rod. dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo (SP)

Data: de 15 a 17 de setembro 2011, das 13h às 20h


ENTRADA FRANCA e transporte gratuito: Vans do metrô Jabaquara a cada 5 minutos (saída Rua Nelson Fernandes).


Mais informações: (11) 5585-4355

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Procel: um desempenho superlativo em 2010

Ações e medidas do programa geraram economia de 6,16 bilhões de kWh, com alta de 13% em relação a 2009. Resultado equivale a 1,47% do consumo total de energia elétrica no Brasil no ano passado
 
Alexandre Canazio, para o Procel Info

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) teve um ano de resultados superlativos em 2010. Os projetos e ações conseguiram uma economia de 6,16 bilhões de kWh no ano passado, o que representa uma alta de 13% sobre o montante economizado no ano anterior. Este resultado equivale a 1,47% do consumo total de energia elétrica no Brasil no mesmo período ou o equivalente a produção anual de uma hidrelétrica de 1.478 MW. O Procel foi responsável por uma redução de demanda na ponta de 2.425 MW, segundo dados do relatório "Resultados Procel 2011 - ano base 2010".
 
"O desempenho desse ano é expressivo, levando-se em conta que o consumo de energia cresceu cerca de 7% no ano passado", comparou Moises Antonio dos Santos, engenheiro da divisão de Eficiência Energética na Oferta da Eletrobras, responsável por consolidar e disponibilizar os resultados do Procel. Ele lembrou que o Selo Procel é o maior responsável pelos resultados energéticos do programa de conservação de energia. "Esse ano, tivemos a avaliação, pela primeira vez, da categoria de ventiladores de teto", observou Santos, lembrando que o Selo tem agora quatro novas categorias: condicionadores de ar do tipo split cassete, reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes tubulares, televisores LED - modo de espera - e paineis fotovoltaicos de geração de energia.
 
O relatório, divulgado pela Eletrobras, mostra que o aumento na economia de energia se deve ao crescimento das vendas dos produtos com Selo Procel e à inclusão de mais quatro categorias de equipamentos contemplados com o Selo. Outro fator importante foi a revisão da metodologia de avaliação dos resultados do Selo, agora em consonância com o Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance.
 
Atualmente, o Selo é abrangido por 31 categorias, totalizando a participação de 206 fabricantes e 3.778 modelos diferentes. O Selo está presente em mais de 50 milhões de equipamentos comercializados no ano passado. Com isso, o Selo Procel, sozinho, foi responsável pela economia de 6,13 bilhões de kWh, representando 2.418 MW de demanda retirada do horário de ponta.
 
O Procel recebeu investimentos de R$ 76,23 milhões no ano passado, a maior parte oriunda da Reserva Global de Reversão (R$ 45,32 milhões). Santos explicou que, apesar de ser o maior resultado do Procel, o Selo não é o maior investimento do programa. "Isso porque ao longo dos últimos anos investimos em capacitação laboratorial e desenvolvimento de metodologias para a etiquetagem e avaliação de resultados. Agora estamos mais na fase de gestão e colher resultados", contou o engenheiro.

O relatório "Resultados Procel 2011 - ano base 2010", divulgado pela Eletrobras, mostra que o aumento na economia de energia se deve ao crescimento das vendas dos produtos com Selo Procel e à inclusão de mais quatro categorias de equipamentos contemplados com o selo

O maior investimento fica no Reluz (Programa de Eficientização de Iluminação Pública e Semafórica), que financia os projetos das prefeituras. Em 2010, o Reluz economizou 29,88 milhões de kWh e 6.823 kW. O programa investiu R$ 33 milhões, sendo R$ 24,8 milhões da RGR e o restante contrapartida dos beneficiários. Foram substituídos 89 mil pontos de iluminação pública em 10 municípios.
 
No ano de 2010, a atuação do Procel na área de eficiência energética na oferta foi ampliada, em decorrência do apoio da Eletrobras ao programa Minha Casa, Minha Vida. O Procel subsidia a Caixa Econômica Federal na elaboração dos termos de referência para o financiamento da instalação dos sistemas de aquecimento solar de água para as unidades residenciais para baixa renda. Santos disse que na primeira fase do programa foram 40 mil residenciais beneficiadas. Agora na segunda fase do programa é obrigatório o uso desses aquecedores nas unidades unifamiliares abrangidas pelo Programa.
 
O Procel investe na área de pesquisa para criação de centros de capacitação profissional e a realização de estudos de Medição e Verificação, priorizando o Minha Casa, Minha Vida. O Procel tem uma parceira com Centro Universitário UNA, de Belo Horizonte, no qual serão investidos R$ 3,9 milhões, contando ainda com a participação de seis outras universidades de cinco regiões brasileiras. Para o uso de sistemas fotovoltaicos, foram implementadas ações para melhorar o aproveitamento da energia gerada. Um laboratório da Universidade de São Paulo (USP) foi ampliado e os primeiros módulos fotovoltaicos receberam o Selo Procel em 2010.
 
