quarta-feira, 13 de julho de 2011

Papel solar

Agência FAPESP – Aplicar células fotovoltaicas – capazes de transformar energia solar em elétrica – diretamente em papel ou tecido, de um modo simples e rápido, é o objetivo de uma pesquisa conduzida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

A tecnologia já resultou em diversos protótipos, cujo formato lembra o de um documento produzido em uma impressora comum do tipo jato de tinta. A diferença é que no lugar de palavras e números são impressos pela superfície retângulos coloridos.




Novo material desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) permite que células fotovoltaicas sejam impressas em folhas de papel ou tecido que podem ser dobrados (MIT)

 
Ao ligar fios nos retângulos e direcionar luz ao papel, imediatamente um dispositivo eletrônico começa a funcionar, como se vê no vídeo divulgado pelo grupo responsável pelo estudo.

A novidade é resultado do trabalho do grupo coordenado no MIT pelos professores Karen Gleason, de engenharia química, e Vladimir Bulović, de engenharia elétrica. Detalhes da tecnologia foram publicados no dia 8 de julho no site da revista Advanced Materials.

Os cientistas afirmam que a nova técnica representa um grande avanço em comparação com sistemas usados atualmente para produzir células solares, os quais dependem de expor os substratos (geralmente vidro) a condições – como altas temperaturas – ou líquidos que podem muitas vezes danificar as próprias células.

O novo processo se baseia no uso de vapor – e não de líquidos – e em temperaturas abaixo de 120 ºC. Nessas condições, é possível empregar materiais como papéis não tratados, tecidos ou plástico como substratos para imprimir as células.

Diferentemente de imprimir documentos, a tecnologia precisa de cinco camadas de materiais, que são depositadas em papel, por exemplo, em etapas sucessivas, por meio do uso de uma máscara (também feita de papel) para formar os padrões das células na superfície. O processo é feito em uma câmara a vácuo, para evitar a contaminação por poeira ou outras impurezas.

A folha fotoelétrica, além de ser impressa facilmente e com baixo custo, de acordo com os pesquisadores, pode ser dobrada e guardada no bolso. Depois, ao ser desdobrada, volta a funcionar normalmente, convertendo energia luminosa em elétrica.

Em alguns casos, nem precisa desdobrar, como no avião de papel feito pelos pesquisadores, cujas células funcionam durante o voo. No artigo, os autores descrevem a impressão de células fotovoltaicas em uma folha de plástico PET, que foi posteriormente dobrado e desdobrado 1 mil vezes sem perda significativa de seu rendimento na conversão de energia.

“Demostramos que se trata de uma tecnologia robusta. Estimamos que poderemos fabricar em escala células solares capazes de atingir performances recordes em relação à produção de watts por quilo. Isso abre um grande número de possíveis aplicações”, disse Bulović, apontando para o potencial de produção de placas solares mais leves, um grande problema das atuais. 
 
O artigo Direct Monolithic Integration of Organic Photovoltaic Circuits on Unmodified Paper (doi:10.1002/adma.201101263), de Karen K. Gleason e outros, pode ser lido por assinantes da Advanced Materials em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/adma.201101263/abstract
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tecnologia LED avança e deve crescer mais 7% neste ano

São Paulo - A tecnologia de diodos emissores de luz (LED) vem avançando e conquista cada vez mais terreno no setor de iluminação, que deve fechar 2011 com crescimento de cerca de 7% em relação ao ano passado. 
 
 
Em 2010, o faturamento atingiu a marca de R$ 3,7 bilhões, o que representou um aumento de 11% ante o ano anterior, conforme dados a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Com isso, os grandes fabricantes começam a se fixar em produtos de maior valor agregado, saindo da linha de concorrência das lâmpadas comuns, em que o preço estabelece o mercado.

A Philips Lighting obteve um crescimento de 300% no mercado brasileiro entre janeiro a maio deste ano das vendas de lâmpadas de LED, segundo o gerente de Marketing e Produtos da área e do programa de Eficiência Energética da José Fernando Mendes.