Diante dos altos custos da energia, a indústria vem buscando meios de reduzir o impacto da tarifa nos seus custos globais. A eficiência energética é um desses caminhos. O Procel Indústria realizou investimentos de R$ 8 milhões. As ações estão focadas na capacitação de multiplicadores e agentes, tendo como objetivo a implantação de medidas de eficiência energética viáveis nas indústrias. Foram capacitados no ano passado 206 multiplicadores e 2.895 agentes. Os diagnósticos energéticos realizados proporcionaram uma economia de 34,44 GWh e tempo de retorno de investimento médio de 16 meses.
 
O Procel trabalha com uma meta de ampliar os resultados do ano passado em 2011. A expectativa é de crescer 5% sobre 2010. Para isso, disse Santos, o Selo Procel continuará a ser reforçado com a concessão da distinção para outras categorias de produtos. 
O relatório com balanço completo do Procel pode ser acessado clicando aqui.
 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eficiência energética ainda no papel

Brasil - Reportagem da revsita GTD mostra que após quase dois anos de seu desenvolvimento, Plano Nacional de Eficiência Energética ainda terá metas e recursos definidos e não tem data divulgada para conclusão
 
 
Brasil - Elaborado pelo Ministério de Minas e Energia para traçar diretrizes no país que gerassem uma redução de 10% no consumo de energia até 2030, o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) foi colocado em consulta pública em dezembro de 2010 mas ainda não saiu do papel mas, segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, Hamilton Moss, o plano já tem uma possível data para divulgação, embora ainda não divulgada.

Segundo reportagem publicada na edição de julho da revista GTD, durante o 8º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética, Moss explicou sobre a demora da divulgação do plano, lembrando que o mesmo levou cerca de sete meses para ser elaborado, mais um ano em discussão interna e agora foi levado à consulta com mais três meses de processamento das informações. 
 
Um grupo de trabalho está sendo oficializado para dar continuidade ao projeto, que determinará meios de economizar energia no setor industrial, em micro e pequenas empresas e em áreas como transporte e educação.
Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Revista_GTD_Eficiência_Energética_07.2011.pdf

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rede inteligente deve chegar ao Brasil em 2012

Fonte: O Globo
Rio de Janeiro - Um medidor eletrônico mostra em tempo real o consumo da casa, a tarifa que está sendo cobrada pela operadora naquele horário e, até, o volume de energia vendido para o sistema ao longo do mês. 
 
 
Parece um exercício de futurologia, mas não é. O grupo de trabalho criado no Ministério das Minas e Energia para estudar a implantação do "smart grid" no Brasil já entregou o relatório final. 
 
E, ainda este ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve  definir os padrões dos medidores eletrônicos. Para Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energética (EPE), esse é um jogo de ganha-ganha onde todos sairão beneficiados e, portanto, não há razão para não ser implementado o mais breve possível no Brasil. 
 
O sistema, que terá um aporte grande de informática e telecomunicações, ficará mais confiável. As quedas de rede vão ser identificadas com antecedência e minimizadas. As perdas, inclusive com os famosos gatos, tendem a diminuir muito. Já o consumidor terá um sistema mais transparente e poderá gerenciar as suas despesas. Hoje, a tarifa é a mesma ao longo de todo o dia. Com o novo modelo, ela deve ser diferenciada por horário, como acontece com os telefones.
 
Casas ou condomínios que usam pequenas fontes de energia solar ou eólica vão poder vender o que não usarem para o sistema, num modelo similar ao de uma conta corrente. No Brasil existem mais de 60 milhões de medidores eletromecânicos que deverão ser substituídos ao longo de 10 anos. 
 
Num total de investimentos da ordem de R$ 20 bilhões. Pouco menos que uma usina de Belo Monte. Aliás, se tudo der certo, os recursos gastos hoje com grandes obras de geração e de transmissão de energia devem diminuir.
 
Parece tão bom que custa a crer que será implementado em pouco tempo. Para ficar realmente perfeito, só falta garantir que o consumidor não vai pagar a conta.
 
Condomínio verde
 
Enquanto o "smart grid" não chega, um condomínio que começará a ser construído no Recreio dos Bandeirantes prevê o uso de energia eólica, água de chuva nos banheiros e estacionamento com tomadas para  carros elétricos. O projeto é da construtora Calper, que garante a entrega dos oito prédios e 512 apartamentos até 2016. Os responsáveis pela obra também prometem usar energia solar e estimam uma economia de 50% na conta de luz do condomínio. 
 