"Atualmente, sistemas com LED respondem por apenas 10% do mercado de iluminação nacional, mas com o seu rápido crescimento, estimamos que, até 2020, esse cenário se inverta, com 75% de todos os projetos de iluminação do mercado feitos com LED", estima o executivo.

Já o presidente e CEO da GE iluminação para a América Latina, Lionel Ramirez, acredita que nos próximos dez anos 40% do mercado de iluminação deverá ser da tecnologia LED. "Hoje quase um quinto de toda a energia produzida é consumido em iluminação e com a crise mundial de energia e o desejo de cuidar melhor do nosso planeta, em países da Europa, EUA, Argentina, Colômbia, Brasil e Venezuela já existem, ou se está em processo de estabelecer, normas que regulam a eficiência das fontes de iluminação", observa Ramirez.

Iluminação pública

De acordo com um estudo da Philips, o Brasil possui 15 milhões de pontos de luz na iluminação pública, com 63% das lâmpadas de sódio e 37% divididos entre lâmpadas de vapor de mercúrio e outros tipos com baixa eficiência energética.

Com a substituição destes 37% do parque instalado por LED, o Brasil conseguiria economizar 47% por ponto de luz mais eficiente, o equivalente a uma usina hidrelétrica de médio porte ou o suficiente para abastecer 100 mil residências de médio porte por ano, segundo a empresa

Mendes afirma que a companhia desenvolveu, em conjunto com a Eletropaulo, um projeto no Parque do Ibirapuera que aumentou o número de luminárias em 200%, porém houve uma economia de 20% no gasto com energia utilizando a tecnologia LED.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bureau Veritas já oferece serviços relacionados à norma ISO 50001 – nova norma sobre Sistemas de Gestão da Energia

A ISO 50001 é o certificado mais abrangente da eficiência no uso da energia com identificação de áreas críticas e definição de padrões de uso. 

 
O Bureau Veritas amplia sua atuação na área de certificação com a nova norma ISO 50001, padrão normativo que garante a eficiência no uso da energia para empresas que tenham um alto consumo na execução de suas atividades. 
 
O certificado demonstra a capacidade das empresas em uma gestão eficiente, tendo em vista que a economia no uso da energia significa reduzir custos operacionais e diminuir emissões de gases que podem agravar o efeito estufa. As empresas que tenham a ISO 50001 implementada provam ainda que têm cuidado com os recursos naturais. 

A certificação proporciona às empresas melhoria na competência e no gerenciamento do consumo da energia, preparando-as para auditorias e rígidas exigências em concorrências internacionais, além de disponibilizar especialistas para verificar a conformidade dos sistemas de gestão e sua eficiência. 

O Bureau Veritas Certification, organismo certificador independente do Grupo Bureau Veritas, é pioneiro em oferecer serviços relacionados às normas de gestão da energia como a norma Europeia EN 16001, certificou a primeira empresa no mundo em ISO 50001 e acumula grande experiência na certificação de projetos de Desenvolvimento Sustentável. 

A busca pela certificação ISO 50001 é para empresas que pretendem atingir maturidade em sua gestão da energia, manter um sistema de melhoria frequente e investir no desenvolvimento de energias renováveis. A ISO 50001 pode ser facilmente integrada aos Sistemas de Gestão da Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e Segurança, para todos os tipos de organização dispostas a monitorar e melhorar sua eficiência energética e, assim, reduzir custos. 

A norma requer práticas como: .Estabelecer uma política da energia com objetivos concretos para melhorar a eficiência energética| .Definir um padrão de uso da energia, identificando as áreas críticas e compreendendo os fatores relevantes no uso da energia |. Manter uma estimativa periódica do uso da energia, permitindo a visibilidade para planejar os investimentos e melhorias |.Levar em conta o consumo da energia no processo de decisão de projetos e aquisição de todos os equipamentos, matérias-primas ou serviços.

O Bureau Veritas programou para aos próximos meses, em diversas cidades, workshops e webinars gratuitos para abordar as indicações da norma e benefícios da implementação. 

Para informações, consulte o escritório do Bureau Veritas Certification mais próximo de você [www.bureauveritascertificaton.com.br) ou através do e-mail bv.rio@br.bureauveritas.com].