A iniciativa ambientalmente correta deverá custar R$ 400 mil a mais, o que representará um custo adicional de R$ 800 em cada unidade.
 
Fonte: O Globo
 
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

FAE gera discussão e aponta soluções de gestão na área de energia

Garantir serviços de energia à população mundial em crescimento, levar energia por vias modernas a bilhões de pessoas, procurar formas de reduzir os perigosos gases de estufa e garantir um custo viável destes serviços estão entre os maiores desafios a serem encarados pelo setor energético mundial.

 
O tema será abordado na 11ª Feira de Gestão da FAE, que acontece de 20 a 22 de setembro, na FAE Centro, em Curitiba (PR). O evento traz modelos inovadores e soluções de gestão para as áreas de saúde, habitação, mobilidade, inclusão e energia - alguns dos Desafios do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O painel "Energia" será apresentado pelo assessor de relações institucionais da Usiminas, André Chaves, e a coordenadora da saúde, segurança e meio ambiente da Volvo, Carolina Ramos Bedran, que trazem exemplos de gestão voltados à sustentabilidade e eficiência energética.

A Usiminas é a única siderúrgica brasileira presente no Sustainability Yearbook 2011. Em 2010, a companhia fechou cerca de R$ 30 milhões aplicados em responsabilidade socioambiental em todos os 31 municípios em que atua. Já a Volvo mostra no evento o processo de gestão que a qualifica a participar do Dow Jones Sustainability Index World, indicador de performance financeira das empresas líderes em sustentabilidade a nível global. A empresa desenvolve pesquisas avançadas com combustíveis de fontes renováveis e é pioneira no desenvolvimento de veículos comerciais híbridos (diesel/elétricos).

Além de três palestras magnas e cinco painéis temáticos, a Feira de Gestão apresenta os melhores trabalhos acadêmicos dentro dos cinco Desafios do Milênio propostos. Mais informações e inscrições pelo site www.fae.edu/feira.

Serviço
O quê: 11ª Feira de Gestão da FAE - Desafios do Milênio
Quando: de 20 a 22 de setembro de 2011
Onde: FAE Centro Universitário - Rua 24 de Maio, 135 - Centro - Curitiba - PR
Mais informações e inscrições pelo site www.fae.edu/feiradegestao2011

Programação

20 de setembro
19h15 - Painéis simultâneos - Energia (Usiminas e Volvo), Saúde (Philips e Hospital Pequeno Príncipe) e Habitação (Thá e Curadores da Terra)
20h30 - Palestra Magna - Jovens Empreendedores de Sucesso, com o presidente da Cacau Show, Alexandre Tadeu Costa, e o fundador da Bematech, Marcel Malczewski.

21 de setembro
19h15 - Painéis simultâneos - Mobilidade (Vivo) e Inclusão (BRDE, Microsoft e O Boticário)
20h30 - Palestra Magna - Responsabilidade Social e Desenvolvimento, com o autor do livro Líderes Sustentáveis, Ricardo Voltolini, e o gerente de sustentabilidade da Alcoa Alumínio S.A, Fabio Abdala.

22 de setembro
19h30 - Palestra Magna - Desafios de Sustentabilidade em um Mundo em Transição, com o economista Ricardo Amorim.
21h - Cerimônia de premiação FAE Desafios do Milênio
 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Novidades e especificadores sobre a certificação LEED são discutidas em primeira mão na Conferência Internacional Greenbuilding Brasil

São Paulo, agosto de 2011 – Uma das apresentações mais esperadas no último dia de palestras da Greenbuilding Brasil Conference & Expo foi a de Guido Petinelli, arquiteto da Petinelli Inc., que atuou como diretor de desenvolvimento para o World Green Building Council (WGBC), e é um dos fundadores do Green Building Council Brasil (GBC Brasil). 



Com o tema ‘Novo LEED 2012 – O que muda?  
Petinelli fez uma explanação geral sobre os princípios básicos da ferramenta LEED no Brasil e no mundo e forneceu detalhes sobre as sugestões feitas para modificação do certificado LEED (Leadership for Energy and Environmental Design®), no próximo ano.

Guido apresentou com objetividade e clareza as mudanças nos pré-requisitos para a obtenção do LEED, uma ferramenta que, de acordo com o arquiteto, sempre foi um instrumento de transformação de mercado. O certificado nada mais é do que uma solução prática desenvolvida para arquitetos, engenheiros, proprietários, incorporadores etc. que cria uma linguagem única e surgiu com um propósito de consistência, rigor técnico e credibilidade. Para o consumidor, a intenção da criação do LEED é de tão somente fornecer uma maneira mais simples de avaliar produtos na hora de investir em edifícios.

“Nesse mercado 5% das empresas não atendem às expectativas daquilo que consideramos construção aceitável padrão; cerca de 70% constrói dentro daquilo que consideramos adequado (atendendo boa parte das normas); 20% são líderes dessas práticas adequadas e apenas 5% são inovadores e tomadores de risco. Um dos principais motivos de criação do LEED é celebrar esse seleto grupo que está sempre em busca de inovação”, conta Petinelli.

LEED Versão 3 é como será chamado o novo modelo, que passa a ter atualizações feitas a cada três anos. Em termos de estrutura, a ferramenta se tornou mais rígida: serão três novas categorias e seis novos pré-requisitos, mantendo o mesmo número e sistema de créditos (pontuação). Outra mudança é de que haverá um LEED específico para hotéis, data centers e centros de distribuições.

Dentre os pré-requisitos que podemos destacar na nova versão, estão: inclusão da gestão de resíduos, consumo consciente da água, compartilhamento de dados de consumo por cinco anos e o desempenho energético – e, este último, deverá ter simulação obrigatória de no mínino nove estratégias durante as fases de estudo preliminar e anteprojeto. O LEED Versão 3 passará a utilizar a ASHRAE 90.1 2010, considerada de 20 a 25% mais rígida que a ASHRAE 2004.

Todas as mudanças estão disponíveis no site da USGBC, que vem promovendo webnários gratuitos para sócios da entidade americana com o objetivo de discutir coletivamente e esclarecer cada uma das mudanças.

ESPECIALISTA DA ABNT EXPLICA COMO AS FACHADAS PODEM MELHORAR A ILUMINAÇÃO E A VENTILAÇÃO NOS EDIFÍCIOS

As fachadas são muito mais que uma opção estética, para deixar as construções mais bonitas. Podem ter ainda funções que vão desde diminuir a temperatura interna, barrar o ruído que vem de fora a permitir maior aproveitamento de luz natural.

Esse foi o tema exposto pelo arquiteto em consultor da ABNT, Paulo Duarte. Segundo ele, essas vantagens podem ser alcançadas dependendo do material usado não apenas no revestimento, mas também de peças usadas no acabamento, como esquadrias e outros materiais que podem ajudar a isolar o ambiente e tornar mais eficiente o uso de recursos naturais.

Duarte explicou que os Estados Unidos e os países da Europa podem ser considerados referências em pesquisa e tecnologia em vidros, pois sempre apresentam soluções muito interessantes para diversos tipos de ambientes. Porém, nem sempre é possível usar as mesmas soluções usadas nestes países, pois o clima e a incidência de raios solares são muito diferentes no Brasil.

Durante a palestra, formam exibidos exemplos de fachadas transparentes, que ajudam a aumentar a entrada de luz natural, evitando gasto de energia e aumentando a temperatura interna. Duarte ressaltou que essa solução, típica de países que têm um inverno mais rigoroso, precisa ser adaptada à realidade do Brasil para garantir não só a eficiência energética, mas também o conforto das pessoas que irão frequentar o ambiente.

O consultor finalizou ressaltando que a certificação LEED é um objetivo muito mais presente em prédios comerciais e que deveria haver maior interesse em ampliar a certificação para os edifícios residenciais e para os prédios públicos.

GESTÃO DE FACILITIES EM PRÉDIOS VERDES É TEMA DE PALESTRA

A operação e manutenção em prédios verdes foi o destaque da palestra do diretor técnico da Cushman & Wakefied, João Alves Pacheco, durante a Greenbuilding Brasil. Foram apresentados dois cases de prédios já existentes, que buscam a certificação LEED. Um dos empreendimentos está localizado no Rio de Janeiro, é um edifício comercial, de 12 anos. O segundo está em Brasília e tem dois anos.

Pacheco explicou os critérios que precisam ser atendidos nesses dois edifícios e quais representam maiores desafios para adequar os ambientes para atender as exigências da certificação. Entre os quesitos a serem observados estão consumo de água, energia e atmosfera (ambiente interno), materiais e recursos, qualidade do ambiente interno, entre outros.

Cada um desses critérios envolve uma série de ações de gerenciamento de facilities, desde proteção ou restauro de áreas verdes, diminuição dos efeitos das ilhas de calor por meio de clareamento dos telhados e investimento em estacionamentos cobertos ou no subsolo, disponibilidade de transporte público na área dos edifícios e incentivo à carona solidária, eficiência no uso da água, qualidade do ar no ambiente, até políticas de compras sustentáveis.

O diretor técnico da Cushman destacou que os desafios são muitos em prédios que já estão construídos, mas nos dois casos é possível atender os critérios estabelecidos para a conquista da certificação. Pacheco finalizou destacando que é preciso engajamento de diversas áreas para atender as exigências, demonstrando que é fundamental envolver toda a empresa para alcançar esse objetivo.  
Serviço:
Mais informações: www.expogbcbrasil.org.br
 
Fonte: Inteligemcia